MACRON comete ERRO FATAL e CONDENA a FRANÇA a uma CRISE ECONÔMICA sob um GOVERNO DE ESQUERDA

O governo Macron não apenas lançou a França numa profunda crise política, como também enfiou o país num buraco fiscal que pode arruinar a economia francesa de vez.

A lambança política protagonizada por Emmanuel Macron nas últimas semanas atirou a França num mar de incertezas tão grande, que o país pode acabar sendo arrastado para um novo arranjo constitucional, ou mesmo para uma crise econômica. Ou, pior ainda: para ambos os cenários. Num período em que se questiona se a França do passado ainda existe, a instabilidade provocada pelo erro de cálculo do Macron preocupa ainda mais os analistas, por conta das possíveis repercussões futuras na terra de Napoleão. Será o fim da Douce France? Bem, vamos analisar essa situação com calma.

Primeiro, vale fazer um breve resumo do que foram as recentes eleições parlamentares francesas, convocadas fora de hora pelo Macron. Como o presidente estava se borrando de medo do crescimento da direita de Marine Le Pen no país, ele resolveu se aliar com a extrema-esquerda francesa. Tudo bem, nós sabemos que a Le Pen não é o que esperamos de alguém tipicamente de direita; mas é preciso lembrar do conceito da Janela de Overton. Não sabe o que é isso? Não tem problema! Nós já fizemos um vídeo sobre o tema, de título: "O Discurso ANTICAPITALISTA diminuiu" - link na descrição.

Voltando à bagunça causada pelo Macron: o lacrador conseguiu, afinal, o resultado que tanto queria. O partido Reagrupamento Nacional, o RN da Le Pen, ficou em terceiro lugar nas eleições, com 143 assentos. Ainda assim, é importante frisar que a direita não apenas aumentou o número de deputados em mais de 60%, na comparação com a eleição anterior, como ainda obteve a maior quantidade de votos dentre os partidos. É que o sistema distrital francês tem essas peculiaridades mesmo.

A coligação do próprio Macron, o Juntos, ficou em segundo lugar, com 163 assentos no Parlamento. E a extrema-esquerda, representada pelo partido Nova Frente Popular, o NFP, ficou com o maior número de assentos - somando 182 deputados. Como se vê, nenhuma dessas 3 forças tem capacidade de formar um governo, por não ter alcançado a necessária maioria de 289 assentos. Será preciso montar um governo de coalização. E foi aí que a bagunça se instaurou de vez.

Ninguém sabe, ao certo, o que vai acontecer daqui pra frente. O NFP tem pressionado o Macron para indicar alguém desse partido para o cargo de primeiro-ministro. Só que o partido do presidente não está muito inclinado a se aliar com a extrema-esquerda. Ou seja: o NFP não vai conseguir formar um governo de coalização com os centristas. Só que o RN de Marine Le Pen também não vai conseguir fechar um governo com o partido do Macron. Então, essas três forças, na prática, se anulam. Ninguém vai conseguir a maioria definitiva.

O então primeiro-ministro do governo Macron, Gabriel Attal, renunciou ao cargo. O ex-premiê continua ocupando esse papel de forma interina, por conta das Olimpíadas. Na prática, a França conta, neste momento, com um governo provisório, o que deixa a situação toda ainda mais indefinida. Macron pode indicar, para esse cargo, alguém sem maioria, de dentro do Parlamento, ou até de fora dele, com alto risco de esse novo indicado sofrer uma moção de censura, caindo do cargo. O futuro político da França, portanto, é uma grande incógnita.

Só que, enquanto o problema político francês se desenrola, outro problema substancial também tem sido gestado e, ao que tudo indica, negligenciado, pelo atual governo. E quem quer que assuma o cargo de primeiro-ministro, vai ter que lidar com essa bomba nuclear: o problema da dívida pública francesa. E nem foi alguém de fora do governo que percebeu que essa bomba está quase explodindo - foi o próprio órgão responsável por controlar as contas estatais que deixou isso claro para todos.

A Corte de Contas - que é a versão francesa do Tribunal de Contas tupiniquim - mandou a real, em recente declaração a respeito do orçamento do governo. De acordo com esse órgão, a França pode embarcar em uma verdadeira crise econômica, caso o atual problema fiscal não seja revertido. O quê? Você pensou que esse era um problema apenas do Brasil? Vai dizer que você levou a sério o Lula, quando ele afirmou que nenhum outro país do mundo se preocupa com questões fiscais? Vai vendo!

Pois bem: mas qual é o tamanho desse tal rombo fiscal francês? Se segure na cadeira, os números são pesados! Em 2023, o déficit fiscal da França foi de absurdos 154 bilhões de euros - mais de R$ 900 bilhões. Isso representa 5,5% do PIB dessa que é a 6ª maior economia do mundo. Além de ser um valor monstruoso, esse déficit é 0,6 pontos percentuais maior do que o que foi prometido pelo Haddad de lá, o Sr. Bruno Le Maire - cuja inaptidão para o cargo faz jus ao apelido atribuído ao francês por este que vos fala.

