Uma coisa precisamos assumir: o presidente Lula ainda nos surpreende, quando o assunto é a sua capacidade de falar bobagem. Neste aspecto, o Molusco é bastante eclético: ele fala besteira sobre tudo - sobre geopolítica, a educação e, é claro, a economia. Desta vez, o Lula deu uma explicação bastante peculiar para o fato de o PIB brasileiro não ter crescido de forma satisfatória este ano. De acordo com o presidente da República, a economia vai mal por conta dos feriados.

A curiosa declaração foi dada em uma recente reunião do Molusco com seus ministros. Não com todos, é claro, mas apenas com aqueles das áreas sociais - um sugestivo total de 13 pelegos que vivem de puxar o saco do Lula. Até porque, se o presidente quisesse reunir todo o seu gabinete ministerial, ele precisaria fechar um estádio para caber tanta gente! Mas, seguindo com o tema, vamos trazer as palavras do Lula, citando-o ipsis litteris.

Abre aspas para o melhor presidente que este país já teve (só que não): “Este ano teve muito feriado prolongado, exageradamente este ano teve muito feriado prolongado. O ano que vem os feriados cairão no sábado, significa que o PIB vai crescer um pouco mais porque as pessoas vão ficar um pouco mais a serviço do mundo do trabalho.” Não é mesmo um gênio? Precisamos com urgência colocar esse doutor em economia ao lado de Mises, Hayek e Bohm-Bawerk!

Piadinhas infames a parte, esse tipo de atitude por parte de um presidente de esquerda é bastante normal - é até esperado. Lembre-se, por exemplo, das criativas explicações dadas pelo presidente argentino, Alberto Fernandez, nos últimos meses, para a catástrofe econômica que assola o país vizinho. Para mais detalhes sobre esse assunto, recomendamos o nosso vídeo: “As CAUSAS da inflação na ARGENTINA - segundo o GOVERNO argentino” - link na descrição. Mas, basicamente, o presidente argentino chegou a culpar o diabo pelo fenômeno inflacionário que castiga os nossos hermanos!

Agora, voltando ao caso do presidente brasileiro: é óbvio que o Lula tirou essa afirmação a respeito dos feriados de suas nádegas, como de costume. Não existe absolutamente nada que suporte essa afirmação heterodoxa feita pelo Molusco. Na verdade, o ex-condenado comete o mesmo erro que tantos outros esquerdistas cometem quando o assunto é economia: olhar para apenas um lado da moeda. Afinal de contas, se os feriados são ruins para alguns setores, como a indústria e alguns serviços, eles são ótimos para outros, como o turismo. No caso de feriados prolongados, isso é ainda mais evidente: cidades turísticas ficam cheias, o comércio local se agita e vários outros setores correlatos se beneficiam.

Além do mais, se a coisa fosse realmente simples assim, era só acabar com os feriados, e voilá! A economia brasileira iria decolar de repente. É claro que uma análise econômica tão superficial só poderia partir de um presidente esquerdista - que, ainda por cima, é ligado aos partidos mais socialista deste país. Até aí, nada de novo no front.

Contudo, a verdade é que o Brasil realmente é mesmo o país dos feriados. Por aqui, temos feriado para tudo: datas cívicas, dias santos, feriados internacionais, e a lista é longa. Tem gente querendo até mesmo homenagear Zumbi dos Palmares, o falso defensor da causa negra, com mais um dia de folga em novembro! Aliás, apenas neste mês, temos dois feriados nacionais: o dia de Finados, no dia 2, e a Proclamação da República, no dia 15. Porém, além dessas duas datas citadas, existem ainda outros 7 feriados nacionais!

Mas a farra não para por aí: a lei brasileira prevê a possibilidade de que os estados estipulem uma data magna, que nada mais é do que um feriado estadual. Os municípios também não ficam de fora: para eles, a legislação oferece a possibilidade do estabelecimento de até 4 feriados! Faça as contas e você vai chegar à seguinte conclusão: no Brasil, temos feriado que não acaba mais. Existem ainda outros fatores a serem considerados nessa história: os pontos facultativos, que geralmente se convertem em folgas para os funcionários públicos e para os trabalhadores de alguns setores, como o bancário.

