A Sociedade Enlouqueceu? Projeto de lei quer PROIBIR atendimento a BEBÊ REBORN no SUS

Talvez o arrebatamento já tenha acontecido e nós ficamos, por que não é possível que tenha tanto maluco nessa terra

A onda de pessoas totalmente insanas que estão tratando bonecos de borracha como bebês verdadeiros está tomando conta do Brasil. A cada dia surge algo mais absurdo que faz aqueles que ainda gozam de suas faculdades mentais se questionarem: Será que o arrebatamento já aconteceu e nós ficamos?

Mas isso não é nada muito diferente das loucuras que nós vínhamos presenciando nos últimos anos, tal como pessoas que se identificam como animais, andando de quatro, comendo ração em potes, dormindo no chão e até mesmo sendo puxados por coleiras por seus parceiros - ou donos, se você preferir - em locais públicos como shoppings e ruas. Também há casos de adultos que se identificam e vivem como bebês, tendo seus próprios berços, chupeta, mamadeira, mordedor, chocalho e roupinha. Mas o que mais me aterroriza é que essas pessoas normalmente têm parceiros que compactuam dessa loucura e os ajudam com essa fantasia.

Talvez, olhando pra esses exemplos que foram mencionados, os bebês reborn nem sejam algo tão bizarro assim. Trata-se apenas de adultos brincando de bonecas e, tal qual as crianças, eles querem que nós, os adultos de verdade, os levemos a sério. 

Claro que no meio desses “abublébe” há pessoas perfeitamente normais, que apenas estão se aproveitando dessa onda e de toda a energia cinética do ódio que essa maluquice causa nas pessoas normais, pra se fingirem de loucos e ganharem engajamento e visualizações nas redes sociais. É como diz a música de Sidney Lima: “Dependendo da ocasião, Eu até banco o bobão, E me faço de leitão, Pra poder mamar deitado”.

Mas tirando aqueles que se aproveitam dessa maluquice, existem os que verdadeiramente são malucos. Gente que começa a tratar o boneco como filho, dar de mamar, colocar pra dormir e até trocar a fralda. E até aí tudo bem, afinal, enquanto a loucura da pessoa está prejudicando apenas a si mesma e aos seus familiares, não há nada que a sociedade possa reclamar ou intervir. Mas o problema é que a insanidade não para no ambiente familiar.

Recentemente, começaram a ficar famosos diversos casos de pessoas levando seus bonecos para hospitais e UPAs, em busca de tratamento médico. Imagina você, meu nobre companheiro, que trabalha suas 8 horas por dia, chega em casa acabado e aí fica doente e não tem dinheiro pro plano de saúde, afinal, o estado já roubou o dinheiro que você poderia usar pra pagar o plano de saúde, com a desculpa de financiar o SUS. Você então vai ficando mal, e decide ir ao médico, no SUS mesmo, afinal, nada mais justo, você pagou pelo SUS - que supostamente é gratuito - com seus impostos. Chegando lá, você está irritado, com frio, doente e não aguenta mais aquela espera interminável, mas ao olhar para a fila vê um monte de “mamães” com seus “bebês”, que chegaram antes de você e vão te fazer esperar mais algumas horas.

Talvez, por se tratarem de bebês, você ache que é justo esperar, afinal, você é adulto e pode aguentar suas dores por mais algumas horas. Mas de repente, você percebe que os “bebês” são na verdade bonecos, e que as “mamães” são na verdade mulheres malucas que não tem nada mais interessante pra fazer em uma noite de terça-feira, do que sair de suas casas e irem até um hospital tomar a vez de um ser humano que está doente de verdade. Como você se sentiria nesse momento? Acho que até ia esquecer que estava doente, de tanta raiva que ia ficar.

Pra tentar resolver esse problema, foi até protocolado um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, visando proibir a prestação de atendimento médico no SUS, a bonecos e outros objetos inanimados.

E aqui surge a primeira observação do ponto de vista libertário. Esse tipo de problema só é possível em um sistema de saúde controlado pelo estado, afinal, o custo daqueles recursos do hospital, seja seu prédio, equipamentos ou mão de obra, já foram pagos com os impostos roubados de todos, e a pessoa que levar seu boneco lá, seja pra fazer graça pras redes sociais, seja porque a pessoa tem problema de parafuso, não vai pagar nada a mais do que já pagou por isso. Agora em um sistema de saúde privado, se uma dessas doidas insistisse que queria tratamento pro brinquedo realista, ela teria que no mínimo pagar pelo atendimento, ou então ter um plano de saúde pro boneco. Com os recursos do plano de saúde dos bonecos, os hospitais poderiam contratar mais médicos e manter a qualidade de atendimento para as pessoas normais, que não sofrem de esquizofrenia.