Ainda de acordo com a Corte de Contas francesa, o atual problema fiscal do país o expõe “perigosamente, em caso de novo choque macroeconômico”. Ou seja: enquanto o mundo permanece uma marolinha, a França consegue ficar de pé. Porém, qualquer agitação internacional - como uma crise econômica, um conflito em maior escala ou mesmo um choque do petróleo, por exemplo - pode derrubar o castelo de cartas francês. E aí, salve-se quem puder, oui!

O resultado fiscal francês é muito ruim mesmo se for comparado com outros países europeus. Pois a União Europeia estabelece como limite para o déficit público o equivalente a 3% do PIB do país. Se essa marca for ultrapassada, essa nação precisa apresentar um plano de contenção de gastos, para retornar ao patamar desejado. E esse plano, de fato, foi feito pelo governo francês: a ideia seria reduzir o déficit abaixo desse limite até 2027. Porém, pelo andar da carruagem, esse cenário é cada vez menos provável. Parece mesmo o caso brasileiro, não é mesmo?

E se você quiser mais semelhanças com o Brasil, lá vai: vamos falar sobre o serviço da dívida. Estima-se que, neste ano, a França vai pagar, a título de juros sobre sua monstruosa dívida pública, algo em torno de 55 bilhões de euros - o equivalente a mais de R$ 300 bilhões. Só que, em 2027, esse valor vai alcançar 83 bilhões de euros - quase meio trilhão de reais! É só ladeira abaixo!

A França já se encontrou numa enrascada dessas, num passado próximo. Em 2018, o país estava nessa mesma situação, tratada como "déficit excessivo" pela União Europeia, mas conseguiu sair do buraco - ainda que provisoriamente. Acontece que a raiz do problema - a saber, o excesso de gastos públicos - não foi arrancada. Hoje, a despesa pública equivale a 56% do PIB francês, uma das mais elevadas do mundo. Por isso, a França possui uma dívida pública superior a 110% do seu PIB; e essa dívida só faz crescer.

É por essa razão que, junto com diversas questões sociais sensíveis, o problema fiscal vai ser o grande desafio para o próximo governo francês. Então, você já consegue imaginar a desgraceira que vai ser se a extrema-esquerda conseguir mesmo assumir o comando da França. Afinal de contas, socialistas não sabem fazer contas! E, se olharmos para o plano de governo do NFP, vamos ter certeza de que isso vai mesmo ser uma tragédia francesa.

O partido prometeu, quando da campanha eleitoral, declarar, logo no primeiro dia de governo, um "estado de emergência social", que vai contar, inclusive, com congelamento de preços de alimentos, combustíveis e das tarifas de energia elétrica. Vai dar certo sim, amiguinho, confia! Além disso, os esquerdistas querem aumentar o salário mínimo em 200 euros - fazendo-o chegar a algo perto de R$ 10 mil, acredite ou não, - e também cortar um imposto que incide sobre a conta de energia. Ok, imposto é roubo, então tem que cortar mesmo. Mas é claro que isso vai reduzir as receitas, sem que o governo esquerdista tenha manifestado o mínimo interesse em reduzir qualquer despesa estatal.

Aliás, já está nos planos do NFP revogar a reforma previdenciária feita por Macron, em abril do ano passado. É desnecessário dizer que isso vai pressionar ainda mais as contas públicas. E o pior de tudo: o partido de extrema-esquerda simplesmente quer convocar uma nova Assembleia Constituinte, a fim de criar a Sexta República Francesa. Imagina só uma constituição parida por um governo desse nível! Quem sabe, depois de 5 tentativas fracassadas, essa nova república funcione, não é mesmo?

Enfim, a culpa desse cenário, sem dúvidas, é do Macron e de seu governo. Junto com seu atual primeiro-ministro, é ele que tem permitido o avanço da dívida pública, a ponto do descontrole. E foi a sua sanha pelo poder, talvez imaginando que seu partido fosse manter grande parte de seus assentos no Parlamento, que o levou a tomar a precipitada atitude de dissolver a Assembleia Nacional. E isso deu no que deu: um grande impasse, que pode fazer o que já estava ruim ficar ainda pior.

De forma geral, esse é um belo resumo do que é a política, na prática. Para esses parasitas que ocupam os cargos de governo, o importante é ter o poder - não importa a que custo. Se for preciso comprometer a economia do país e o futuro da nação, que seja! O sucessor é que vai pagar a conta. Dessa forma, o erro estratégico do Macron, como sempre acontece, em se tratando do estado, vai ter consequências graves para a vida de pessoas pacíficas. O cidadão francês, que sofre com décadas de descontrole socialista, ainda vai ter que pagar - e bem caro - a conta de toda essa gastança estatal.

Referências:

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eleicao-na-franca-veja-como-ficou-a-composicao-do-parlamento/

https://www.poder360.com.br/poder-economia/tribunal-de-contas-da-franca-alerta-para-uma-crise-economica/

O Discurso ANTICAPITALISTA diminuiu:
https://www.youtube.com/watch?v=xrDuAbLgvzE