CORREIOS AMEAÇAM PARAR por FALTA de PAGAMENTO!!!

O governo Lula vem garantindo que o único serviço garantido pelos Correios seja o de entregar a fatura de todas as dívidas da estatal na sua casa!

A novela dramática que acompanha a saga nos Correios desde o final de 2024 ganhou um novo episódio que promete muita emoção. Por conta de atrasos no pagamento e irregularidades nas compensações financeiras, no dia 24 de março de 2025 a situação virou um turbilhão quando 31 transportadoras terceirizadas deram um ultimato ameaçando interromper os serviços caso suas reivindicações não fossem atendidas. Essas empresas, encarregadas de fazer entregas para a estatal, anunciaram que as entregas continuariam até 21 de março, mas com uma condição: os pagamentos deveriam ser adiados para o dia 24. Não fazer isso significaria uma paralisação nas operações que impactaria milhares de entregas no país. Em resposta, os Correios alegaram que o atraso se deu por um "problema técnico" nos pagamentos, prometendo regularizar tudo até o início da próxima semana. Este novo capítulo é apenas um mero desconforto gerado de uma crise maior que a empresa enfrenta, marcada por prejuízos financeiros e uma gestão conturbada.


O quadro dos Correios é alarmante: a estatal enfrenta uma situação "pré-falimentar", com atrasos salariais e prejuízos recordes — mais de R$ 3 bilhões em 2024 e R$ 424 milhões apenas em janeiro de 2025. A crise levou o senador Márcio Bittar a protocolar um pedido de CPI para investigar os danos causados.


O problema se agrava com um novo empréstimo de R$ 3,8 bilhões do Banco dos BRICS, que deve aprofundar o rombo, colocando o contribuinte para cobrir o prejuízo caso a estatal não honre a dívida. Além disso, uma decisão recente transferiu R$ 7,6 bilhões para o Postalis, fundo de pensão dos funcionários, que acumula um déficit de R$ 15 bilhões — resultado de má gestão, privilégios e corrupção. Isso levanta uma pergunta: por que uma empresa estatal precisa de um fundo de aposentadoria próprio, em vez de usar o regime geral?


Se compararmos a situação atual com os últimos anos da gestão de Jair Bolsonaro, podemos ver uma grande diferença no modo em que a estatal gerenciou as suas contas. Naquele período os Correios ainda operavam com lucro, e mesmo nos tempos desafiadores da pandemia, Bolsonaro conseguiu manter a austeridade nas contas da empresa. Hoje, sob a gestão do amor, Lula abriu os cofres públicos para que todas as estatais e órgãos do governo pudessem gastar sem medo de ser feliz. As despesas dispararam para a Lua, o ideal de gastança de Lula está quebrando o governo federal, e a grosso modo, a crise dos correios pode ser observada como um microcosmos dessa situação. Um pequeno experimento que pode nos servir de aperitivo para a crise que se avizinha.


Apesar do pesadelo fiscal, os Correios não estão falindo, e provavelmente não vão sentir muito as consequências dos seus atos. Essa declaração parece ser absurda e até mesmo contraditória, já que o estado falimentar dos correios já foi citado antes, mas acredite, no caso de uma estatal, essa é a mais pura verdade. É importante entender que uma empresa privada pode falir, mas uma estatal nunca está sob esse risco, já que sempre pode contar com o financiamento do governo. No caso dos Correios, o empréstimo de R$ 3,8 bilhões é um exemplo claro de como as estatais operam: elas não falem, pois são sempre salvas com o dinheiro do contribuinte. As dívidas que elas fazem não são delas, são de todo o povo brasileiro, que sustenta essa e outras empresas deficitárias e ineficientes. 


O verdadeiro problema dos Correios não é só a má gestão ou a incompetência técnica, mas o sistema estatal no qual estão inseridos. Esse sistema, que privilegia a elite política patrimonialista, cria uma estrutura onde o objetivo não é oferecer um serviço de qualidade à população, mas sim atender às demandas e interesses de uma classe política. Empresas estatais estão sempre sujeitas a pressões políticas, o que leva a nomeações de pessoas que ocupam cargos-chave não por mérito, mas por influência política. Um exemplo disso foi a nomeação de uma ex-sindicalista e ex-deputada para o cargo de diretora financeira dos Correios. Maria do Carmo Lara Perpétuo foi escolhida não por sua experiência na área, mas por sua conexão política, e embora não ocupe o cargo desde fevereiro de 2025, seu exemplo continua sendo válido.


Outro fator que compõe a natureza improdutiva das empresas estatais, se dá pelo fato de não terem o incentivo de otimizar seus processos e reduzir custos. Ao invés de buscar eficiência, elas se acomodam com o desperdício, já que, quanto maiores os custos, mais recursos são requisitados do governo. Se o governo sempre usar dinheiro público para cobrir o rombo, por que investir em métodos e capacitação de funcionários? Os salários dos empregados e o lucro dos diretores estarão sempre garantidos enquanto o governo explorar com mão de ferro o patrimônio da sociedade. Esse é um exemplo claro de como as estatais privatizam os lucros e socializam os prejuízos.


