Quando o governo quer transformar o PIX em mais uma ferramenta de controle, Nikolas Ferreira vira o porta-voz de uma revolução digital que não pode mais ser contida.
O vídeo que o deputado federal Nikolas Ferreira gravou sobre a fiscalização do PIX bateu recorde de visualizações nas redes sociais. Até o momento, foram mais de 320 milhões de visualizações e aproximadamente 800.000 comentários. O vídeo resume de maneira sucinta e pedagógica a recente proposta de monitoramento do PIX pelo governo federal. Visando identificar e cobrar Imposto de Renda de pessoas que movimentam mais de R$5 mil por mês, a proposta gerou ampla repercussão e indignação popular. A medida, ao mirar a movimentação financeira e não apenas o saldo em caixa, colocou no radar da Receita Federal trabalhadores como motoristas de aplicativo, comerciantes de rua, prestadores de serviços e micro empresários no geral. Um motorista do Uber, por exemplo, que tenha gasto com gasolina, manutenção e outros custos que juntos movimentam mais de 5 mil na conta já entraria no radar do leão. Assim como foi dito no vídeo, “Até quem fizesse vaquinha para fazer um churrasco acabaria tendo que se explicar para a receita federal.
A insatisfação com essa tentativa de controle culminou em um dos maiores eventos de viralização da história recente: o vídeo do deputado superou recordes e se tornou em 48 horas o conteúdo mais visto no Instagram, ultrapassando o até então top um, o trailer do jogo mais aguardado da década, "GTA VI". Captando a indignação popular, o vídeo ressoou amplamente nas redes sociais e se tornou uma referência de descontentamento coletivo. Nesse contexto, surgiram reações controversas da imprensa e do governo, que acusaram a viralização de ser parte de uma ação coordenada, reforçando a postura centralizadora de ambos.
A reação tomada pela mídia e pelo governo, frente a terem seus planos de arrecadação expostos não poderia ser mais errônea, autoritária e patética. Lindbergh Farias, deputado federal do PT, lançou seu próprio vídeo-resposta no instagram para tentar desqualificar a fala do Nikolas Ferreira, não conseguindo surtir nenhum efeito. O vídeo mostra de maneira patética e risível o futuro líder do PT na Câmara tentando se assemelhar à gravação feita pelo parlamentar da direita. Mas seus esforços geraram um resultado muito abaixo da expectativa, não chegou nem a 770 mil visualizações na conta pessoal do parlamentar. Parece que o garoto-propaganda do PT não rendeu muito. Estes são apenas números que demonstram a popularidade e a força de um político de 28 anos no seu primeiro mandato, e a impopularidade e decadência do governo e seus aliados.
A Globo, diante da dimensão do alcance do vídeo, insinuou que a viralização poderia ser fruto de uma ação deliberada da extrema direita nas mídias sociais através de disparos em massa ou uso de bots para expandir os números artificialmente. Rumores populares sobre uma suposta manipulação da Meta, empresa responsável pelo Instagram também foram levantados por indivíduos incrédulos com a ressonância de sua mensagem. Conspiracionistas citaram que o alinhamento recente entre Mark Zuckerberg, Elon Musk e Donald Trump seria uma possível motivação para o suposto favorecimento do vídeo de Nikolas. Tudo isso a fim de começar a impulsionar conteúdos contrários ao governo brasileiro, considerado adversário da agenda de Trump. A mídia, possivelmente tomada pelo medo frente a mais essa vitória da informação descentralizada, mostrou suas reais intenções. Jornalistas como Eliane Cantanhêde e até o ministro e superintendente de tributos, Fernando Taxxad, reforçam uma narrativa preocupante em um cenário onde a liberdade de expressão anda na corda bamba. Em resposta ao vídeo, os dois afirmaram em rede nacional que "criticar ou desacreditar políticas públicas é crime", uma declaração que gerou comparações com regimes autoritários, mas que expressa bem o espírito da atual gestão.
Essas declarações não apenas erram ao criminalizar críticas, já que criticar o governo ainda não é um crime no código penal, mas também desconsideram a legitimidade das questões levantadas pelo vídeo. Nikolas Ferreira não propagou fake news; ele trouxe verdades inconvenientes que colocam em xeque o governo e a mídia tradicional. A tentativa de deslegitimar o discurso do deputado apenas acentuou o descontentamento geral e revelou a fragilidade da comunicação institucional frente à descentralização da informação.
O sucesso do vídeo de Nikolas Ferreira pode ser explicado por três fatores principais: Primeiro: O vídeo conseguiu alcançar tanto os simpatizantes da direita quanto da esquerda. Até mesmo influenciadores de esquerda, como Carlinhos Maia e Gaiofato, criticaram as políticas arrecadatórias do governo, acusando-o de estelionato eleitoral. Para muitos, o monitoramento do PIX foi a gota d’água em uma série de insatisfações acumuladas, especialmente porque a promessa de não taxar compras internacionais e a famosa "picanha para todos" foram descumpridas. O impacto foi sentido principalmente nas classes mais baixas, tradicionalmente base de apoio do governo, tornando a indignação uma questão transversal.
