A tecnologia é uma ferramenta para a liberdade e o progresso, mas o governo, em sua essência, a transforma em arma.
No coração do agronegócio brasileiro, uma revolução aérea está mudando a vida dos que trabalham na terra. Drones, antes vistos como brinquedos caros ou ferramentas de espionagem, viraram aliados reais no dia a dia do campo. Eles aliviam o trabalho braçal, reduzem riscos e aumentam a produção com precisão. Essa é a verdadeira cara da tecnologia quando está nas mãos do povo. Temos menos controle e muito mais liberdade. É uma força que empodera, que facilita, que devolve tempo e saúde ao trabalhador. Enquanto isso, no outro lado do mundo, a mesma tecnologia é usada de forma oposta. Na guerra entre Rússia e Ucrânia, drones que poderiam semear são usados para matar. A mesma inovação que aqui alimenta o mundo, lá destrói casas, vidas e famílias. Esse contraste é um retrato nítido da natureza do estado. Em vez de fomentar o progresso, ele coopta a tecnologia para seus próprios fins de poder, controle e guerra. A promessa da inovação vira ameaça, e a esperança vira medo.
No campo brasileiro, a chegada da internet e o uso de drones transformaram a realidade dos agricultores em somente quatro anos. Essas máquinas voam baixo sobre as plantações e aplicam defensivos com exatidão, especialmente em terrenos difíceis, onde tratores não chegam. Isso economiza insumos, evita desperdício e, o mais importante, protege quem trabalha. Nada mais de andar quilômetros sob o sol, com bombas de veneno nas costas. A tecnologia tira o homem de situações perigosas e o coloca em um lugar de comando, onde pode decidir, planejar e inovar. É a inovação servindo ao ser humano, não o contrário. Outro exemplo é o uso de drones e inteligência artificial para contar o gado. Antes, era preciso reunir os animais, correr risco e perder tempo. Hoje, em minutos, um drone faz o serviço com mais precisão. Menos perdas, mais eficiência e mais lucro. Tudo isso mostra o que acontece quando a tecnologia nasce da liberdade, da necessidade real e do desejo de melhorar a vida.
Mas quando o governo entra em cena, tudo muda. No conflito criado pela Rússia, drones idênticos aos usados aqui no Brasil carregam explosivos. São programados para atacar, destruir e matar. O governo, com seu monopólio da violência, não hesita em desviar a tecnologia do seu propósito original. Em vez de servir à humanidade, ela vira instrumento de dominação. A guerra não é um desvio da tecnologia, mas o seu destino quando está nas mãos do poder estatal. A ironia é cruel. A mesma ferramenta que pode alimentar milhões é usada para destruir a vida de milhões de soldados. Tudo em nome de interesses políticos, de megalomania e de controle. A inovação nasce da liberdade individual. A guerra nasce do estado.
A militarização da tecnologia pelo estado causa danos profundos como o desvio de talentos e recursos. A tecnologia poderia estar resolvendo os maiores problemas da humanidade. Fome, doenças, pobreza, falta de energia. Mas, em vez disso, cientistas, engenheiros e pesquisadores são atraídos para a indústria da guerra. Suas mentes brilhantes são usadas para criar armas mais letais, sistemas de vigilância mais invasivos, drones que matam com precisão cirúrgica. É um desperdício colossal. Um roubo ao futuro. Toda essa energia que poderia gerar curas, alimentos e soluções reais é jogada na máquina de destruição do governo. A sociedade e a humanidade perdem. E o que se ganha é apenas mais sacos pretos recheados de filhos e maridos. Isso quando não são usados por governos contra os civis para controle e perda de privacidade.
