O que acontece quando uma população confia seu dinheiro e seu futuro ao Estado? Ela vai ser roubada pelo menos uma vez, mas nesse caso, foram três!

É praticamente universal em todos os países a existência de algum sistema de previdência social. Variam os modelos, os rendimentos, o tempo de contribuição, vários fatores, mas todos os países têm algum sistema que se enquadre nesse termo. Desde o surgimento da primeira previdência social, na Alemanha do final do século XIX, as pessoas vêm normalizando o fato de o governo roubar parte do salário de cada trabalhador e guardar para estes. Isso é feito sob a justificativa de que o indivíduo não é responsável, organizado ou capaz de guardar o próprio dinheiro para se sustentar quando não conseguir, ou não quiser, mais trabalhar.

Aí já vemos o primeiro roubo: o direto. O indivíduo que trabalha dentro da formalidade tem parte dos seus ganhos diretamente subtraídos do seu salário no momento do recebimento, e essa parcela do salário vai para um fundo ou instituição, que no caso da nossa pátria amada e idolatrada, o Brasil, é a maior pirâmide financeira que todos nós conhecemos: o INSS.

Em países com níveis de educação convencional e educação financeira mais altos e de melhor qualidade, é comum que mais pessoas na população saibam economizar, investir e poupar. Em países como os Estados Unidos, Noruega, Suécia, Canadá e Dinamarca, mais da metade da população tem o hábito voluntário de investir, de aplicar seu dinheiro por conta própria, apesar de existir algum sistema previdenciário se apossando de parte dos seus ganhos.

O Brasil, para variar, é um país atrasado nesses critérios, mas a tendência é de que isso melhore muito nos próximos anos. De 2020 até 2025, a base de investidores brasileiros apresentou um crescimento de 80%, alcançando a marca de 19,4 milhões de pessoas que, por conta própria, pegam seu dinheiro e escolhem onde e como desejam aplicar. A tendência é de que esse número só cresça.

(Sugestão de Pausa)

Por se tratar de uma pirâmide financeira, a previdência social brasileira não aplica o dinheiro roubado dos indivíduos em nenhum fundo, ações ou poupança. A única coisa que acontece com esse dinheiro é a correção pela inflação, e geralmente essa correção é, digamos......., bem otimista, para dizer o mínimo, já que geralmente os índices usados não refletem o aumento real dos produtos que os indivíduos costumam consumir.

Se você, meu caro ouvinte, já tem alguma experiência em investimentos, já deve estar com o segundo roubo na ponta da língua: os rendimentos desse dinheiro roubado. Se um assaltante rouba seu carro, ele rouba também a sua capacidade de viajar com o carro, de ir ao mercado, ou de simplesmente abrir a porta da garagem para admirar a sua conquista, com dinheiro não seria diferente. Ao roubar parte do salário de alguém para, entre muitas aspas, """ajudar essa pessoa""", o governo rouba dessa pessoa a possibilidade de investir essa parte do seu salário em algo que tenha um rendimento maior que os percentuais dos índices de correção de inflação, ou que proteja o seu valor da inflação melhor que as modinhas de mentira impressas pelos bancos centrais.

Quem investe sabe que não é muito difícil para um investidor novato conseguir rendimentos superiores a essas taxas com investimentos convencionais. O interesse crescente que os brasileiros têm em investimentos pode ser constatado com o crescimento do número de canais que abordam o tema e o aumento no número de seguidores que esses canais possuem. A educação financeira do brasileiro tem melhorado nos últimos anos devido à informação descentralizada e distribuída, nesse caso, o futuro é promissor. Apesar disso, eu aposto que nenhum de nós vai ouvir dizer que o Estado vai roubar uma parcela menor do salário de cada um, para que o cidadão comum possa investir por conta própria.

Ué! Se cada vez mais brasileiros estão aprendendo a investir, se cada vez mais pessoas têm acesso a informação de qualidade a respeito de investimentos feitos por conta própria, não faria mais sentido o Estado permitir que as pessoas administrassem e alocassem os próprios recursos conforme achassem melhor? Dessa forma, as pessoas conseguiriam uma aposentadoria melhor, teriam mais segurança, poderiam trabalhar menos, correto?

Corretíssimo, meu caro ouvinte, mas é aí que entra o terceiro roubo desse caso: o roubo do seu poder sobre esse dinheiro.

