Dinamarca cria primeiro Imposto sobre "Peidos" do mundo tentando resolver as "mudancas climáticas"

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Nos últimos anos, a busca por soluções "ambientais" tem levado governos ao redor do mundo a adotar uma série de regulamentações que, à primeira vista, parecem necessárias para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Contudo, o que não se vê é que, muitas vezes, essas medidas se revelam desastrosas para as economias locais, prejudicando principalmente aqueles que já enfrentam dificuldades: os pequenos produtores e os consumidores mais vulneráveis.

Um exemplo disso é a recente tentativa da Dinamarca de taxar as emissões de metano geradas pela pecuária. O objetivo, claro, é reduzir a pegada de carbono do país. Porém, a proposta está sendo criticada por sua ineficiência e pelos impactos econômicos que causará justamente àqueles que mais dependem do setor agrícola.

É sério: a Dinamarca agora vai taxar os "peidos". Parece algo saído diretamente de um episódio de South Park.

A Dinamarca propõe taxar as emissões de gases de bovinos e suínos, impactando especialmente pequenos produtores rurais. O governo argumenta que a medida ajudará a atingir a neutralidade de carbono até 2045, mas ela recai mais sobre os pobres sem oferecer ganhos ambientais concretos. Taxar arrotos e flatulências é mais um exemplo de políticas progressistas desconectadas da realidade econômica.

Experiências semelhantes, como na Nova Zelândia, mostram o fracasso desse modelo. Lá, a tentativa de tributar emissões agrícolas prejudicou pequenos produtores, enquanto grandes conglomerados foram beneficiados, gerando impacto econômico sem resultados ambientais significativos.

A Dinamarca, considerada uma das nações mais progressistas em termos de políticas ambientais, se orgulha de ser um dos líderes no movimento ecológico. Para muitos, o país representa uma utopia verde, onde política e economia caminham lado a lado para criar um mundo mais sustentável. No entanto, a realidade é mais complexa. O país, que já se orgulha de ser o "mais orgânico do mundo", parece, na prática, afundar-se cada vez mais em políticas que causam conflitos entre economia e sustentabilidade. Em vez de promover inovação e melhoria econômica, endossa um ciclo vicioso de regulamentações que, mais cedo ou mais tarde, acabarão prejudicando os próprios objetivos que busca alcançar.

A taxação das emissões de metano da pecuária na Dinamarca parece mais uma imposição do que uma solução. Embora o governo defenda a medida como essencial para salvar o planeta, ela ignora os pequenos agricultores, os mais afetados. Essas políticas ameaçam a sobrevivência desses produtores sem resolver o problema climático, beneficiando grandes corporações e esmagando os pequenos negócios.

Experiências como a da Nova Zelândia mostram que impostos e regulamentações não corrigem problemas ambientais, mas criam controle econômico, prejudicando a classe média e pequenos agricultores. Lá, a tentativa de taxar emissões de metano gerou caos econômico, com fazendeiros se revoltando contra as exigências.

Essas leis, longe de combater as mudanças climáticas, prejudicam a economia local e favorecem grandes empresas, concentrando poder nas mãos de poucos e deixando os pequenos produtores à beira da falência.

As leis ambientais na Dinamarca, Nova Zelândia e outros lugares não geraram os resultados esperados em relação às mudanças climáticas. Elas afetam principalmente os mais pobres, que a esquerda diz defender, mas que não têm meios para se adaptar às novas exigências.

Essas medidas criam privilégios para grandes corporações, que podem arcar com os custos, enquanto pequenos produtores, agricultores e consumidores mais pobres são excluídos. O ambientalismo progressista falha ao não considerar as consequências sociais e econômicas das suas estratégias, prejudicando os mais vulneráveis, pequenos negócios e trabalhadores rurais.

Todos devem se lembrar do caso da taxação das viagens aéreas na França. Embora o governo de Macron tenha tentado justificar a medida como necessária para combater as emissões de CO2, a realidade é que as viagens aéreas não representam uma proporção significativa das emissões totais. O impacto dessa lei, portanto, seria mais uma vez sobrecarregar os mais pobres, impedindo-os de viajar ou, pelo menos, tornando as viagens inacessíveis para grande parte da população.

A visão utópica de muitos progressistas e ambientalistas é que políticas como a taxação das emissões podem salvar o planeta. No entanto, a realidade é bem diferente. Em vez de implementar soluções reais, eficazes e sustentáveis, os governos tendem a adotar medidas que engrandecem o seu próprio poder e sanha arrecadatória, enquanto os problemas ambientais figuram como pano de fundo. A ideia de que o governo tem a resposta para todos os problemas ambientais é um exemplo claro da falácia da intervenção estatal: a promessa de um futuro melhor, mas com custos econômicos insustentáveis no presente.