Além disso, a militarização da tecnologia normaliza a guerra. Ao transformar inovações em armas, o estado ensina que conflito é a forma natural de resolver disputas. A tecnologia, que deveria unir, aproximar, facilitar, vira catalisador da violência. A sociedade começa a acreditar que a guerra é inevitável, que a paz é ingenuidade, levando a uma percepção pública errônea da tecnologia. Em vez de ver drones como ferramentas de produção, as pessoas os associam a ataques, a medo e a opressão. O potencial benéfico da inovação é ofuscado pela sombra da destruição. A tecnologia deixa de ser vista como aliada e vira ameaça. Além disso, existe a perda de privacidade e liberdade. A mesma tecnologia que ajuda a pulverizar uma plantação pode ser usada para espionar cidadãos. O governo, ao desenvolver drones para uso militar e de segurança, cria um aparato de vigilância que pode ser facilmente usado contra a própria população. Câmeras no céu, dados coletados sem consentimento, movimentos rastreados. A linha entre proteção e tirania desaparece. A liberdade de andar, de falar, de se reunir, depende da permissão governamental. A tecnologia, que deveria libertar, vira instrumento de opressão, e o indivíduo, em vez de ser o centro da inovação, vira alvo.
A militarização também alimenta o complexo industrial militar, um sistema no qual grandes empresas lucram com a guerra. O estado é o maior comprador de armas, financiando, contratando e protegendo essas indústrias. Isso cria um incentivo perverso. Quanto mais conflito, mais lucro. A paz vira ameaça aos negócios. A inovação é direcionada para a eficiência da destruição, não para a melhoria da vida. Recursos que poderiam estar no campo, na saúde, na educação, são desviados para o setor bélico. A economia inteira se distorce. O progresso real some e poucos se beneficiam com isso, principalmente, aqueles que estão no topo do poder, aliados às grandes corporações e ao governo. A maioria da população é quem paga o preço.
Por fim, a militarização distorce a própria essência da inovação. A tecnologia é neutra. O que define seu valor é o uso feito dela. Quando surge do livre mercado, ela nasce para servir. Para resolver problemas, poupar esforço, melhorar a vida. Mas quando o estado a controla, ela é moldada para dominar. A narrativa muda. A tecnologia passa a ser vista como perigosa por natureza, como algo que precisa ser vigiado, controlado e reprimido. Isso desestimula a criatividade sufocamdo a inovação livre. A mente humana é condicionada a ver a tecnologia como ferramenta de poder, não de liberdade. A burocracia e a lógica militar matam a ousadia, a experimentação, o espírito empreendedor. E o potencial libertador da tecnologia é sacrificado no altar da guerra estatal.
Para nós, defensores da liberdade, essa diferença é clara. O drone que voa sobre uma fazenda no Mato Grosso e o que cai do céu no conflito causado pela Rússia são a mesma máquina. Mas representam dois mundos opostos. Um é fruto da liberdade, já o outro, da coerção, assim como Caim e Abel. Em uma sociedade de leis privadas, a tecnologia seria somente uma força para o bem. Se Ludwig von Mises estivesse vivo hoje, diria que a tecnologia é fruto da mente humana livre, e que só floresce em um ambiente no qual a liberdade prevalece. E nesse mundo, ela seria usada para servir, não para dominar. Em um mundo libertário, a inovação nasceria da demanda real. Agricultores usariam drones para cuidar da terra. Empresas usariam para entregar remédios. Comunidades usariam para monitorar desastres naturais. A tecnologia estaria a serviço do indivíduo, não do governo. A competição no mercado garantiria qualidade, eficiência e ética. Nada de burocracia, nada de imposição. A inovação viria da necessidade, não de ordens.
O libertarianismo defende que a verdadeira paz e prosperidade só existem onde há liberdade. O contraste entre o uso produtivo dos drones no campo e sua militarização em guerra é um lembrete poderoso. A tecnologia não é o problema, mas o poder que vem do estado. A solução é menos guerras, controle e mortes, e mais liberdade, prosperidade e vida. É permitir que a liberdade e a responsabilidade individual construam um mundo onde a tecnologia seja uma bênção. Onde a paz seja a regra, e onde o futuro pertença, de verdade, às pessoas.
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-de-gente-pra-gente/noticia/2025/08/20/mais-do-que-drones-sobrevoando-a-lavoura-como-a-chegada-da-internet-mudou-a-vida-de-agricultores-em-4-anos.ghtml