Poucas pessoas conseguiram sobreviver ao holocausto e, aqueles que saíram vivos daquele inferno, nos lembram que o antissemitismo e o totalitarismo ainda são uma ameaça à humanidade.
Hoje temos a honra de contar a história de Julio Gartner e Louis Frankenberg, duas pessoas que escaparam por muito pouco de uma morte trágica e sem sentido. Eles tem uma história para nos contar, nos ajudando a lembrar que há direitos naturais inalienáveis ao ser humano e que nenhum governo pode arrancá-los de nós.
Julio Gartner nasceu em 1924, na cidade linda polonesa de Cracóvia. Seu grande sonho era ser um jogador de futebol e ele tinha como ídolo um grande craque brasileiro daquela época: Leônidas da Silva. A tragédia bigodista que assolou a Europa, em 1939, foi o início da Segunda Guerra Mundial, que mudou para sempre a vida do jovem Julio, quando ele teve que fugir da sua cidade natal. O garoto viu seus pais pela última vez aos 16 anos e acabou sendo enviado para o campo de Plaszwo, que era comandado por Amon Goeth, um psicopata que fazia tiro ao alvo com os judeus. Ele ainda iria passar por vários outros campos de concentração e presenciar o pior que o ser humano pode fazer.
Com uma poderosa máquina militar e muito bem preparada para a guerra, o exército alemão, que ainda teve o apoio dos soviéticos no outro lado do front de batalha, conseguiu vencer o exército polonês em algumas semanas. Enquanto a cavalaria polonesa eram cavalos de carne e osso, a cavalaria alemã eram tanques de aço!
Após a ocupação da Polônia, o governo bigodista iria implementar as leis segregacionistas para separar os judeus da sociedade, desumanizá-los e colocá-los em guetos. Esses judeus iriam ser impedidos de trabalhar e de atuar em várias áreas do mercado, além de não poderem participar das instituições da sociedade polonesa. Muitas pessoas iriam arriscar suas vidas para proteger esses judeus, e isso não foi uma tarefa fácil, já que os bigodistas super científicos tinham colaboradores em todos os cantos do país e a propaganda alemã tocava o terror geral.
Já no Brasil, depois de escapar da solução final, Julio relata sua experiência num gueto polonês numa entrevista ao Jornal "O Globo":
“Em um cativeiro, há a esperança de que alguém vai dedurar os bandidos. Lá, infelizmente não existia isso, porque o terror vinha de cima, era o governo que fazia esse terror, e o governo que fazia esses guetos. Então as pessoas não tinham chance nenhuma de escapar, de se salvar”.
No campo de Plaszwo, com 17 anos de idade, Gartner era obrigado a trabalhar todos os dias por 12 horas, mesmo se alimentando muito mal e num estado de desnutrição. Depois ele foi enviado, juntamente com outros 100 homens, para um dos mais severos campos de trabalhos forçados em Mauthausen. No local ele tinha que carregar pedras e abrir túneis nas montanhas em temperaturas congelantes. Para se ter noção do sofrimento e do estado de insalubridade, cerca de 25% dos prisioneiros morriam toda semana e o campo não fechava pois novos prisioneiros chegavam a todo momento. Mas o destino foi generoso com Julio, já que ele foi liberto do campo na terceira semana, graças à derrota dos exércitos alemães e a chegada das tropas americanas.
Após sair do campo num estado de desnutrição e pesando somente 30 quilos, sem os pais e sem nenhum recurso, ele recebeu ajuda. Foi acomodado, junto com outros 10 mil sobreviventes, nos estúdios cinematográficos de Cinecittà, em Roma. Depois ele saiu em busca de seus irmãos que estavam aqui no Brasil e acabou morando na cidade de São Paulo, local onde iria construir sua vida. Casou-se e teve um casal de filhos, quatro netos e quatro bisnetos, construindo uma linda família. Foi em novembro de 2018 que ele faleceu, tendo uma vida longeva, aos 94 anos e deixando um belo legado.
Já Louis Frankenberg é um holandês que passou por dois campos de concentração e também teve a sorte de sair com vida do Holocausto. Frankenberg já na infância acabou sendo separado de seus pais e levado a um internato na cidade de Hilversum, a 25 quilômetros de Amsterdã por causa da ocupação bigodista. Foi em maio de 1940 que os alemães ocuparam a Holanda, e logo começou a perseguição contra os judeus que viviam no país. Seus pais não tiveram muita proteção e acabaram sendo capturados no ano de 1943, sendo enviados para Sobibor na Polônia e executados em uma câmara de gás.
