Com um terremoto de magnitudes tão intensas, criar uma proteção para super terremotos é a solução?
No dia 3 de março, o maior terremoto registrado em Taiwan nos últimos 25 anos resultou na morte de nove pessoas e deixou mais de 800 feridas nesta quarta-feira. Além disso, cerca de 50 pessoas que seguiam em direção a um parque nacional estão desaparecidas.
As cenas transmitidas pela televisão mostram edifícios inclinados em ângulos perigosos no condado montanhoso e pouco povoado de Hualien, próximo ao epicentro do terremoto de magnitude 7,2.
Testemunhas descreveram a intensidade do tremor, destacando que edificações pareciam prestes a desabar. Moradores locais relataram que o tremor: "era muito forte. Parecia que a casa ia cair".
Nessa situação surge o estado como o bom samaritano, oferecendo ajuda e suporte às vítimas do desastre. Com suas equipes de resgate trabalhando incansavelmente para retirar os sobreviventes dos escombros e fornecer assistência médica, o estado se torna uma presença reconfortante em meio à tragédia, com o monopólio da virtude em meio ao caos.
Claro, não queremos diminuir o papel das pessoas que se empenham no resgate. Mas, será mesmo que o estado vai saber reconstruir a cidade? E os impostos, os roubos, estavam guardados para assegurar esses momentos?
Imagens dramáticas capturaram socorristas em ação, utilizando escadas para resgatar indivíduos presos em edifícios inclinados e lidando com deslizamentos de terra em áreas afetadas. Enquanto isso, em Taipei, tremores violentos forçaram o fechamento temporário do sistema de metrô, gerando preocupação entre os residentes. O presidente enfatizou a necessidade urgente de resgate, enquanto equipes trabalhavam lentamente para libertar os presos em túneis. Simultaneamente, a Força Aérea de Taiwan relatou danos leves a seis caças F-16 em uma base na cidade, com a promessa de retorno rápido ao serviço. No Japão, a agência meteorológica classificou o terremoto com magnitude 7,7, causando pequenas ondas de tsunami em Okinawa. Nas Filipinas, os moradores costeiros foram instruídos a buscar áreas mais altas, enquanto relatos sugerem que o tremor também foi sentido na China e em Xangai.
Apesar dos desafios, a energia foi amplamente restaurada após o terremoto, e as usinas nucleares permaneceram intactas. Entretanto, algumas fábricas, incluindo importantes fornecedoras de chips para empresas renomadas, foram temporariamente evacuadas por precaução. O terremoto de quarta-feira foi um dos mais intensos desde um evento devastador em 1999, relembrando uma tragédia que resultou na perda de milhares de vidas e danos significativos. As autoridades meteorológicas classificaram o tremor como "Upper 6", destacando sua gravidade em uma escala de intensidade, oferecendo ajuda às vítimas e prometendo apoio.
No entanto, para alguns observadores perspicazes, essa intervenção estatal pode parecer mais uma encenação, um gesto superficial. Afinal, em momentos como este, seria de se esperar que o Estado, financiado pelos impostos, estivesse preparado para agir de forma eficaz. Mas ao invés disso, o custo está por vir, fazendo de uma tragédia, outra tragédia mais sútil.
O desastre que atingiu o Japão em 2011 teve um impacto direto nas usinas nucleares do país, levando ao fechamento temporário de várias delas.
Essa interrupção na geração de eletricidade resultou em uma redução significativa na capacidade energética disponível. Para enfrentar os desafios econômicos e sociais decorrentes dessa crise energética, o Banco do Japão (BoJ), adotou diversas medidas para injetar liquidez na economia. Entre essas ações, destacam-se a compra de títulos do governo e a redução das taxas de juros, com o intuito de estimular tanto o investimento quanto o consumo. É importante notar que o excesso de liquidez acarreta consequências na economia, aumentando a inflação pela desvalorização da moeda. Além disso, as medidas não resolvem os desafios, ao invés de aumentar a quantidade de energia, aumentou a quantidade de moeda, imprimindo dinheiro. Sem Energia e sem dinheiro, ora, faz algum sentido?
