Adutora da CASAN ROMPE em FLORIANÓPOLIS e mostra FRACASSO da infraestrutura ESTATAL

Para variar, companhias estatais sendo incompetentes: uma adutora da CASAN rompe e destrói seis casas em Florianópolis, causando milhares de reais de prejuízo e revelando a falência dos serviços públicos. Como prevenir esse tipo de tragédia?

Uma adutora da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) rompeu na madrugada do dia 30 de julho, no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, atingindo ao menos seis residências. Os prejuízos estimados chegam a dezenas de milhares de reais, com famílias perdendo eletrodomésticos e até motocicletas devido ao alagamento. O rompimento ocorreu por volta das 3h15, liberando um grande volume de água que destruiu o asfalto da Rua Elesbão Pinto da Luz e invadiu casas localizadas em área de desnível.
Uma das afetadas, Manuela Morgado, que mantém um salão de beleza na parte inferior de sua residência, estima perdas de cerca de 50 mil reais somente em sua propriedade. A água, misturada com pedras e areia, destruiu móveis, eletrodomésticos, equipamentos de trabalho e causou danos estruturais às paredes das casas. Segundo a CASAN, o vazamento foi contido em aproximadamente meia hora, mas os danos já haviam se concretizado. A empresa afirmou que fará um “levantamento de prejuízos” e iniciará um “processo de ressarcimento”, porém não explicou as causas do rompimento nem apresentou medidas concretas para evitar novos episódios semelhantes.
Esse episódio escancara a fragilidade da infraestrutura pública de saneamento e a ineficiência estrutural dos monopólios estatais. Trata-se de mais um caso emblemático da falta de incentivos reais à manutenção, à inovação e à responsabilidade dentro de empresas protegidas pela legislação e blindadas da concorrência. Infelizmente, a CASAN, por ser uma empresa pública, não corre risco de falência nem de perder clientes, independentemente da qualidade de seus serviços. Sua operação está garantida por um monopólio legal que impede a entrada de concorrentes, e seus erros são, na prática, socializados entre todos os contribuintes.

(Sugestão de Pausa)

Do ponto de vista libertário, isso não é apenas um acidente — é uma consequência direta e previsível do modelo de gestão estatal de serviços essenciais. A ausência de concorrência faz com que empresas públicas operem em um ambiente sem pressão por resultados. Como não precisam disputar consumidores nem demonstrar excelência, não têm incentivo algum para realizar investimentos regulares em manutenção, modernizar suas operações ou sequer responder com agilidade diante de crises. No caso da CASAN, a resposta foi burocrática, genérica e evasiva — como tantas outras situações semelhantes já vivenciadas por brasileiros.
Em um mercado verdadeiramente livre, uma empresa de saneamento que permitisse a repetição de rompimentos, alagamentos e destruição de propriedades perderia rapidamente a confiança do público. Seus clientes migrariam para concorrentes mais eficientes, sua reputação sofreria danos significativos e, diante da incapacidade de se recuperar, poderia até falir. Essa ameaça de perder tudo é, paradoxalmente, o que motiva empresas privadas a operar com seriedade, investir em qualidade e buscar inovação constante.
Outro problema é a chamada socialização dos custos. Quando a adutora rompe e destrói casas, os prejuízos são, na prática, transferidos à sociedade. A empresa estatal não arca com os custos de forma direta — ela simplesmente promete ressarcimentos que serão pagos com dinheiro público. Em outras palavras, todos nós financiamos os erros de uma empresa que deveria ser responsável por sua operação. Isso gera um ciclo perverso: a CASAN pode continuar negligente porque sabe que não enfrentará perdas reais ou punições proporcionais aos danos causados.

(Sugestão de Pausa)

Agora pense em uma empresa privada que causasse um prejuízo de milhões a famílias brasileiras: ela enfrentaria não apenas o dever de compensar as vítimas integralmente, como também ações judiciais, protestos, perda de mercado e até sanções criminais, dependendo da gravidade do caso. Já no setor estatal, o padrão é outro: a empresa continua operando, a responsabilidade é diluída e as vítimas, como Manuela Morgado, ficam sem alternativas reais. Ela perdeu seu sustento e agora depende da “boa vontade” da própria empresa que a prejudicou para ser compensada. Não pode buscar outra prestadora de serviço, não pode cancelar seu contrato, tampouco processá-la em tribunais privados. Está completamente presa ao sistema que a lesou.
Essa é uma das características mais cruéis dos monopólios estatais: a ausência de alternativas, de mecanismos reais de responsabilização e de liberdade de escolha para o cidadão. Quando empresas privadas cometem falhas, o consumidor pode trocar de fornecedor, buscar reparação judicial e influenciar o mercado com suas decisões. No modelo estatal, a vítima é submetida à mesma autoridade que a prejudicou. É como ser obrigado a pedir justiça ao agressor.
Além disso, o caso evidencia como a falta de competição impede qualquer avanço tecnológico no setor de saneamento. Enquanto empresas privadas disputam clientes e investem em soluções inovadoras, como sensores de detecção precoce de vazamentos, materiais mais duráveis e processos inteligentes de manutenção, a CASAN segue operando com métodos ultrapassados. A tubulação de 30 cm que se rompeu provavelmente era incompatível com o volume de água, mas substituí-la representaria um “custo” que, no ambiente estatal, pode ser simplesmente ignorado.

