Tentativa de Golpe na Bolívia!

Na briga de cachorros estatistas, eu estou torcendo só pela briga mesmo...

A Bolívia enfrentou uma semana tumultuada com um breve período de agitação política por conta de uma tentativa de golpe de Estado feita por um dos generais das suas forças armadas.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram soldados fortemente armados e veículos blindados reunidos na Plaza Murillo, em La Paz. Há vídeos e testemunhas relatando que um tanque do Exército entrou no palácio presidencial.

O atual presidente boliviano é um tal de Luis Arce, que é tipo um poste do Evo Morales, que por sua vez é amiguinho do Luli e desse pessoal do Foro de São Paulo, não fosse isso apenas uma teoria da conspiração, certo?! Mas esse mafioso denunciou o que ele mesmo chamou de “mobilizações irregulares” das Forças Armadas e afirmou em seu perfil que a democracia deve ser respeitada.

Mas afinal, o que vem acontecido com os nossos vizinhos Bolivianos para que pudéssemos testemunhar esse acontecimento?

Vamos começar pelo fim e trazer um breve panorama da situação socioeconômica boliviana e resumir os principais personagens desse evento histórico.

Luis Alberto Arce, atuou como ministro da Economia e Finanças Públicas durante o governo de Evo Morales por mais de 10 anos. Ele se afastou por questões de saúde, mas voltou ao cargo em 2019 só pra ver o seu querido presidente e seu partido serem expurgados da liderança estatal que permaneceu por muito mais que os dois mandatos permitidos pela constituição do país.

Ele se candidatou no ano seguinte, em 2020 para a presidência e venceu as eleições fazendo com que o MAS (Movimento Ao Socialismo) voltasse ao poder.

Desde então, a economia da Bolívia ficou estagnada, com a população empobrecendo ainda mais e enfrentando sérios desafios que impediam seu desenvolvimento. Problemas como a alta dependência das exportações de commodities, a falta de diversificação econômica e a intervenção estatal sem limites, contribuíram para que o apoio popular do presidente caísse ao longo do tempo.

Além disso, a instabilidade política e a incerteza quanto às políticas governamentais futuras têm desestimulado investimentos, tanto internos quanto externos. Essa conjuntura de estagnação econômica tem levado a um aumento no desemprego e na pobreza, afetando negativamente a qualidade de vida da população boliviana, sendo que os mais afetados são os moradores pobres das áreas urbanas.

É importante dizer que "regimes de amor", como os da Bolívia, que alguns pseudo-especialistas tem a cara de pau de chamar de "Socialismo Capitalista", são autoritários em muitas áreas da sociedade.

Independentemente do viés marxista em que um presidente se encontra, frequentemente suas ações resultam em violações das liberdades individuais, no aumento da centralização do poder e no aumento da ação estatal sobre as liberdades individuais.

Em 1959, Mises em palestras na Argentina, já nos contava "As Seis Lições", nas quais expunha o socialismo, destacando suas falhas econômicas e morais.

Mises argumenta que o planejamento central proposto pelo socialismo é matematicamente incalculável e impossível de ser economicamente viável, devido à ausência de preços de mercado, o que leva à má alocação de recursos escassos e à ineficiência produtiva. Ou seja, pobreza, fome, miséria e morte.

Sem o mecanismo de preços, os planejadores centrais não conseguem tomar decisões racionais sobre a produção e distribuição de bens e serviços. Além disso, Mises também alertava para o impacto negativo do socialismo na liberdade individual, pois a centralização do poder econômico invariavelmente resulta em tirania política.

E, com toda essa teoria sendo repetidamente provada na prática ao longo do século XX, surge a figura de Juan José Zúñiga, General do Exército Boliviano.

Juan foi demitido um dia antes do golpe, sendo identificado como o responsável pelas mobilizações de tropas e tanques que se posicionaram em frente à sede presidencial em La Paz, na Praça Murillo.

Luis Arce denunciou a ação militar, classificando-a como "movimentações irregulares", enquanto o ex-presidente Evo Morales afirmava que um golpe de estado estava em curso. Até que o Evo é espertinho né gente?!

Claramente contra o Movimento Ao Socialismo, nesta segunda-feira o milico provavelmente acordou com sangue nos olhos e o ovo virado. Durante uma entrevista na televisão, Zúñiga afirmou que Evo Morales não poderia mais ser o presidente do país. Ele disse que não iria mais permitir que a Constituição fosse pisoteada e que desobedecesse ao mandato do povo. Será que ele viu a desgraça que tem acontecido aqui e quis evitar?

