Em meio a CRISE GENERALIZADA e PREJUÍZO RECORDE, CORREIOS seguem GASTANDO MUITO MAL

A crise nos Correios se agrava cada vez mais, evidenciando os problemas da péssima gestão petista das estatais.

A crise nos Correios é um caso gritante, e não há, hoje em dia, quem não esteja ao menos familiarizado com esse tema seja libertários, seja petistas. O que mais chama a atenção nessa história, porém, é que a crise na estatal não é apenas uma questão financeira: é um exemplo bastante prático e didático de como o estado é ineficiente, em todos os sentidos. Naturalmente, governos de esquerda como o Lula 3.0, conseguem elevar a característica ineficiência estatal a patamares catastróficos.

Para começo de conversa os Correios já estão atrasando o pagamento dos aluguéis. Veja que, mais recentemente, no começo deste ano, a estatal não quitou o aluguel de um galpão logístico situado em Contagem, Minas Gerais. Apenas para colocar a coisa mais divertida, tente adivinhar de qual partido é o prefeito dessa cidade? Pois é. Enfim, tal galpão pertence a um fundo imobiliário, representando quase metade da renda total do investimento. Isso significa que os cotistas devem estar bastante insatisfeitos com a gestão petista da estatal que entrega cartas, afinal, esse inquilino caloteiro gerou uma queda brusca nos rendimentos desse mês. Só que esse problema dos aluguéis não é nenhuma novidade. Os Correios estão inadimplentes há alguns meses. Em dezembro do ano passado, já se sabia muito bem do risco de despejo de mais de 200 unidades dessa companhia pública, entre agências e centros logísticos, justamente devido a atrasos em aluguéis. De fato, mais da metade desses imóveis já contava com ações de despejo em andamento. Aliás, nem mesmo o IPTU se salva, porque os Correios também têm atrasado, com regularidade, o pagamento desse tributo!

Os problemas da estatal também se manifestam em sua principal atividade econômica: as entregas. Bem, acontece que a empresa simplesmente não está fazendo as entregas devidas em algumas regiões do Brasil. Novamente no começo de 2025, o Ministério Público Federal iniciou uma investigação contra os Correios, devido à suspensão de entregas na cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Tal suspensão poderia também estar ligada à má situação financeira da estatal, embora ainda não haja confirmação nesse sentido. Por último, os Correios começaram a atrasar o pagamento de salários de seus funcionários. A remuneração do mês de janeiro, que deveria ser quitada até o dia 31, conforme acordo estabelecido entre a empresa e os servidores, acabou não sendo paga para parte dos funcionários, especialmente no estado de São Paulo. Esse valor só começou a ser pago no dia 4, sendo que o atraso, supostamente, se deu por uma confusão interna no RH da empresa. Mas parece muita coincidência vários problemas começarem a se amontoar, exatamente no momento em que a empresa vive uma crise financeira, não é mesmo?

Sim, porque, de fato, os Correios registraram, no ano passado, o maior prejuízo de sua história. Na verdade, todas as estatais estão definhando, sob a péssima gestão dos indicados pelo Lula, nada de novo no front. Embora os dados não tenham sido formalmente consolidados, estima-se que o prejuízo dos Correios, em 2024, tenha sido de inacreditáveis 3,2 bilhões de reais, ou seja, estamos diante de um caso inequívoco de insolvência. E se acha que estamos exagerando no tema, saiba que essa mesma palavra “insolvência”, foi usada em um documento que circulou internamente, na alta cúpula da citada estatal. Curiosamente, mas não surpreendentemente, na época do Bolsonaro os Correios davam lucro. Isso mesmo, em cada um dos quatro anos de presidência do capitão, a estatal registrou lucros, que chegaram a ultrapassar a casa do bilhão de reais! E isso aconteceu até mesmo em 2022, ano em que vemos registrado um prejuízo, nos atuais gráficos do desempenho da empresa. Acontece que a gestão atual “pedalou para trás” parte do rombo de 2023, transformando o lucro de 2022 em um prejuízo de 800 milhões de reais. Em contrapartida, o resultado negativo de 2023 foi atenuado para “apenas” 600 milhões de reais de prejuízo. Assim fica fácil melhorar as contas!

Podemos concluir, portanto, que o atual prejuízo não é inevitável; ele é, basicamente, mais um fruto podre da incompetência administrativa do governo Lula e de seus indicados. Veja que, só nesses dois anos de mandato petista, os gestores dos Correios tomaram decisões mais do que questionáveis. A estatal desistiu de recorrer de uma ação trabalhista bilionária, aceitando arcar com todo o prejuízo da causa. Além disso, a empresa cobriu grande parte do rombo do Postalis, o fundo de pensão dos servidores da estatal, que foi depauperado na época da Dilma Rousseff, ao custo de 7,6 bilhões de reais. Ah! Os gestores, mesmo com todo esse resultado problemático, autorizaram um gasto de 200 milhões de reais com o agora famigerado “vale-peru”! Isso sem falar da grana gasta com os próprios dirigentes dos Correios! Em 2022, o total gasto com a alta cúpula da estatal foi de pouco menos de 6 milhões de reais. Já em 2023, esse valor saltou para absurdos 8 milhões de reais. E até setembro de 2024, data do último dado disponível, o gasto com a diretoria dos Correios já tinha sido de 6 milhões de reais. Mas não se pode negar que esse seja um dinheiro muito bem gasto. Afinal de contas, como não remunerar bem gestores que têm feito um trabalho tão notável, à frente da estatal? É claro que os gestores estatais sempre vão dar suas desculpas esfarrapadas, para tentar justificar o injustificável. No caso da empresa, não poderia ser diferente. Segundo o porta-voz da empresa, o prejuízo de 2024 pode ser explicado pela malfadada “taxa das blusinhas”. Ok! É certo que essa medida, para além de prejudicar os brasileiros, especialmente os mais pobres, também reduziu suas receitas. Contudo, isso não chega nem perto de explicar o rombo total do ano passado. Segundo informações fornecidas pelo deputado-príncipe, Luís Phillipe de Orleans e Bragança, essa taxação causou um decréscimo de 116 milhões de reais na receita da companhia. Ou seja, muito menos que o rombo observado em 2024.

