O poder da informação descentralizada no caso da MULHER DA JANELA DO AVIÃO

O recente caso da mulher que se recusou a ceder a cadeira próxima à janela do avião apenas reforça a mudança na dinâmica da informação e dos julgamentos sociais promovida pelas redes sociais.

No dia 4 de dezembro viralizou nas redes sociais um vídeo no qual uma mulher com seu filho se indignou após a passageira no assento da janela se recusar a ceder o assento para uma criança. Inicialmente, pensava-se que era a mãe da criança que tinha gravado o vídeo, mas, na verdade, foi outra passageira que decidiu entrar na discussão inicial. No vídeo original é possível ver que a advogada, Eluciana Cardoso, que foi quem gravou o vídeo, estava claramente tentando constranger Jeniffer Castro, que é a mulher que estava no assento da janela. Ela dizia coisas como, abre aspas. “Estou filmando a sua cara, você não tem empatia. Isso é repugnante, século XXI a pessoa não ter empatia com uma criança.” fecha aspas. Além de questionar se a passageira tinha alguma deficiência. Abre aspas. “Se a pessoa tem algum problema ou deficiência, a gente entende, mas a pessoa não tem nada e não quer trocar por nada.” fecha aspas. Apesar da pressão, Jeniffer tentou ficar na dela e ignorou a advogada em boa parte do vídeo, além de se manter firme no seu assento. Quando o avião pousou, ela ainda foi xingada no desembarque por Eluciana.
Uma coisa que chamou a atenção de muitos, foi o fato de Eluciana já ter sido investigada pelo Ministério Público Eleitoral. O motivo foi a acusação dela ter falsificado assinaturas em documentos referentes a comprovação de gastos na sua campanha para deputada estadual em 2018. Qualquer pessoa que faz coisa errada e se expõe muito na internet, rapidamente sua vida será vasculhada e isso ajuda que crimes sejam descobertos.
Quando o vídeo foi publicado, originalmente no TikTok, rapidamente viralizou e se espalhou por toda internet, gerando uma enorme polêmica. Embora alguns tivessem se posicionado a favor da mãe e da mulher que gravou, a maioria ficou ao lado de Jeniffer Castro. Em poucos dias o perfil dela no Instagram, que tinha menos de 2 mil seguidores, ganhou milhões de seguidores. No dia que esse artigo é escrito, seu perfil tem mais de 2 milhões de seguidores. Mas provavelmente quando você ver este vídeo, certamente vai ter muito mais que isso. Com toda essa fama, várias empresas estão correndo para fechar parcerias com ela. Uma delas foi a Magazine Luíza, para o qual a jovem Jeniffer fez uma publicidade ironizando o que viveu, no vídeo ela disse, abre aspas. “Tablet é bom para distrair as crianças em viagem de avião” fecha aspas.
Tudo isso só demonstra a força da informação descentralizada e distribuída. Quantos casos similares não devem ter ocorrido no passado e não resultaram em nada? Hoje, com a internet, qualquer um se torna repórter e a informação se propaga numa velocidade nunca vista. Mas o fenômeno é muito mais profundo que isso, o fato de a informação se espalhar rápido na web não explica por si só o porquê alguns viralizam e outros não. Uma das principais coisas que fazem um conteúdo viralizar é o fato de muitas pessoas concordarem com uma mensagem envolvida no conteúdo e se identificarem com aquilo. No caso, a maioria dos indivíduos se identificaram com a Jeniffer e não com a mãe da criança e a advogada que gravou o vídeo. Todos acharam um absurdo a passageira ter que ceder o assento que comprou e reservou para uma criança birrenta que não foi educada para entender que o mundo não gira em torno dela, e que não ter o que quer faz parte da vida. Outra coisa que muitos frisaram foi o fato de Jeniffer estar em um assento especial do avião, que chega a custar cerca de 50 reais a mais que outros nessa rota.
De fato, mesmo pelas leis brasileiras e de vários outros países, o passageiro não é obrigado a trocar de assento nessa situação vivida por Jeniffer. As situações em que isso é obrigatório são tipicamente para rebalancear e equilibrar o peso na aeronave. Ou quando alguém com baixa capacidade física, como idosos, crianças, ou passageiros com mobilidade reduzida sentam no assento da saída de emergência. Nesse caso, como o viajante nesse acento precisa operar essa porta em caso de evacuação, ele deve ser apto fisicamente e psicologicamente para isso. Porém, mesmo na ética libertária, onde contrato faz lei entre as partes, se a companhia aérea determina que não é obrigatório trocar de lugar caso alguém peça, o viajante não precisa trocar de assento.
Mas esse caso do avião não é o único que demonstra a força da informação livre; o próprio Daniel Fraga, o primeiro libertário a ficar famoso na internet, é um exemplo disso. Ele jamais teria alcançado toda essa fama se não fosse as redes sociais. E mais uma vez, o fato de muitos concordarem que foi um absurdo o que o estado estava fazendo com ele, fez com que ele ganhasse muito apoio. Esse caso há cerca de 10 anos, aconteceu quando ele fazia vídeos no YouTube e mesmo as redes não tendo tanto acesso quanto hoje, ainda assim houve uma considerável repercussão e o nome do libertário é falado até hoje. Agora imaginem se fosse antes da web? Como a mídia tradicional é uma extensão do estado, ou seja, o braço de manipulação do governo, pessoas como Fraga jamais seriam ouvidas, e talvez o libertário teria sido até