Com essa declaração, nesta terça-feira ele foi demitido do cargo e na quarta o evento da tentativa de golpe estava acontecendo diante dos lentes das câmeras e das redes sociais a nível global.

Em "Anatomia do Estado" de Murray Rothbard, podemos entender melhor o fato de que o Estado é uma entidade que busca perpetuar seu próprio poder e riqueza, às custas da população.

Ele vê as disputas internas entre políticos como uma luta pelo controle dos recursos e da autoridade estatal, ao invés de uma verdadeira preocupação com o bem-estar seja das coisas públicas, seja da população.

Rothbard disse: “Dentro do estado, existem várias facções e interesses em constante luta pelo poder. Essas disputas não são sobre ideais ou políticas para o bem comum, mas sim sobre quem terá o controle dos recursos e da autoridade do estado. As lutas internas pelo poder são uma demonstração clara de que o objetivo final dos políticos é o aumento de seu próprio poder e influência, e não a promoção do bem-estar geral da população.”

Diante dessa situação, a Bolívia poderá se encaminhar para uma guerra civil, caso o apoio militar do General seja grande. Murray Rothbard vê o tema "Guerra Civil" como uma extensão dos conflitos estatais e denota que sempre resulta em grande sofrimento, morte e destruição, impactando negativamente a economia e todos os aspectos da vida em geral.

Em seu Manifesto Libertário ele declara: “Como qualquer guerra, uma guerra civil destrói vidas, propriedades e a economia, servindo apenas para aumentar o poder do Estado sobre os indivíduos. Durante uma guerra civil, o governo tem uma desculpa ainda maior para reprimir liberdades civis, consolidar controle e expandir seus recursos por meio de impostos e conscrição forçada. Além disso, as rivalidades internas pelo poder durante uma guerra civil revelam a verdadeira natureza do Estado: uma instituição que prospera na coerção e na violência.”

Rothbard argumenta que, em uma guerra civil, as facções em conflito lutam pelo controle do aparato estatal, e não pelo bem-estar da população. Ele vê as guerras civis como conflitos devastadores que são motivados pela mesma lógica de poder e dominação que caracteriza todos os governos, intensificando a opressão e a exploração das pessoas comuns.

Para Rothbard, a solução é a promoção de uma sociedade livre, onde as disputas sejam resolvidas pacificamente através de acordos voluntários e onde o poder coercitivo do estado seja eliminado. Ele acredita que apenas assim se pode evitar o ciclo de violência e repressão que caracteriza as guerras civis e outras formas de conflito estatal.

Hans Herman Hoppe em seu livro: "Democracia o Deus que Falhou", propõe uma abordagem descentralizada e com base no livre mercado e na ética de propriedade privada.

Sua visão está na ideia de uma "sociedade de leis privadas", que representa uma alternativa ao monopólio estatal do direito e da segurança que vemos nos status quo atual.

Hoppe argumenta que, em uma sociedade de leis privadas, as funções que teoricamente são feitas pelo governo, como a proteção da propriedade, a aplicação da lei e a resolução de disputas, seriam fornecidas por agências de segurança e tribunais privados, que competiriam entre si no livre mercado.

Essas agências e tribunais operariam em um mercado livre, onde os indivíduos contratariam serviços de proteção e justiça de acordo com suas preferências e necessidades.

Ao promover a descentralização do poder, o libertarianismo propõe que a governança seja baseada em contratos voluntários e em uma competição livre.

Isso não apenas reduziria a concentração de poder nas mãos de poucos, como também mitigaria os incentivos para conflitos violentos, uma vez que as disputas seriam resolvidas de maneira pacífica por conta dos prejuízos financeiros que disputas desse tipo ocasionam.

Além disso, a ética de propriedade privada proporciona um fundamento claro para o respeito aos direitos individuais e à autonomia pessoal.

Dessa forma, indivíduos e as comunidades seriam incentivados a resolver conflitos de maneira cooperativa e pacífica, construindo uma sociedade mais harmoniosa e resiliente contra as tentações do autoritarismo estatal.

Golpe só ajuda os autoritários do governo e nos coloca ainda mais sob a mira de seus fuzis. Nenhum milico no poder nunca melhorou a vida de ninguém, a não ser a sua e a de seus cupinchas.

E para continuar nesse assunto, veja agora o vídeo: "134 anos do INFAME GOLPE MILITAR da nossa HISTÓRIA", link na descrição.

Referências:

134 anos do INFAME GOLPE MILITAR da nossa HISTÓRIA
https://www.youtube.com/watch?v=sgcVdP41eTI

https://www.metropoles.com/mundo/golpe-estado-bolivia