Número de ANIMAIS DOMÉSTICOS na CHINA vai SUPERAR o de CRIANÇAS PEQUENAS ainda em 2024

Na China comunista, enquanto a população encolhe, os novos casais preferem ser pais de cães e gatos.

Não é novidade que a China comunista enfrenta graves problemas demográficos. Sim, o país ainda tem uma população colossal, estimada em 1,4 bilhão de habitantes. Mas o posto de maior população do mundo, defendido por séculos pelo gigante asiático, foi recentemente perdido para a Índia. E a causa desse evento único na história recente humana é a considerável queda na taxa chinesa de natalidade que, aliada ao rápido envelhecimento da população, formam uma verdadeira bomba-relógio demográfica que pode estourar na China em não muito tempo.

Nós, inclusive, já falamos sobre esse tema em alguns vídeos aqui do canal. Recomendamos os vídeos: “CHINA terá 300 MILHÕES de IDOSOS a mais nas próximas DÉCADAS: o COLAPSO está chegando” e “População da CHINA está ENCOLHENDO, e isso é um GRANDE PROBLEMA para XI JINPING”. Os links estão aqui na descrição do vídeo. Agora, contudo, temos um novo dado que, inicialmente, pode parecer uma mera curiosidade, mas que revela a profundidade deste problema: a comparação entre o número de crianças e o número de pets na nação asiática. Não se trata de uma pesquisa feita por alguma ONG maluca. Estamos falando de uma avaliação realizada pelo banco de investimentos Goldman Sachs. Isso significa, basicamente, que esse indicador peculiar pode ajudar a compreender o futuro econômico chinês.

Os analistas do citado banco avaliaram o aumento da demanda por alimentos e itens relacionados a animais de estimação na China, nos últimos anos. Por sinal, esse parece ser o único setor com aumento real de demanda por lá. O resultado observado foi surpreendente: estima-se que, até o final deste ano, o número de animais domésticos já terá superado o número de crianças com até 4 anos. Ainda há, aí, um agravante: o banco contou apenas os animais na zona urbana do país, embora o número de crianças pequenas tenha sido contado também na zona rural. Ou seja, se todos os pets tivessem sido considerados, então esse resultado seria ainda pior. E, bem, a coisa realmente piorará: a avaliação do Goldman Sachs é de que, em 2030, o número de animais de estimação será quase duas vezes maior que o número de crianças de até 4 anos, na China.

Transformando os percentuais em números: estima-se que, no fim desta década, o número de pets atingirá a marca de 70 milhões, contra apenas 40 milhões de crianças pequenas no gigante asiático. A título de comparação: em 2017, havia 90 milhões de crianças menores de 4 anos na China, contra apenas 40 milhões de animais domésticos. Em outras palavras: esse quadro está se revertendo muito rapidamente. Só que, ainda que com o risco de soar redundante, é possível prever que esse quadro pode piorar bastante. Veja a coisa por outro prisma: o percentual de cidadãos chineses que têm algum animal doméstico ainda é pequeno, cerca de 5,6%. No Japão, por exemplo, essa taxa chega a 17%. Por lá, inclusive, o número de pets já é 4 vezes maior que o de crianças pequenas. Ou seja: a discrepância entre crianças e bichos na China só tende a crescer.

E, ao contrário do que possa parecer, essa não é uma análise forçada, fruto de uma falsa correlação. Estamos diante de um fato: o aumento do número de pets, com correspondente redução no número de crianças, é um sintoma sério da crise demográfica que já assola a China. Veja, por exemplo, que metade dos donos de pets no país têm entre 23 e 33 anos. Isso significa, na prática, que o número de animais domésticos está crescendo porque os mais jovens preferem cuidar de bichos do que ter filhos. Já há, inclusive, uma verdadeira cultura de substituição das crianças pelos animais, nas novas famílias. Os pets são chamados de “mao hai zi”, ou “bebês peludos”, pelos seus tutores, que preferem ser reconhecidos como “pais” de seus animais. Na ética libertária, nós preferimos chamar essas pessoas de “donos” mesmo, mas isso é papo para outro momento.

Esse cenário faz com que, conforme anteriormente citado, o único setor com franco crescimento na débil economia chinesa seja mesmo o de produtos destinados aos pets. Ainda segundo o Goldman Sachs, o setor de alimentos para animais de estimação cresceu, em média, 16% por ano, entre 2017 e 2023. Nesse mesmo período, setores como o da construção civil patinaram de forma considerável. Pois bem, agora que o problema foi colocado sobre a mesa, é preciso apontar os culpados por essa situação, uma vez que, ao que tudo indica, não há uma solução evidente, no curto prazo. E a coisa é bastante simples de entender: estamos diante de um problema que, em todas as suas instâncias, foi causado pelo estado, a saber, pelo doentio governo comunista chinês, com seu desejo insano de controlar cada aspecto da vida humana.