(Sugestão de Pausa)

A dependência forçada imposta à população é um dos traços mais evidentes do fracasso desse modelo. Os moradores do bairro Monte Cristo não “escolheram” a CASAN como prestadora de serviço. Eles foram obrigados a aceitar seus serviços, sem liberdade de buscar outra empresa caso o atendimento fosse insatisfatório. Isso os transforma em reféns de um sistema falho e autoritário, onde são consumidores sem voz e vítimas sem defesa.
Do ponto de vista libertário, a solução para esse cenário não está em “melhor regulamentação” ou em “mais investimento público”, mas sim na privatização completa do setor de saneamento. A partir daí, é essencial garantir que haja livre concorrência entre empresas, com regras claras de responsabilização, contratos firmes e total liberdade de escolha para o consumidor. Só assim teremos serviços realmente confiáveis, inovadores e alinhados aos interesses da população.
O economista libertário Murray Rothbard já alertava que a gestão estatal de serviços essenciais como água e saneamento cria um falso senso de “bem público”, que serve apenas para encobrir ineficiência, corrupção e falta de responsabilidade. Em sua visão, devolver ao indivíduo — por meio de empresas privadas e mercados livres — o controle sobre esses serviços é uma maneira concreta de promover a liberdade, a eficiência e o respeito à dignidade humana.

(Sugestão de Pausa)

Vale lembrar que o libertarianismo não ignora a existência da pobreza, como muitos críticos afirmam. Ao contrário, propõe formas mais eficazes, descentralizadas e humanas de ajudar os mais vulneráveis — por meio de iniciativas privadas, locais e filantrópicas, que realmente conhecem as necessidades das comunidades e não são engessadas pela burocracia estatal.
Além disso, quando o serviço melhora, ele se torna naturalmente mais acessível. Um exemplo claro é o da telefonia no Brasil. Até os anos 90, era comum esperar meses — às vezes anos — para conseguir uma linha telefônica. O serviço era caro, ineficiente e limitado a poucos. Com a privatização e a concorrência, os celulares se popularizaram rapidamente, atingindo até regiões antes negligenciadas. Hoje, quase todos os brasileiros têm acesso à comunicação, justamente porque o mercado foi aberto à competição.
A mesma lógica se aplica ao saneamento. Empresas competindo entre si ofereceriam planos variados, desde soluções econômicas até serviços premium com garantias mais robustas. A inovação seria incentivada — com o uso de sistemas descentralizados, tratamento por energia solar, reciclagem de água, osmose reversa e outros avanços que hoje são ignorados porque não há incentivos reais para inovar.
Por fim, é preciso destacar que a privatização com concorrência real também elimina a corrupção típica do setor estatal. Empresas privadas têm incentivos diretos para reduzir desperdícios, evitar fraudes e maximizar a eficiência. Já o Estado, frequentemente, é tomado por interesses políticos, contratos superfaturados e burocracias que drenam recursos e impedem melhorias concretas.

(Sugestão de Pausa)

Portanto, a privatização do saneamento não é um “ataque” aos direitos básicos da população, como alegam seus críticos — é a única forma sustentável e justa de garantir esses direitos. Serviços essenciais demais para falharem não devem ficar nas mãos de empresas estatais intocáveis. Eles devem ser entregues a quem tem incentivos claros para fazer funcionar e consequências reais caso falhem.
Esperamos sinceramente que as famílias afetadas pelo desastre da CASAN sejam devidamente ressarcidas e que possam reconstruir suas vidas com dignidade. Mas, acima de tudo, esperamos que esse caso sirva de alerta. A verdadeira solução passa por responsabilização, liberdade de escolha e concorrência verdadeira — e não pela manutenção de um sistema que já provou, inúmeras vezes, ser ineficiente, injusto e perigoso.


Referências:

https://globoplay.globo.com/v/13799920/

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/07/30/adutora-agua-rompe-casas-atingidas-florianopolis.ghtml

https://www.metropoles.com/brasil/adutora-rompe-e-alaga-casas-de-familias-em-florianopolis

https://www.nsctotal.com.br/noticias/adutora-rompe-durante-a-madrugada-e-moradores-relatam-terror-em-florianopolis