Quando a primeira-dama vira diplomata improvisada, o TikTok vira ameaça internacional e o governo transforma gafes em política externa, é sinal de que a prioridade deixou de ser o povo.
O governo da empatia e do coraçãozinho com os dedos parece ter encontrado mais uma maneira de nos surpreender com sua incompetência diplomática. Dessa vez, a trapalhada veio diretamente de Pequim, onde nossa ilustre primeira-dama, Janja, decidiu dar uma de diplomata e fazer escola sobre política internacional. Em um jantar oficial com ninguém menos que Xi Jinping, o todo-poderoso líder chinês, Janja achou pertinente manifestar-se para reclamar do TikTok – sim, o aplicativo de dancinhas que, segundo ela, estaria ajudando a extrema-direita brasileira.
O episódio foi tão constrangedor que Lula teve que correr para tentar controlar os danos. "Eu que fiz a pergunta, não foi a Janja", tentou explicar o presidente, em um esforço heroico para tapar o sol com a peneira. Mas a verdade já estava lá fora, vazada por alguém da própria comitiva que, pelo visto, não aguentou segurar o riso diante da cena patética.
E o melhor: agora Lula está bravo porque alguém cometeu a "pachorra" de contar sobre o constrangimento diplomático protagonizado pela primeira-dama. Ora, ora! O homem que fez carreira política acusando todo mundo de corrupção e vazando informações quando lhe convinha, agora quer privacidade? É como diz o ditado: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
Segundo fontes que estavam presentes no jantar – e que, coitadas, devem estar agora temendo por seus empregos – Janja teria aproveitado a oportunidade para dar uma aula sobre os "efeitos nocivos" da rede social chinesa, destacando que o algoritmo do TikTok estaria favorecendo a extrema-direita no Brasil. Imaginem só o que passou pela cabeça de Xi Jinping! O homem que controla com mão de ferro a internet do país mais populoso do mundo, sendo alvo de reclamações de uma primeira-dama brasileira que não tem cargo nem função oficial.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que nossa "embaixadora não-oficial" protagoniza momentos dignos de um episódio de sitcom. Há poucos meses, durante o G20, ela mandou um sonoro "Fuck you" para Elon Musk, o que levou o bilionário a responder que "eles vão perder a próxima eleição". Na época, até Lula teve que intervir, dizendo que "não temos que xingar ninguém". Mas, pelo visto, a lição não foi aprendida.
O que é realmente impressionante, é que Lula não apenas defendeu a atitude de Janja como ainda afirmou que ela "não é cidadã de segunda classe" e que "entende mais de digital" do que ele. Bem, considerando o nível de conhecimento tecnológico do nosso presidente, isso não é lá um grande elogio. É como se gabasse de ser mais rápido que uma tartaruga.
E o mais irônico: enquanto o governo brasileiro reclama do suposto favoritismo do TikTok à direita, está ao mesmo tempo pedindo ajuda ao governo chinês para "regulamentar" as redes sociais no Brasil. Traduzindo: querem importar um pouquinho do controle autoritário chinês para calar as vozes opositoras. Afinal, se tem uma coisa que esse governo não suporta é a livre circulação de ideias que contrariem sua narrativa.
Xi Jinping, com a diplomacia de quem já viu muito político amador em ação, simplesmente respondeu que "o Brasil tem direito a fazer a regulamentação". Em outras palavras: "Problema seu, camarada. Se quer banir o aplicativo que meu país criou, vá em frente e arque com as consequências."
Curiosamente, esse episódio ocorre justamente quando o TikTok está no centro de uma disputa nos Estados Unidos, onde autoridades tentam forçar a venda da empresa para uma companhia americana. Ou seja: em vez de aproveitar a viagem para fortalecer relações comerciais e trazer investimentos para um país cada vez mais empobrecido sob o governo petista, nossa comitiva presidencial decidiu que era hora de meter o bedelho em uma questão que já é delicada o suficiente no cenário internacional.
Lula ainda teve a ousadia de dizer que a conversa foi "natural" e que o objetivo era discutir a regulamentação de plataformas digitais, "um tema de interesse público e urgente". Mais urgente que a inflação descontrolada? Mais urgente que o desemprego? Mais urgente que a insegurança alimentar que esse governo prometeu resolver? Parece que as prioridades do painho estão cada vez mais distantes dos verdadeiros problemas do brasileiro comum.
O próprio presidente reclamou do vazamento, dizendo que estavam apenas ministros e dois parlamentares: Davi Alcolumbre e Elmar Nascimento. "Se o ministro tivesse incomodado, devia ter me procurado e pedido para sair", afirmou, em tom de ameaça velada. É assim que funciona o governo do amor: concorde conosco ou pegue a porta – e isso vale até para relações diplomáticas com a segunda maior economia do mundo.