(Sugestão de Pausa)

O Estado, que se faz de bonzinho, cheio de vontade de ajudar você, na verdade apenas quer garantir que o dinheiro sob o controle dele mesmo seja muito maior. O dinheiro só é seu enquanto está na sua mão, na sua conta bancária, ou, de preferência, na sua carteira de Bitcoin. Quando o Estado pega esse dinheiro para te ajudar, ele deixa de ser seu, você não tem mais poder nenhum de escolher onde esse dinheiro vai ou o que ele faz. Nesse escândalo não foi diferente.

O papai Estado resolveu que você, contribuinte (ou melhor, vítima da pirâmide previdenciária), iria amar pegar uma parte do seu dinheiro roubado e contribuir com algo que você valoriza, que acha indispensável, e então, ele decidiu que ia pegar parte do seu dinheirinho suado para isso. Pesquisas para cura do câncer? Não. Investimento em educação básica? Não. O governo decidiu que você gostaria de contribuir com mais de uma dezena de sindicatos e associações que """defendem""" os trabalhadores do país. Aposto que você amou essa decisão.

Talvez haja uma indignação em saber disso: como pode o governo pegar o meu dinheiro e botar em algo que eu não quero, depois de já ter me roubado duas vezes? E então eu te digo, nobre expectador: o governo não pode. Esse tipo de contribuição automática precisa ser autorizada pelo dono do dinheiro. O que acontece é que, quando o dinheiro não está na sua mão, não há como se defender desse tipo de fraude. Milhões de assinaturas foram fraudadas a fim de financiar instituições, e esse número começou a crescer, por mera coincidência, no mesmo período em que o imposto sindical deixou de ser obrigatório.

Roubaram os contribuintes na hora em que tiraram parte de seus salários, roubaram no momento em que impediram que esse dinheiro fosse investido de forma séria e eficiente, e, como se não bastasse, ainda roubaram DIRETAMENTE esse dinheiro por meio de uma fraude bilionária que direcionava esse dinheiro a instituições que muitas vezes a vítima sequer sabia que existia.

(Sugestão de Pausa)

Como se tudo isso já não fosse absurdo o suficiente, foi estabelecido um curto prazo para que aposentados que acreditam ter sido vítimas dessa fraude possam recorrer e conseguir seu sofrido dinheiro de volta, corrigido apenas pela inflação, é claro. Caso percam o prazo, que vai até 21 de julho de 2025, perde-se o direito de recorrer e o prejuízo torna-se irreversível.

A visão libertária sobre esse assunto é simples: proteja-se de todo tipo de roubo ou violência estatal, não seja uma vítima. Roubar a aposentadoria de um aposentado é roubar parte do tempo de vida de uma pessoa em um momento da vida em que ela não terá como se defender nem tentar correr atrás do prejuízo. Muitas das pessoas que perderam parte da sua aposentadoria irão levar esse prejuízo para a cova. Parece uma covardia, parece uma crueldade, e o motivo disso é muito simples: isso é cruel e covarde. O Estado não se importa com o trabalhador e não vai fazer grandes esforços para desfazer os próprios """erros""".

A melhor forma de se defender desse tipo de abuso é saindo de perto do Estado o máximo possível. Toda vez que temos nossa carteira de trabalho assinada, ou pedimos uma nota fiscal, ou usamos os papeizinhos coloridos que o Estado manda a população acreditar que têm algum valor, estamos dando, de alguma maneira, uma brecha para sermos roubados por ele em algum momento. As maiores armas para se defender desse tipo de abuso são o conhecimento e, consequentemente, o Bitcoin. É importantíssimo que cada um busque conhecer formas de preservar e aumentar o seu patrimônio, e também mecanismos para o proteger de entes perversos.

Espalhe essa mensagem, muitas pessoas estão sofrendo, por simplesmente não conhecerem formas de fugir do Estado, de se proteger dele. Um dia essa mensagem chegou para nós, e já estamos nos protegendo, cabe agora, avisar o máximo possível de pessoas, para que todos um dia, saibam e tenham a oportunidade de se defenderem desse Leviatã, que tanto nos oprime.

Referências:

https://primeirapagina.com.br/economia/qual-o-cenario-de-investidores-no-brasil/