Basta observar que não teve nenhum caso dessas maravilhosas mamães levando seus bebês emborrachados em hospitais particulares. E se isso acontecer, nada mais justo, afinal, se a pessoa está pagando pelo atendimento ao boneco, o médico pode só fingir que medicou e ainda lucrar sem correr o risco de cometer algum erro médico contra a “vida” do boneco.

Além do problema dos incentivos do SUS, esse caso dos bebês reborn ainda revela um segundo problema que o estatismo, ou esquerdismo, se preferir, está causando na sociedade, que é o incentivo às pessoas para terem menos filhos.
Essa ideia maluca de que a população vai crescer desenfreadamente e consumir a terra, como gafanhotos consomem uma plantação, se iniciou - ou ao menos ganhou força - com as ideias do iluminista britânico Thomas Robert Malthus, que formulou a ideia de que a população - que crescia em grande ritmo durante seu tempo de vida, devido a revolução industrial que teve especial impacto em seu país - estava aumentando em progressão geométrica, enquanto a produção de recursos estava aumentando em progressão aritmética. Em outras palavras, Malthus achava que as pessoas iriam se reproduzir como ratos e faltariam recursos como alimento, roupas e moradia.

Claro que para nós, libertários, esse pensamento não faz o menor sentido, afinal, sabemos bem que o ser humano responde a incentivos, e o mercado acha um jeito de atender às demandas crescentes, sejam elas de quais recursos forem. Em outras palavras, se Thomas Malthus fosse um libertário, saberia que a explosão populacional levaria os pais a terem um certo controle sobre o número de filhos naturalmente, sem a intervenção do estado, ou então os empreendedores achariam formas de produzir mais, com menos recursos e menos custos, para lucrar mais sobre uma população crescente. O que aconteceu foi a segunda opção, ou seja, a tecnologia agrícola e as demais indústrias evoluíram rapidamente e logo tornaram o crescimento populacional sustentável.

O problema que ocorreu durante esse processo de autorregulação do mercado e da sociedade, foi que ali existiam estados e seus políticos iluminados, que tentaram impedir o avanço natural das coisas. Governos, como o da China, implementaram políticas de controle populacional, como a famosa política do filho único que vigorou na China por 35 anos, causando um déficit populacional e uma grande ameaça ao futuro da economia Chinesa.

Ok, mas o que tudo isso tem a ver com os bebês reborn? Tudo! Essas interferências do estado, tal qual ocorreu na China, se repetiram em vários países do mundo, por diferentes razões. Seja por políticos com pensamento Malthusiano, seja por esquerdistas opositores aos valores da família tradicional, seja pelo feminismo ou até mesmo pela inflação, é fato que hoje vivemos em uma sociedade onde os incentivos são para não termos filhos, ou se tivermos, que tenhamos poucos.

Só que o ser humano é, antes de tudo, um animal, porém um animal que pensa - quer dizer, ao menos alguns pensam. Mas mesmo sendo seres pensantes, nossos instintos ainda nos levam aos desejos mais primitivos do ser humano, tais quais os desejos de termos filhos. As mulheres, ainda que digam que não, lá no fundo possuem um instinto que lhes traz o desejo de serem mães. E se isso não pode ser preenchido por um filho de verdade, muitos vão tentar colocar no lugar um pet, ou então um bebê de borracha.

Claro que do ponto de vista libertário, cada um tem o direito de fazer o que quiser de sua própria vida, e a plena liberdade de escolher se quer ou não ter filhos. O ponto aqui é o fato de que pessoas normais que decidem não ter filhos, suprem - ou ao menos tentam suprir - essa necessidade com animais ou com outra coisa que ocupe seu tempo. Já pessoas que são “fora da casinha”, acabam por suprir sua falta com os famigerados bonecos.

Reforçamos que do ponto de vista libertário ninguém é obrigado a ter filhos, isso é uma decisão pessoal de cada um. Até porque, hoje em dia, se olharmos para as condições atuais do mundo em que vivemos, é difícil ter vontade de colocar um filho nesse mundo. Mas que o estado e a esquerda são grandes incentivadores de ideias anti natalidade, impostas de maneiras não naturais na mente das pessoas através de políticas de estado, isso é um fato bem documentado.

Enfim, não há nada de errado em você querer levar seu boneco ao médico, contanto que não use o meu dinheiro pra pagar a estrutura que vai atender o emborrachado. 

Referências:

https://www.otempo.com.br/politica/2025/5/14/projeto-de-lei-quer-proibir-atendimento-a-bebe-reborn-no-sus-em-minas-gerais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Malthus