Petrobrás em queda livre: o fracasso estatal que o PT insiste em proteger

Enquanto a Petrobrás registra o pior desempenho entre as grandes petroleiras do mundo, o governo petista e a militância de esquerda continuam a idolatrar estatais. Está mais do que na hora de privatizar e libertar o Brasil do atraso.

Nos últimos anos, mais especificamente desde que o governo petista voltou ao poder, a Petrobrás voltou ao noticiário econômico com certa frequência, só que por um motivo nada honroso: suas ações caem cada vez mais e, no momento, dados mostram que o valor de mercado da empresa acaba de atingir o pior patamar em dois anos. A estatal brasileira, que é promovida com orgulho, com a promessa de ser um motor de crescimento e orgulho nacional, é hoje um monumento ao desperdício, à má gestão e à interferência política. Mas, como sempre, o Partido dos Trabalhadores segue tratando a empresa como uma espécie de vaca sagrada, imune a críticas e protegida do livre mercado e da privatização. E quem é que paga a conta do prejuízo? Somos nós, claro!

De acordo com os dados mais recentes, a Petrobrás perdeu cerca de R$ 55 bilhões em valor de mercado apenas na primeira semana de abril. Suas ações caíram mais de 10% em poucos dias, refletindo a deterioração das expectativas sobre o futuro da companhia. Os investidores não são idiotas e sabem que o país está indo para o buraco, e que a prioridade do presidente é favorecer seus amigos, usando as estatais para prestar favores. O recuo no preço do petróleo no mercado internacional contribuiu, sim, para o cenário negativo, mas o problema vai muito além disso. O que realmente preocupa os investidores — e deveria preocupar todo cidadão brasileiro — é o retorno da ingerência política na gestão da empresa, especialmente sob o governo do Lularápio, que insiste em transformar a estatal num braço da velha política populista e desenvolvimentista que já afundou o Brasil no passado.

Enquanto concorrentes como a ExxonMobil, Chevron, Shell e BP conseguiram atravessar a pandemia e a crise energética com resiliência, ajustando operações e melhorando rentabilidade, a Petrobrás teve o pior resultado entre as grandes petroleiras no segundo trimestre do ano. Os números não mentem. Segundo o próprio balanço divulgado pela empresa, o lucro líquido caiu drasticamente, os investimentos produtivos diminuíram e os custos operacionais dispararam. A Petrobrás está ficando para trás. E isso não é fruto do acaso, mas de um modelo estatal falido que resiste em se modernizar.

O principal problema da Petrobrás é o mesmo de todas as estatais: a ausência de incentivos adequados para eficiência e inovação. Como a empresa não precisa competir para sobreviver, não tem compromisso com o consumidor nem com o investidor. Sua prioridade sempre foi atender aos interesses do governo de plantão, seja para congelar preços artificialmente e tentar conter a inflação (uma tática recorrente nos governos do PT), seja para distribuir cargos em troca de apoio político ou, pior ainda, para alimentar esquemas de corrupção, como escancarado na Operação Lava Jato. A estatal hoje é símbolo da relação promíscua entre poder político e econômico, e nada indica que isso vá mudar com o atual governo. Pelo contrário, só está piorando.

Lula, por sua vez, já deixou claro que não pretende abrir mão do controle estatal sobre a Petrobrás. Pelo contrário: ele deseja usar a empresa para "promover o desenvolvimento nacional", como se isso ainda fizesse sentido em pleno século XXI. Em seu discurso, a Petrobras deve investir pesado em refinarias, ampliar subsídios aos combustíveis, incentivar a indústria naval nacional e até financiar programas sociais. Tudo isso soa bonito, mas na prática significa transformar a empresa em instrumento de política pública, ou seja, usar dinheiro do acionista para bancar projetos que deveriam ser, ao menos na ótica estatista, financiados pelo orçamento federal. É a velha mentalidade estatizante que gerou crises fiscais, recessão e desemprego no passado recente. O "investir pesado" se torna "gastar pesado", sem se preocupar com a desvalorização da empresa e ausência de resultados.

O argumento usado pelo PT e seus aliados é sempre o mesmo: "a Petrobrás é estratégica", "precisamos garantir a soberania energética", "não podemos entregar nossos recursos ao capital estrangeiro". Esse discurso nacionalista é, na verdade, um disfarce para manter privilégios e evitar reformas. Nenhum país sério mantém empresas estatais gigantescas em setores altamente competitivos e lucrativos como o petróleo. O Reino Unido privatizou a British Petroleum nos anos 1980. A França já vendeu grande parte de suas estatais. A Noruega, que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo, mantém uma estatal (Statoil, hoje Equinor) com governança moderna, foco em rentabilidade e sem interferência política direta. O Brasil, infelizmente, caminha na direção oposta. Infelizmente, estamos indo pelo caminho da Venezuela.