Do ponto de vista ético e libertário, a solução para os problemas ambientais é clara e não está na intervenção governamental, mas no cultivo de uma economia livre. Foi assim que diversos problemas foram solucionados na história, através da tecnologia, do livre pensamento e do comércio. A maioria lembra bem do malthusianismo, a teoria que previu um colapso global devido ao crescimento populacional descontrolado, uma preocupação real nos séculos passados. Thomas Malthus acreditava que a população cresceria de maneira exponencial, enquanto a produção de alimentos o faria de forma linear, resultando em uma escassez catastrófica.

Mas a tecnologia, com inovações agrícolas como a Revolução Verde, nos desviou do caminho de uma fome global. O uso de fertilizantes, sementes geneticamente modificadas e técnicas avançadas de cultivo permitiram que a produção alimentícia acompanhasse o crescimento populacional, desafiando a previsibilidade malthusiana. O cenário apocalíptico que Malthus previu nunca se concretizou, não porque o problema era inexistente, mas porque a tecnologia possibilitou uma adaptação impressionante.

As leis propostas na Dinamarca e na Nova Zelândia são apenas uma forma de controle estatal que acaba concentrando poder nas mãos de poucos. Essas leis não possuem a capacidade de evitar a crise climática como o livre mercado de bens e tecnologia. O verdadeiro progresso não virá da imposição de leis autoritárias. Em vez de punir produtores e afetar a economia, a verdadeira resposta aos problemas ambientais está em o Estado deixar de ser um estorvo ao desenvolvimento tecnológico. Este, sim, reduziu emissões e melhorou a sustentabilidade ao longo da história.

Vejamos o exemplo de outra área bem mais impactante no panorama geral da mudança climática: o setor de energia. O crescimento do emprego de painéis solares e turbinas eólicas desde os anos 2000 tem superado todas as expectativas, revelando o poder da inovação tecnológica para transformar o setor energético. O aumento exponencial da capacidade instalada dessas fontes renováveis reflete uma mudança significativa na matriz energética global, com ambas as tecnologias ganhando espaço ao substituir gradualmente as fontes de energia poluentes, como carvão e petróleo.

Painéis solares, por exemplo, tornaram-se cada vez mais eficientes e acessíveis, enquanto as turbinas eólicas evoluíram para sistemas mais robustos e poderosos, capazes de gerar grandes quantidades de energia mesmo em locais com ventos moderados. Essas fontes estão naturalmente tomando o lugar das opções mais poluentes, como usinas a carvão, que representam uma das maiores fontes de emissões de gases de efeito estufa. O impacto ambiental dessas tecnologias renováveis tem se mostrado muito menor, o que as torna uma alternativa viável e sustentável, especialmente quando comparadas aos custos ecológicos das fontes de energia fósseis.

No entanto, ainda existem desafios, como a intermitência das energias solar e eólica, o que exige avanços em armazenamento de energia e na infraestrutura de redes. Porém, o verdadeiro salto tecnológico que promete erradicar a dependência de energias não sustentáveis no futuro está na fusão nuclear. Essa é, sem dúvida, a chave para a solução definitiva do problema energético global. A fusão nuclear, o processo que mantém o Sol em funcionamento há 4,6 bilhões de anos, oferece uma promessa de energia praticamente ilimitada, limpa e segura, com matérias-primas abundantes e de fácil acesso.

Como já sabíamos, o mercado irá naturalmente adotar as soluções mais produtivas, que se provam também as mais renováveis, ajudando a solucionar mais um problema tido como apocalíptico.

Se a Dinamarca insistir em sua proposta, o mais provável é que enfrente uma resistência crescente e o total fracasso da proposição, como aconteceu na Nova Zelândia. Ou, como na Holanda, onde, após a aprovação, os pequenos produtores se revoltaram contra políticas que os forçavam à falência, enquanto os grandes lucros continuam concentrados em poucas mãos.

As tentativas de regulamentação são um obsoleto atestado da ineficiência estatal, condenadas a gerar caos econômico sem proporcionar soluções reais para os problemas ambientais. Essas medidas, longe de promoverem um avanço significativo, apenas favorecem os amigos do rei em detrimento de toda a sociedade.

O verdadeiro caminho para a resolução das mudanças climáticas virá pelo cultivo de uma economia livre, onde o mercado, impulsionado pela inovação, cria as tecnologias do futuro. Somente em um ambiente desregulamentado, onde a criatividade humana pode florescer, será possível mudar o futuro do planeta. Liberar o potencial humano para gerar progresso é a única alternativa, e não tolher essa capacidade por meio de imposições estatais na busca de lucros perversos dos mega empresários corporativistas.

Referências:

https://www.uol.com.br/ecoa/noticias/afp/2024/07/10/dinamarca-sera-o-primeiro-pais-a-taxar-arrotos-e-flatulencia-no-gado.htm
https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/kellen-severo/nova-zelandia-cancela-taxa-para-gases-de-animais.html
https://www.theguardian.com/environment/2020/jun/03/renewables-surpass-coal-us-energy-generation-130-years