O que esse episódio escancara, mais uma vez, é o despreparo e a arrogância desse governo. Enquanto milhões de brasileiros lutam para pagar suas contas, enfrentam a escalada de preços nos supermercados e veem seu poder de compra despencar, nossos representantes estão preocupados com o algoritmo do TikTok e em como censurar as redes sociais.
A verdade é que esse governo sempre teve um talento especial para desviar o foco dos problemas reais. Enquanto a economia brasileira se afunda em um mar de incertezas, com inflação persistente e juros estratosféricos, o governo petista prefere gastar sua energia em cruzadas contra as redes sociais. É como se o capitão de um navio que está afundando decidisse reclamar da música que toca no convés.
Essa desconexão do cachaceiro e da deslumbrada com o povo brasileiro apenas reforça aquilo que os libertários já estão carecas de dizer e de ouvir: o estado só serve pra tirar dinheiro de quem trabalha e bancar o luxo de quem não trabalha. Lula prega que você, trabalhador, que jamais viverá nem 1% do luxo que ele e sua cuidadora vivem, é o culpado pela pobreza quando decide ter duas televisões em casa, ou então, depois de anos de trabalho sofrido, consegue juntar um patrimônio pra poder viver um pouco melhor, quem sabe investindo em algum ativo ou então construindo uma casa pra alugar. O estado é pior do que qualquer assaltante vagabundo que te rouba pra comprar pó, pois o assaltante te rouba uma vez e, na maioria dos casos vai embora. Já o estado te rouba todo dia, dita como você deve viver e ainda te culpa pelos problemas das outras pessoas.
O pior é que essa obsessão do governo com o controle das redes sociais revela uma face autoritária que muitos insistem em ignorar. Quando um governo começa a se incomodar com o livre fluxo de informações e opiniões, isso deveria acender um alerta vermelho para qualquer democracia. E quando esse mesmo governo busca inspiração no regime chinês para "regular" a internet, o alerta deveria se transformar em sirene de emergência.
Não nos enganemos: por trás do discurso de "proteger as mulheres e crianças" ou "combater fake news", o que existe é uma intenção clara de controlar a narrativa. É o mesmo projeto autoritário que já vimos em outros países da América Latina, onde governos de esquerda sufocaram a imprensa livre e transformaram as redes sociais em extensões de sua propaganda oficial.
O uso do TikTok pela direita é apenas uma desculpa conveniente. O verdadeiro problema, na visão desse governo, é que as redes sociais democratizaram o acesso à informação e deram voz a milhões de brasileiros que antes estavam condenados ao silêncio. Agora, o cidadão comum pode questionar narrativas oficiais, expor contradições e até mesmo rir de figuras poderosas – algo intolerável para quem sempre se achou dono da verdade.
Estamos assistindo, em tempo real, a uma tentativa de estabelecer um Ministério da Verdade no Brasil, com a primeira-dama como sua embaixadora informal. E a busca por parcerias com regimes autoritários como o chinês é apenas mais um passo nessa direção sombria.
Enquanto isso, a economia real – aquela que determina se você conseguirá pagar suas contas no fim do mês – continua sendo negligenciada. Os indicadores econômicos revelam um país à deriva, com crescimento anêmico, investimentos estagnados e uma carga tributária asfixiante. Mas, ao invés de enfrentar esses problemas, o governo prefere travar batalhas culturais e ideológicas.
O episódio na China é apenas mais um capítulo dessa novela de erros que se tornou o terceiro mandato de Lula. Um governo que prometeu união e reconstrução, mas que na prática se mostra cada vez mais dividido, despreparado e obcecado com fantasmas ideológicos.
E agora, faz o L? O L de "Lamentável", talvez? De “Ladrão”? Ou seria o L de "Livres-nos desse desgoverno"? Uma coisa é certa: enquanto o Brasil real sofre, o circo montado em Brasília segue com suas apresentações cada vez mais constrangedoras no palco internacional. E nós, brasileiros, somos forçados a assistir a esse espetáculo de horrores, pagando ingressos cada vez mais caros na forma de impostos.
Prepare o bolso e reforce a paciência. Pelo andar da carruagem, ainda temos muito mais episódios dessa tragicomédia pela frente. E lembre-se sempre: quando o estado cresce, a liberdade diminui. Quando políticos falam em "regulamentar" qualquer coisa, seu bolso e sua liberdade estão prestes a serem atacados. A única proteção real contra essa invasão continua sendo a descentralização, a autonomia individual e, claro, aquela moeda digital que eles tanto odeiam e temem.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/13/lula-diz-que-partiu-dele-e-nao-de-janja-pergunta-para-xi-jinping-sobre-tik-tok.ghtml
https://valor.globo.com/politica/noticia/2025/05/14/lula-defende-janja-e-confirma-que-tratou-sobre-tik-tok.ghtml