Já Louis e sua irmã Eva conseguiram se esconder dos alemães, ocultando sua identidade judaica e vivendo num internato católico. Mesmo assim acabaram sendo localizados. Eva conseguiu fugir, mas o pequeno Louis foi capturado e enviado para o campo de Westerbork. Mesmo sendo criança passou por maus tratos, fome e quase morreu. Para sua sorte, ele fez parte de um pequeno grupo de prisioneiros que foram libertados devido a uma negociação. Graças a isso, Louis conseguiu sair daquele inferno, acabou mudando-se para o Brasil e começou uma vida nova.
Aos 86 anos de idade ele lançou o livro “Cinco Vezes Vivo”, em conjunto com o escritor Ricaro Garcia, no qual escreveu suas memórias sobre o terrível período de sua vida no campo de concentração. Ele conta que os campos nos quais esteve foram campos de transição, e depois ele foi levado para a Tchecoslováquia. No fim da guerra conseguiu chegar à Suíça. Mas as pessoas que não tinham sorte logo eram levadas para campos de extermínio na Polônia, como Auschwitz, onde milhões de pessoas foram executadas. Frankenberg conta na obra sobre como lidavam com as crianças nesses momentos cruéis. No campo na Holanda ele ficou localizado numa espécie de orfanato, pois Louis era muito novo e lá ele sentia muita falta dos pais. Para sua sorte, outras pessoas cuidaram dele nesse momento em que ficava numa fila para ter acesso a uma sopa aguada e pouco nutritiva. Não havia solidariedade nem mesmo com as crianças por parte dos guardas e comandantes dos campos.
Em 1945, o ano que terminou a segunda guerra mundial, a Europa estava destruída e milhões de sobreviventes estavam traumatizados e sem saber como reconstruiriam suas vidas, assim, Frankenberg iria abandonar seu país natal. Em 1947, aos 10 anos de idade, ele viajou de Amsterdã para o Brasil. No Rio de Janeiro encontrou um tio que o levou depois para a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Louis conseguiu com o tempo se adaptar à sociedade brasileira, junto com outros imigrantes judeus. Ele foi, com certeza, uma importante voz para nos contar os horrores do Holocausto e da guerra e nos dizer que a perseguição aos judeus foi real e não deve ser repetida. Sua mensagem jamais deve ser esquecida.
Hoje, as vozes antissemitas no nosso lindo governo do amor, evitam fazer negócios com os israelenses por serem judeus, por pura hostilidade gratuita a esse povo. Tudo começa com o preconceito, que logo se torna em desumanização desses grupos através de propaganda. Recentemente, o ministro da defesa do governo Lula, José Múcio Monteiro, num evento na Confederação Nacional da Indústria, o CNI, no dia 8 de outubro, soltou mais uma das barbaridades e preconceitos que vemos no governo da picanha.
Se referindo ao povo israelense, o ministro da defesa brazuca disse: “Houve agora uma concorrência, uma licitação… Venceram os judeus, o povo de Israel, mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos… Nós estamos com essa licitação pronta, mas, por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”.
Tudo isso porque o Lula e seus aliados comunistas flertam com o Hamas. Múcio nessa fala se referia à compra de blindados israelenses e foi o assessor especial de Lula, Celso Amorim, quem teria impedido a negociação. Amorim é conhecido por seus posicionamentos contra Israel, da mesma forma que boa parte da esquerda ocidental que tem defendido os terroristas do Hamas. Ver um comunista defendendo assassinos não é nenhuma novidade.
Infelizmente, tem sido comum ver militantes da esquerda atacando judeus das mais variadas formas, numa demonização sem sentido desse grupo étnico-religioso, como se eles fossem os terroristas. E, por incrível que pareça, são esses mesmos esquerdistas que amam rotular seus adversários políticos de nazistas. Aqui se materializa novamente o ditado comunista do: "acuse-os do que somos".
Enfim, a ascensão do bigodismo e o Holocausto são trágicos exemplos do que pode ocorrer quando os direitos naturais do ser humano são desconsiderados, quando direitos individuais são desrespeitados, quando um governo autoritário sem limites assume o controle total sobre a vida das pessoas. O governo vai crescendo aos poucos e removendo nossas liberdades em etapas; se não acordamos, não fizermos nada, tão logo estaremos na mesma situação que os judeus estavam sob o controle daqueles psicopatas.