É certo que o mundo desenvolvido caminha mesmo para termos cada vez menos dias de trabalho na semana. Porém, em primeiro lugar, deve vir a produtividade. E como bem sabemos, a produtividade brasileira está estagnada há décadas. Antes de desfrutarmos de tantas folgas durante o ano, deveríamos ser capazes de produzir mais para termos uma economia mais robusta, capaz de lidar com uma semana de trabalho diminuta.

Ainda assim, a afirmação do presidente não passa de terraplanismo econômico. E não é só pelo problema que anteriormente citamos - o da repercussão do caso nos diversos setores econômicos do país. A verdade é que feriados existem todos os anos; e, em muitos casos, eles também se tornam feriados prolongados, emendando com o final de semana. Por que então não vimos esse impacto negativo na economia em anos anteriores? Isso simplesmente não faz o menor sentido! É certo que a mentira tem perna curta; mas, no caso do Lula, a mentira parece mesmo ser um cão-salsicha.

A verdade é que o real problema econômico do Brasil não passa pela enorme lista de feriados que garante aos trabalhadores brasileiros uma quantidade exorbitante de folgas. A responsabilidade pela destruição da nossa economia recai sobre a dupla dinâmica que conduz a economia do país no atual governo: o próprio Lula, com seu fiel escudeiro, Fernando Haddad. É claro que existe toda uma equipe por trás desses dois patetas. Mas, convenhamos: com essa gente à frente da economia brasileira, tem como a coisa realmente funcionar?

A derrocada econômica do Brasil deve ser colocada na conta do desprezo pelo controle da inflação manifestado pelo Lula em várias oportunidades. Também deve ser atribuída à pressão do Molusco sobre o Banco Central - um órgão que, a duras penas, tem conseguido controlar a citada inflação nestes primeiros 10 meses de governo. Coloque ainda nessa fatura as incontáveis viagens do amante de ditador com sua primeira-cuidadora que foram bastante luxuosas. E não podemos nos esquecer da seguinte lista de gastanças: os luxos do Palácio da Alvorada; os incontáveis ministérios que formam o governo petista; as negociações com o Centrão; as intervenções nas estatais e o total desprezo pela meta fiscal previamente estabelecida pelo próprio governo.

A língua grande do senhor Nove Dedos também tem sua parte de culpa nessa história. O mercado financeiro praticamente se tornou uma montanha russa. A cada nova declaração do ex-condenado, a economia vai lá para baixo. Quando nós pensamos que a coisa começou a se recuperar, lá vem uma nova declaração desastrosa do presidente para botar tudo abaixo novamente. Esse é, sem dúvidas, o maior talento do Lula: o homem é uma máquina de falar abobrinhas!

É certo que o petista já reconhece o fracasso econômico do Brasil - porque as evidências são tão claras, que já não é mais possível tapar o sol com a peneira. Porém, ele precisa colocar a culpa da queda do PIB em alguém, que não em si próprio. A bola da vez foram os feriados. Quando os números desastrosos de 2024 ficarem evidentes, qual será a nova desculpa escolhida pelo molusco?

Vale ainda aproveitar a oportunidade para lembrar que o PIB é uma grande furada, quando se trata de mensurar o grau de evolução de uma economia. Esse indicador é, sob muitos aspectos, altamente enganoso. O cálculo do PIB contém algumas aberrações gritantes, como tratar os gastos estatais como ganhos na economia, além de considerar as importações como redutoras do valor total do crescimento econômico do país. Até nisso, o Lula faz questão de errar: ele usa um indicador falso para contextualizar o cenário econômico brasileiro.

Porém, o que o Lula realmente quis dizer nessa história é que todos nós vamos trabalhar muito mais em 2024 para sustentar sua irresponsabilidade fiscal. E isso, de uma forma ou de outra, é verdade. Afinal de contas, as previsões fiscais para o próximo ano não são nada animadoras. Enfim, esteja preparado, meu amigo: 2024 está aí e teremos que trabalhar muitos meses apenas para bancar os gastos desse governo populista e corrupto - com ou sem feriados. Que teremos um rombo fiscal no próximo ano, disso todos nós sabemos. A grande pergunta que fica é: o quanto teremos que trabalhar para cobrir esse buraco?

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=GNMe1OpqmaI

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/be/%EB%8B%A5%EC%8A%A4%ED%9B%88%ED%8A%B8%28%EB%8B%A8%EB%AA%A8%EC%A2%85%29_%28Dachshund_%28Short%29%29.jpg