No passado, por decisão de algum comitê central, os casais foram proibidos de ter mais do que um filho, o que gerou distorções absurdas na população, como uma quantidade de homens 20% maior que a de mulheres, no começo deste século. A consequência mais visível dessa medida, a longo prazo, foi o envelhecimento da população, enquanto menos crianças nasciam, ano após ano. Porém, a consequência menos visível dessa intervenção estatal foi a mudança na cultura familiar chinesa, um problema ainda mais difícil de ser revertido. Nos últimos anos, o governo comunista chinês se deu conta dessa bomba demográfica, e tentou desarmá-la, mas já era tarde demais. Veja como as intervenções estatais não funcionam como desejado pelos burocratas: em 2016, o governo chinês aboliu finalmente a famigerada política do filho único. Naquela época, a taxa de crescimento da população estava acima de 6%. Sabe o que aconteceu na sequência? A coisa piorou! Sim, o governo afrouxou as regras, e o resultado foi o oposto do esperado.

Ano após ano, essa taxa decaiu, e brutalmente. Em 2022, ela ficou negativa pela primeira vez, desde a grande fome causada por Mao Tsé-Tung, na década de 1960. O detalhe é que, no ano anterior, o governo Xi Jinping passou a permitir que os casais tivessem até três filhos. E, em 2023, a taxa de crescimento da população chinesa atingiu 1,48% negativos, um desastre completo. A China está encolhendo, simples assim. Mais uma vez citando o estudo do Goldman Sachs: a previsão é de que o número de nascimentos na China cairá, em média, 4,2% ao ano, até o fim desta década. Afinal de contas, o número de mulheres em idade fértil segue diminuindo, ao mesmo tempo em que os jovens se tornam cada vez mais relutantes em se casar e, especialmente, em ter filhos.

Acontece que o custo de criar filhos na China é altíssimo, proporcionalmente mais alto, por exemplo, que em países como França e Austrália, acredite ou não. Isso se torna um problema especialmente para casais mais jovens, uma vez que a taxa de desemprego entre os chineses com até 25 anos está em níveis alarmantes, reduzindo consideravelmente a renda dessa parcela da população. Some a isso os problemas imobiliários que castigam o país nos últimos anos, inviabilizando a compra de imóveis grandes o suficiente para comportar crianças, e teremos uma dimensão suficiente desse problema.

Afinal de contas, bichos demandam menos espaço que meninos e meninas, além de obrigar seus tutores a gastar bem menos dinheiro. É por isso, inclusive, que o número de gatos deverá ultrapassar o de cães na China, porque os bichanos ocupam ainda menos espaço e fazem menos bagunça. Em resumo: o problema econômico, causado e mantido pelo governo comunista chinês, está mudando, talvez de forma irreversível, a cultura familiar na China.

O problema é que os comunistas perceberam, tarde demais, a armadilha que eles próprios criaram. Décadas de medidas autoritárias e violentas, cujo objetivo era reduzir o tamanho das famílias, criaram uma geração inteira de pessoas mimadas e egoístas, que agora não possuem uma verdadeira referência familiar para cultivar o desejo de ter filhos. E essas mesmas décadas de comunismo formaram a tempestade perfeita que, muito provavelmente, trará a China para o buraco econômico, nos próximos anos. Assim, não adianta o governo do Partidão dar incentivos financeiros para que casais tenham muitos filhos, porque algo mudou, substancialmente, na mentalidade chinesa. E, ao que tudo indica, mudar essa cultura demorará tanto tempo, que o colapso demográfico será inevitável. Os burocratas chineses estão entrando em desespero, tentando solucionar este insolúvel problema.

Desesperadamente, Xi Jinping afirmou, no ano passado, que é preciso “cultivar ativamente uma nova cultura de casamento e maternidade e fortalecer a orientação sobre a visão dos jovens em relação ao casamento, ao parto e à família”. Porém, talvez seja tarde demais. Talvez, os comunistas tenham ido tão longe, que aquela a qual foi a maior nação do mundo durante séculos, e que, muitos previam, seria a maior economia do mundo em não muito tempo, esteja condenada à completa destruição. O mais curioso de tudo, porém, e isso seria cômico, se não fosse trágico, é que não foram gráficos nem modelos matemáticos complexos, mas sim cães, gatos e bebês, que deixaram isso claro para todos.

Referências:

https://edition.cnn.com/2024/09/12/business/china-pets-over-toddlers-aging-population-intl-hnk/index.html

https://www.cnbc.com/2024/08/08/china-will-have-nearly-twice-the-pets-than-young-children-by-2030.html

https://www.terra.com.br/nos/presidente-chines-diz-que-mulheres-do-pais-precisam-iniciar-nova-tendencia-de-familia,00d12aa3d3559561258526023d478d775lwcffv2.html

CHINA terá 300 MILHÕES de IDOSOS a mais nas próximas DÉCADAS: o COLAPSO está chegando
https://www.youtube.com/watch?v=pctD7nk5Uu8

População da CHINA está ENCOLHENDO, e isso é um GRANDE PROBLEMA para XI JINPING
https://www.youtube.com/watch?v=hodhn1rkPHc