Privatizar a Petrobrás não é entregar o patrimônio nacional, como dizem os críticos, mas libertá-lo. É permitir que a empresa opere com eficiência, competitividade e transparência, sem amarras ideológicas. É atrair investimentos, gerar empregos de qualidade e dar ao consumidor a chance de pagar preços justos, definidos pelo mercado e não por burocratas em Brasília. É, enfim, colocar o interesse do cidadão acima dos interesses partidários.

A queda das ações da Petrobrás e o derretimento de seu valor de mercado deveriam servir de alerta para o governo, mas o PT parece alheio à realidade. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou os impactos e disse que "o mercado exagera". Já o presidente Lula acusou "especuladores" de estarem por trás das críticas. É sempre mais fácil culpar os outros do que admitir os próprios erros. A verdade é que a percepção negativa do mercado não é fruto de histeria, mas de fundamentos concretos: perda de rentabilidade, falta de previsibilidade, governança comprometida e riscos regulatórios crescentes.

Enquanto isso, os brasileiros continuam reféns de uma estrutura arcaica que concentra poder demais nas mãos do estado. A Petrobrás é apenas a ponta do iceberg. Outras estatais, como Correios, Eletrobras (que teve um início de privatização), BNDES e Banco do Brasil, seguem sendo utilizadas como instrumentos de política de governo. Isso compromete a eficiência econômica, distorce o mercado e inibe o surgimento de novas empresas e soluções. Em vez de incentivar a concorrência, o estado brasileiro prefere manter monopólios e oligopólios públicos, que drenam recursos e alimentam uma elite burocrática parasitária.

O correto, como já mostrou o presidente da Argentina, Javier Milei, é ir de "afuera" com todas estas estatais, privatizar e cortar gastos o máximo possível. Isso sim ajuda o pobre e o trabalhador: aliviar o peso monstruoso do estado que hoje temos que carregar nas cotas. Isso é melhor que qualquer programa social ou estatal estratégica, e a Argentina está provando isso. Mas é claro, isso não é o interesse do governo brasileiro, que depende das estatais para ter voto dos sindicatos.

O caminho da prosperidade passa por mais liberdade econômica, não por mais estatismo. É preciso romper com o fetiche das estatais e apostar na força do setor privado. O Brasil tem empreendedores talentosos, técnicos competentes e um mercado consumidor gigantesco. Falta apenas um ambiente institucional favorável à iniciativa privada. Privatizar a Petrobrás seria um passo decisivo nessa direção. Seria também um gesto simbólico poderoso, indicando ao mundo que o Brasil quer ser uma economia moderna, aberta e integrada às cadeias globais.

É importante lembrar que a privatização não significa necessariamente a venda total da empresa. Pode-se adotar modelos híbridos, com capital aberto, ações pulverizadas, controle compartilhado e regras rígidas de governança. O fundamental é garantir autonomia de gestão, foco em resultados e afastamento da influência política. Mesmo que o estado mantenha uma participação minoritária, deve deixar claro que não vai intervir na operação cotidiana. Isso já seria um avanço imenso em relação ao cenário atual.

O que não dá mais é para continuar fingindo que está tudo bem. A Petrobrás não está bem. Os números mostram isso, os investidores percebem isso, e os brasileiros sentem isso no bolso. Defender o atual modelo é defender o atraso. O governo Lula insiste em preservar a estatal como instrumento de poder, mas quem paga a conta são os trabalhadores, os consumidores e os pequenos empresários. Cada centavo mal investido, cada decisão motivada por interesses eleitorais, cada interferência desastrosa custa caro ao país. E o retorno, como temos visto, é pífio.

Privatizar é preciso. Não para haver maior eficiência do estado, mas para retirar o peso da intervenção estatal do setor produtivo. Não será do dia pra noite que o estado vai acabar e passaremos a viver no Ancapistão, mas provavelmente teremos uma morte gradual do estado. Não por vontade dos burocratas, não se engane, eles só querem engordar o estado pra mamar o máximo que puderem. Mas o estado - e por consequência as estatais - morrerão por serem um mecanismo ultrapassado, que não faz mais sentido na era da internet e das inteligências artificiais. O estado tornou-se um sistema obsoleto, e se um dia foi necessário ou útil, hoje só representa um peso nas costas da sociedade produtiva.

Referências:

https://www.terra.com.br/economia/queda-no-preco-do-petroleo-assusta-mas-nao-afeta-projetos-da-petrobras-na-pandemia-foi-pior,a7b89cce5a23e63fa39ddd0f24d52d5a4mjyeqoj.html

https://www.portaltela.com/economia/mercado-financeiro/2025/04/11/petrobras-atinge-menor-valor-de-mercado-em-dois-anos-com-queda-nas-acoes-e-precos-do-petroleo

https://www.poder360.com.br/poder-economia/petrobras-teve-pior-resultado-das-grandes-petroleiras-no-2o-trimestre/