preso e destruído pela força estatal através do judiciário e por pressões políticas. Fora que sem a internet não existiria o Bitcoin e o Fraga não iria conseguir proteger seu patrimônio de forma tão efetiva. Assim como a mesma rede que permitiu a criação do Bitcoin, permitiu que pessoas como Daniel Fraga e outros espalhassem informações sobre a importância dessa criptomoeda, hoje as redes conseguem desmascarar os farsantes, manipuladores e criminosos. E isso é uma coisa que tanto o caso do Daniel Fraga quanto o caso da Jeniffer Castro demonstram muito bem. A internet é uma imensa terra de oportunidades, que pode fazer você alavancar a sua vida como nunca antes na história. Transformando tudo, inclusive muitas das injustiças que somos obrigados a passar na vida, em oportunidades valiosas de ganho - essa é a beleza da descentralização!
Outro bom exemplo dessa dinâmica é o fato de as ideias socialistas e estatistas estarem perdendo cada vez mais espaço nas mentes populares, já que elas não podem dar aquilo que prometem: uma vida melhor. Antigamente, com a mídia tradicional, apenas a visão socialista e pró-Estado era difundida, e, embora houvesse pessoas que discordassem, elas eram anuladas pela grande mídia. Pelo fato de sua visão não ser exibida na TV, acreditavam que eram as únicas a pensar diferente. Porém, com o advento da informação descentralizada e distribuída pela internet, essas pessoas perceberam que não estavam sozinhas. Assim, começaram a interagir e a criar canais com ideias diferentes do mainstream.
Esse fenômeno trouxe várias consequências, como o fortalecimento de outras ideologias, como o libertarianismo, conservadorismo, monarquismo, entre outras. Como resultado, passaram a surgir candidatos alinhados a essas ideologias, que começaram a ganhar grande impulso, especialmente os da direita conservadora. Isso tem deixado o sistema em um estado de desespero, a ponto de buscar perseguir todas as pessoas que ameaçam o status quo socialista e seus beneficiados.
Para tentar deslegitimar e até criminalizar a dissidência, a elite no poder tenta impor, hoje, diversas narrativas, como “disparo de WhatsApp”, “uso de bots”, “compra de seguidores”, “indústria dos cortes”, e assim por diante.
Mas, na prática, eles não entendem que o buraco é muito mais embaixo do que isso. Essas informações sobre política e os próprios influenciadores não são poderosos sozinhos se as pessoas não compartilharem a mensagem. E elas só vão compartilhar se concordarem com o conteúdo. Então, o fato de a esquerda socialista estar perdendo espaço, é porque as pessoas não concordam com essa ideologia que realmente só causa destruição no mundo. Esse é o grande ponto positivo da informação descentralizada e distribuída, e esses casos citados anteriormente só servem para reforçar essa realidade.
A informação livre também serve como proteção contra injustiças e excesso de poder. Mas imaginem só se hipoteticamente a mãe ou a advogada inventassem uma acusação falsa só para prejudicar a moça que não saiu do assento por mera vingança e maldade? Sem a internet e as redes sociais seria muito mais difícil para ela se defender, mas como tudo foi gravado e publicado fica muito mais difícil propagar uma mentira. Seria uma tristeza ficar sujeito à justiça estatal, onde o poder fica na mão de um juiz que pode muito bem ser corrupto. Pense em quantas injustiças já ocorreram no passado pela mera falta de informação e os principais jornais serviam àqueles com poder em suas mãos.
O próprio caso do Daniel Fraga é o que mais demonstra isso. Nos primeiros processos que ele sofreu os juízes fizeram algo inédito para a época, simplesmente desistiram do processo graças a pressão da internet. E mesmo nos últimos onde ele foi condenado, graças a uma ferramenta da internet, o Bitcoin, ele conseguiu proteger seu patrimônio do estado. Isso só reforça a importância da internet contra abusos, sobretudo vindo de políticos e autoridades públicas. Antes dela, a palavra do Juiz era a palavra final. Agora se o Juiz é incompetente ou age de má-fé, todo mundo percebe e vai para cima, pressionando o sistema judiciário que acaba sendo deslegitimado pela opinião pública se ele falhar.
Essa é a mudança de paradigma que estamos vivendo, cada vez mais a informação livre está mudando a vida de todos os indivíduos, direta e indiretamente. Novas oportunidades que no passado jamais sonharíamos que um dia existiriam estão surgindo no horizonte. Assim como um novo tipo de justiça sem monopólio estatal, muito mais descentralizada e verificável. Justiça monopolista não é justiça, é injustiça. E como já falamos várias vezes aqui no canal, a informação descentralizada e distribuída vai acabar com monopólios, e consequentemente com o maior causador de injustiças do mundo, o estado.


Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=jPsCWZp7-wE
https://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2024/12/06/polemica-no-aviao-entenda-o-caso-da-mulher-que-viralizou-ao-nao-ceder-lugar-para-crianca.ghtml
https://revistaoeste.com/brasil/mae-nega-ter-pedido-para-jeniffer-castro-ceder-assento-em-aviao-a-filho/
https://www.terra.com.br/noticias/quem-e-eluciana-cardoso-advogada-que-filmou-famosa-cena-do-aviao-com-jeniffer-castro,06616d48fdda3f7509b21ba327842e77lqcsb1mf.html
https://www.youtube.com/watch?v=vCFAYzoq6pc