Veja como tudo começa com a propaganda contra grupos a serem hostilizados e que são culpados por todos os problemas do país. O ódio e o rancor são incitados no povo desde cedo, para eles acreditarem que os grupos a serem discriminados estão tramando um complô contra a nação, ou que estão de alguma forma prejudicando suas vidas.
A proteção dos direitos humanos fundamentais, como a propriedade sobre si e sobre os frutos de seu trabalho, o livre-arbítrio e o direito à vida, é essencial para evitar que o leviatã estatal persiga e oprima seus cidadãos e use seu poder para eliminar grupos inteiros de pessoas. A única forma de proteger as pessoas de todo tipo de injustiça e arbitrariedade cometida pelos governos e seus lacaios, é que essas pessoas tenham direito absoluto à propriedade de seus corpos e possam se armar até os dentes. A única forma é impedindo o estado de poder cometer esses crimes, diminuindo-o até a insignificância e separando-o de nossas vidas privadas. Não podemos continuar reféns de desmandos e decisões erradas de políticos que afetam nossas vidas.
Nós libertários, defendemos o princípio de que todos os seres humanos possuem direitos invioláveis, independentemente de sua origem étnica, religião ou convicções – são direitos naturais, intrínsecos a nossa condição humana. Quando esses direitos são violados, o resultado pode ser um regime de tirania, como aconteceu sob o nazismo, ou sob os regimes comunistas na União Soviética e na China de Mao tsé Tung. Portanto, a melhor forma de garantir esses direitos é conscientizar a população sobre os perigos da concentração de poder no governo e de que somos dotados do direito à vida, à liberdade e à propriedade. Não devemos nada a políticos e burocratas e é nosso dever não se submeter às suas leis anti-humanas.
A verdade é que todos os tiranos se aproveitam de fragilidades em sociedades que não protegem as liberdades individuais, por isso, em muitos países, regimes totalitários tiveram êxito. Não só na Venezuela e Cuba de hoje, mas o Brasil está cada vez mais trilhando o caminho da servidão, com tanta censura e violação do devido processo legal e das demais liberdades humanas.
Não deveríamos achar normal o L trazer o bandido do Maduro pra cá e tratá-lo com respeito e prestígio, como se ele não fosse um ditador sanguinário que destruiu milhões de vidas inocentes, condenando-as à miséria e à morte. Não podemos aceitar que o governo central continue a defender inúmeras ditaduras pelo mundo como a Rússia, o Irã e seus aliados comunistas latino-americanos.
Não podemos nos esquecer da tragédia que foi o século XX, especialmente o conflito da Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Esses eventos sublinham a importância de um compromisso de todos com os direitos humanos, e nos servem de alerta contra a tirania do estado e dos políticos que nos prometem vida fácil, em troca da nossa liberdade. O holocausto deve servir como um aviso para a importância da vigilância constante e que a luta pela liberdade é indispensável para proteger as pessoas da opressão política e do racismo.
E, para conhecer agora a vida de um herói português que se arriscou para salvar as pessoas da tirania bigodista, veja agora o vídeo: "Como um diplomata rebelde ajudou a salvar milhares de judeus do Holocausto", o link segue na descrição.
Como um diplomata rebelde ajudou a salvar milhares de judeus do Holocausto
https://www.youtube.com/watch?v=6XXgfFPBEQg
https://oantagonista.com.br/analise/governo-lula-assume-que-nao-negocia-com-judeus/
Entrevista com Julio Gartner, sobrevivente do Holocausto - Todo Seu:
https://youtu.be/9ui2HaHWQBE
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/dos-campos-de-concentracao-aos-orfanatos-a-saga-de-louis-frankenberg-sobrevivente-do-holocausto.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/desventuras/louis-frankenberg-o-sobrevivente-do-holocausto-que-passou-por-dois-campos-de-concentracao.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/julio-gartner-sobrevivente-do-holocausto-inspira-exposicao-no-mis.phtml
Sobrevivente do Holocausto, Julio Gartner relembra atrocidades que passou | Identidade Geral:
https://www.youtube.com/watch?v=kfJ4wVDtQA4
https://mis-sp.org.br/exposicao/a-tragedia-do-holocausto-a-vida-de-julio-gartner/
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/11/11/morre-em-sao-paulo-julio-gartner-sobrevivente-do-holocausto.ghtml