Segundo: O boato de que o PIX seria taxado realmente não passou de fake news, mas a desconfiança do brasileiro é legítima. Em um país marcado por episódios como a hiperinflação, Plano Collor e o confisco da poupança, qualquer indício de intervenção estatal gera reações imediatas. A instabilidade econômica e as práticas espoliativas do governo reforçam essa desconfiança. Toda incerteza gerada pelo estado brasileiro e que afugenta investidores nacionais e do exterior é chamada de custo Brasil, um termo que engloba custos de ordem financeira e de confiança como descrito. A verdade é que o governo é muito ingênuo ou manipulador quando reclama que a população deposite sua confiança nele. Mesmo que a medida não tenha avançado, o mero medo de sua implementação já provocou um movimento de retirada do PIX, muito semelhante aos que retiraram dinheiro de suas poupanças temendo o confisco que seria realizado durante a administração Collor.
E terceiro: A viralização exacerbada pode ser explicada de maneira racional, não precisamos pôr o chapeuzinho de alumínio na cabeça e começar a conjecturar influências do exterior para entender esse viral da internet. Em primeiro lugar, a decisão da Meta de remover shadow bans em contas antes censuradas pode ter contribuído para maior alcance orgânico. A nova tendência é a de que plataformas eliminem o monopólio sob a divulgação que os discursos da esquerda possuíam em suas plataformas. Podemos observar o reforço da liberdade de discurso em redes sociais como a implementação de um livre mercado informacional. Além disso, o timing foi perfeito: o vídeo surgiu no auge das preocupações econômicas da população. Nikolas Ferreira, com sua habilidade oratória e sua já consolidada base de 13 milhões de seguidores, foi um catalisador natural para o viral. Por fim, o fato de muitos assistirem ao vídeo mais de uma vez, seja para mostrá-lo a terceiros ou reproduzi-lo enquanto liam os comentários, impulsionou ainda mais sua disseminação.
O que mais preocupa o governo e a mídia não é apenas o conteúdo do vídeo, mas o fenômeno por trás dele: a perda da capacidade de mobilização tradicional da esquerda. A internet, com sua estrutura descentralizada, substituiu os mecanismos centralizados de organização política. Enquanto o governo e a mídia ainda operam com modelos rígidos de controle da narrativa, a direita conseguiu explorar a agilidade das redes sociais para mobilizar e disseminar informações em tempo recorde.
O ataque ao Nikolas Ferreira ainda vai se provar ser um tiro pela culatra. Ao tentar deslegitima-lo, a mídia tradicional apenas reforça sua popularidade e amplia o alcance de sua mensagem através do efeito Streisand. A maioria da população demonstrou concordar com os pontos levantados pelo deputado, o que torna as críticas da imprensa cada vez mais desconectadas da realidade popular. Em vez de minar sua credibilidade, essas ações passam a fortalecê-lo ainda mais. A crescente popularidade de Nikolas incentivou Eros Biondini, do PL de Minas Gerais, a querer reduzir a idade mínima exigida para concorrer ao cargo de presidente, de 35 para 30 anos. A proposta começou a ser articulada após o governo Lula revogar a fiscalização das transferências via Pix devido a um vídeo do deputado. Caso a proposta seja aprovada, Nikolas Ferreira se transformaria em um forte candidato à sucessão de Bolsonaro em 2026, caso o mesmo não reveja seus direitos políticos para concorrer no pleito.
Como vemos, a crise de popularidade do governo Lula não apenas afeta a maneira na qual a população avalia seu governo. Ela já começa a impactar as relações no Congresso, onde parlamentares dão sinais de querer se distanciar de um governo em queda livre. Embora o impeachment ainda esteja longe de ser uma realidade concreta, a possibilidade de um desfecho nesse sentido não pode ser descartada caso a insatisfação popular continue a crescer.
A comoção causada pelo vídeo de Nikolas Ferreira revelou um sentimento coletivo de descrença no governo, reacendendo debates sobre a legitimidade das ações governamentais e a necessidade de maior responsabilidade fiscal e política. Esse cenário coloca o governo em uma posição cada vez mais delicada, com desafios crescentes para reconquistar a confiança da população.
Esse episódio reforça a força da informação descentralizada como ferramenta para virar o tabuleiro político de ponta cabeça. Diferentemente dos tempos em que a mídia tradicional monopolizava as narrativas, hoje as redes sociais permitem que qualquer indivíduo, com a mensagem certa, alcance milhões de pessoas. Essa dinâmica tornou evidente a incapacidade do governo de controlar o fluxo de informações e minou a relevância dos meios tradicionais.
Com o recente apoio das plataformas à um ambiente de respeito para com a liberdade de expressão, casos como esse ficarão cada vez mais comuns. O vídeo de Nikolas Ferreira demonstra como a descentralização da informação é uma arma poderosa para enfraquecer as estruturas de poder estatal e mobilizar organicamente a população em prol de uma causa. A impossibilidade de controlar a narrativa acelera a irrelevância do governo e coloca a sociedade em uma posição mais forte para questionar e desafiar políticas opressivas. A liberdade de informação, aliada à mobilização digital, é a ferramenta mais poderosa para a construção de uma sociedade cada vez mais livre de Governos.
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/nikolas-para-presidente-deputado-reduzir-idade-minima-candidatura/
https://youtu.be/JcMhX3uFWq4?si=7fjK3vTYN1KBrvm3
https://revistaoeste.com/imprensa/pix-jornalista-da-globo-cita-nikolas-e-diz-que-desacreditar-e-atacar-medidas-publicas-e-crime/
https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/jornalistas-estatizados/
https://www.youtube.com/watch?v=yGciRLI_XPw