No meio do desastre onde você perde praticamente tudo, os governantes te deixam mais pobre e no escuro, uma piada de mau gosto.
Veja, quando uma empresa privada causa danos, como um desastre ambiental, a abordagem libertária é clara: a empresa é responsável por reparar todos os danos causados. Isso inclui compensar os afetados, ressarcir por perdas materiais e restaurar a situação anterior, se possível.
Se os custos forem exorbitantes, os proprietários e acionistas da empresa devem arcar com as despesas, até mesmo liquidando seus bens se necessário.
Nesse caso do Japão e Taiwan, foi a mãe natureza, eu sei. Não tem como uma empresa privada causar um terremoto.
No entanto, quando examinamos situações como as que ocorrem no Brasil, percebemos que as empresas, especialmente as mineradoras, frequentemente são beneficiadas pelo governo devido à sua significativa influência na economia. As multas e penalidades impostas a essas empresas podem ser suaves e destinadas aos recursos públicos, em vez de serem utilizadas para compensar diretamente às vítimas dos danos causados. A responsabilidade estatal na fiscalização é questionada, pois, em muitos casos, órgãos governamentais falharam em detectar problemas antes que ocorressem desastres. Percebe?
Empresa associada ao governo, não tem prejuízo comparável ao trabalhador que perdeu a casa e todos seus bens. Eles mandam banana para você e você não tem o que fazer.
E se, em vez disso, os direitos privados fossem a norma? Imagine uma empresa sendo responsabilizada por suas ações, sendo capaz de garantir a segurança de uma cidade ou enfrentar penalidades financeiras por não cumprir suas obrigações com os clientes.
Assim, a abordagem libertária argumenta que é preferível que empresas privadas, não estatais, sejam responsáveis por danos, pois os custos recaem sobre os proprietários e acionistas, não sobre os contribuintes inocentes.
Em situações como essas, seja desastre natural ou não, a relação de risco x retorno vinda de uma cidade privada, é muito melhor. O estado é como um super-herói trapalhão que tenta salvar o dia, mas tropeça na própria capa! Quando se trata de desastres naturais, como terremotos e tsunamis, ou eventos trágicos, como os terríveis massacres em escolas, o Estado não tem habilidade para lidar com o assunto. Por mais que eles tentem implementar medidas de segurança e prevenção, muitas vezes a natureza imprevisível desses eventos simplesmente deixa o Estado de mãos atadas. É como se eles estivessem tentando prever o futuro com uma bola de cristal quebrada!
De acordo com Mises, existem dois tipos de probabilidades: de caso e de classe. As probabilidades de caso são aquelas em que conhecemos alguns detalhes, mas não todos, tornando os eventos imprevisíveis e únicos. Por outro lado, as probabilidades de classe envolvem situações em que temos todas as informações sobre uma categoria de eventos, permitindo-nos calcular uma probabilidade geral e tomar medidas preventivas.
Imagina se os japoneses sempre se preparassem para terremotos de magnitude 9.0? Nem todos são tão fortes assim. Claro que eles estariam "seguros" contra terremotos, mas a verdade é que estariam errando. Os custos para se proteger contra todos os tipos de terremotos seriam gigantescos. E como vivemos num mundo com recursos limitados, o fato de o Japão ainda estar sofrendo com os efeitos do terremoto não é culpa do sistema de segurança; é só uma situação triste que se tem de lidar. Eu prefiro economizar em satoshis para me assegurar do pior, criando seguranças verdadeiras.
Isso se engloba para outras imprevisibilidades da vida, como os massacres que só aumentam devido a tentativa de controle por meio de monopólios. Crimes como assassinatos são imprevisíveis. A gente até pode se proteger contra crimes "normais", mas pedir mais segurança estatal paras nossas crianças depois de uma coisa tão fora do comum como massacres é meio que como apostar que todos os terremotos vão ser de magnitude 9.0. Quando existe o monopólio da segurança, o estado não consegue se adaptar às crises específicas.
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