Em outras palavras: a culpa, nesse caso, é mesmo do PT. Se com Bolsonaro os Correios davam lucro, e agora dão prejuízo, a culpa pelo déficit não é do mercado, ou de agentes externos, ou de mudanças nos hábitos de consumo. Estamos diante, mais uma vez, da completa incapacidade da esquerda brasileira de gerenciar o que quer que seja. Pense apenas que o atual presidente da empresa não possui experiência como gestor, sendo mais conhecido por integrar o esquerdista Grupo Prerrogativas, e por ser amigo de Zeca Dirceu. Tem como esperar um resultado positivo, com um presidente com uma capivara dessas? Diante desse cenário, o que fazer? Que providência tomar? Torcer para a direita voltar ao poder, para as estatais pararem de dar prejuízo? Definitivamente não: este é um canal libertário e, portanto, temos a clara convicção de que o estado não é a solução para os problemas existentes. Ele é, não raras vezes, sua causa. A solução para os Correios não está numa gestão estatal eficiente, até porque isso é um oxímoro. A solução definitiva é sua privatização. Defendemos isso lá atrás, na época do Bolsonaro; e defendemos isso mais ainda, atualmente.

Empresas estatais não são empresas de verdade, porque não operam efetivamente em uma lógica de mercado. Ou elas são protegidas por algum monopólio, ou são blindadas de prejuízos pelo Tesouro Nacional. Ou, em casos como o dos Correios, as duas coisas. Isso, por si só, elimina, por completo, qualquer chance de que essas empresas operem eficientemente. Eficiência mesmo, nós só encontramos no livre mercado, no qual a busca pelo lucro leva as organizações a atenderem ao maior número possível de necessidades humanas, gastando o mínimo de recursos disponíveis nesse processo. É óbvio, contudo, que governos de esquerda, como o do PT, conseguem evidenciar isso mais do que governos mais orientados à direita. Como o uso político das estatais é uma característica inerente a políticos da estirpe do Lula, é comum vermos o rombo dessas empresas disparar durante governos petistas. E, de fato, isso aconteceu. Embora a ministra Esther Dweck afirme que “não existe rombo”, o fato é que o ano de 2024 não foi ruim apenas para os Correios, foi péssimo para todas as estatais. A má gestão e a incompetência petistas, portanto, ficam claras.

Ainda assim, não é possível deixar de lado o principal ponto em nossa análise libertária: estatais são, por definição, ineficientes. Se os Correios deram lucro na época do Bolsonaro, eles poderiam ter lucrado ainda mais, se fossem uma empresa privada. E se não houver interesse, por parte da sociedade privada, em adquirir essa estatal, como muitos afirmam, inclusive, isso só significa uma coisa: que não existe mais demanda para empresas como essa. Em tempos de entregas velozes e desburocratizadas, por parte de marketplaces, de uma quase extinção das correspondências físicas e até do surgimento de entregas por drones, talvez isso seja, de fato, uma realidade. Sob a gestão petista, portanto, essa verdade inegável, a de que os Correios, bem como todas as estatais, são inevitavelmente ineficientes, apenas se torna mais clara. Ao mesmo tempo, em que a empresa registra recordes de prejuízo, seus dirigentes se remuneram como nunca, como que se recompensando pelo fracasso alcançado. Nessa história, muita gente pode perder, especialmente no caso de um colapso completo dos Correios. Funcionários, fornecedores, senhorios e, de fato, todos os brasileiros, que verão seus impostos sendo gastos para cobrir esse rombo. Portanto, quanto antes essa empresa for privatizada, ou mesmo extinta, melhor para todos nós.

Referências:

https://www.nordinvestimentos.com.br/blog/correios-nao-pagam-aluguel-galpao-logistico-trbl11/

https://revistaoeste.com/brasil/correios-podem-ser-despejados-de-mais-de-200-lojas/

https://www.poder360.com.br/poder-governo/em-crise-correios-atrasam-salario-de-parte-dos-funcionarios/

https://revistaoeste.com/no-ponto/deputado-cobra-ministro-das-comunicacoes-sobre-rombo-bilionario-nos-correios/

https://www.poder360.com.br/poder-governo/correios-tem-prejuizo-recorde-e-estatal-fala-em-insolvencia/