A existência de uma empresa inútil e paga com o seu dinheiro já é algo absurdo e antiético, mas, em muitos casos, esse mal sempre vem acompanhado. Uma grande parte das estatais possui o monopólio sobre seu setor de atuação, onde o governo cria barreiras legais e incentivos artificiais para manter as estatais dominando os serviços. Essa é a pior das situações, onde uma empresa ineficiente é a única permitida a prestar um serviço que, além de ter uma péssima qualidade, é pago com o seu dinheiro. O governo quebra a sua perna e te entrega uma muleta quebrada para dizer que te ajudou, ainda te cobrando dinheiro por isso. O monopólio impede que empresas privadas possam competir de forma justa, inibindo a inovação e a competitividade no mercado, elementos essenciais para o desenvolvimento de qualquer economia saudável.


Mesmo com todos os problemas enfrentados pelas estatais e as evidências de que o serviço público é, de fato, ineficiente, ainda há quem defenda a manutenção do status quo. A esquerda, em sua insistência no controle estatal, apela para falácias e argumentos de segunda mão para justificar os privilégios do funcionalismo. Esse raciocínio muitas vezes ignora o fato de que, no mundo real, a iniciativa privada é muito mais eficiente na gestão de recursos, no atendimento ao cliente e na inovação. É assim, surgido através da necessidade de proteger privilégios, que o pensamento antiprivatização nasceu e floresceu na era da informação centralizada, através da mídia que demonizava qualquer medida que fosse em direção a um Estado menor.


Durante o governo Bolsonaro, o processo de privatização dos Correios quase foi concluído, com a proposta de transferir a gestão da empresa para a iniciativa privada. A ideia era promover maior eficiência, concorrência e redução de custos ao fazer dos correios uma empresa orgânica e sensível às pressões do mercado. Contudo, o Tribunal de Contas da União (TCU), na pessoa de Bruno Dantas, impediu a privatização, na esperança de que a vitória de Lula acabasse com o processo. A aposta de Dantas se provou acertada, e com a ascensão de Lula, a gestão dos Correios continuou com o estado.


Mas o que teria acontecido se a privatização tivesse sido levada a cabo? Bem, os correios entraram de verdade no jogo do capitalismo, onde empresas têm que ser eficientes para sobreviver. Elas precisam otimizar seus processos, cortar desperdícios e investir em inovação para se manterem competitivas e não perderem a sua fatia no setor em que atuam. Isso elimina o ciclo vicioso presente na estatal, onde o déficit leva a um aumento do socorro financeiro do governo, sem qualquer incentivo para melhorar. A privatização dos Correios teria eliminado também a contratação por interesses políticos, uma vez que o setor privado exige resultados e a meritocracia prevalece.


Os Correios são conhecidos por suas filas intermináveis, entregas atrasadas e sistemas antiquados de rastreamento. Mas caso fosse privatizada, a estatal teria que competir com empresas como a FedEx e a UPS, que investem fortemente em tecnologia para melhorar a logística e a experiência do consumidor. Outro ponto a favor da privatização é a melhoria do atendimento gerada pela quebra do monopólio existente no setor. Hoje, os correios gozam de algumas prerrogativas legais exclusivas que garantem privilégios e eliminam a concorrência privada em algumas situações. Nenhuma empresa fora dos correios pode enviar cartas e entregar correspondência internacional, a estatal ainda pode fiscalizar seus concorrentes e detém uma isenção no pagamento de vários tributos. Se fosse privatizada, a estatal iria enfrentar um período de abstinência após décadas de monopólio em que foram protegidos do mundo exterior pelo estado. Mas apesar disso, ainda é provável que a privatização conseguiria transformar os correios em uma empresa competitiva. Um exemplo claro disso é a privatização do Royal Mail no Reino Unido em 2013. Onde a empresa conseguiu modernizar sua estrutura investindo em tecnologia, assim melhorando seus serviços antes antiquados sem depender de recursos públicos. 


A oposição à privatização por parte da esquerda não é alimentada apenas pelo medo da perda de poder e privilégio. Eles sabem que, caso uma empresa estatal como os Correios seja privatizada, a percepção popular sobre a eficácia do setor privado vai mudar. No Brasil nós temos poucos exemplos de privatização, com esses poucos acontecendo ainda na era da informação centralizada. Nesse período, a mídia podia abafar os pontos positivos da medida enquanto cultivava na cabeça do brasileiro o medo da privatização. A esquerda sabe que não pode cometer um deslize agora que não conta mais com o monopólio informacional, pois a partir de agora, a pressão por novas privatizações pode virar uma bola de neve. Se hipoteticamente um governo de direita conseguir privatizar os Correios, o brasileiro, após ver a melhoria no serviço, se perguntaria por que não fizemos isso antes. E a partir dessa mentalidade, surgiria o questionamento: "O que mais podemos privatizar?".


A privatização de uma estatal grande abriria a porteira para a redução gradual do mastodôntico estado brasileiro. A esquerda teme tanto a privatização porque sabe que ela é a porta de entrada para que o leviatã seja decepado. Primeiro os correios, depois a saúde, segurança, educação, judiciário, na era da informação descentralizada o céu é o limite. O brasileiro médio, ao perceber os benefícios da privatização, entenderia a superioridade da iniciativa privada e, gradualmente, exigiria mais mudanças. É assim, de membro a membro, setor a setor que estamos nos livrando da raiz dos problemas que assolam a vida do brasileiro desde o descobrimento, o Estado.

Referências:

https://www.poder360.com.br/poder-governo/por-falta-de-pagamentos-transportadoras-dos-correios-ameacam-parar/

https://www.poder360.com.br/podereconomia/correiosfizeramacordoparapagarr76biafundodepensao/#:~:text=Os%20Correios%20assinaram%20um%20contrato,aposentados%20e%20pensionistas%20da%20estatal.