Republicanismo, instabilidade e traição. E aí, Alckmin, vai nos deixar na mão?

Então Júlio César olhou para seus algozes, reconhecendo um em especial, e disse 'Até tu, Brutus?'

Essa pergunta é parte da peça de Shakespeare e de outros autores, a qual não se demonstra totalmente precisa, no entanto, iconicamente, demonstra uma inesperada traição. Traição dentro do Estado é recorrente, pois para se galgar dentro da estrutura de poder é preciso ter o mínimo de compaixão ou remorso possível. Há um vídeo no canal "PONEROLOGIA: por que você DEVERIA SABER o que é isso?".

Governos grandes e regimes coletivistas premiam tal perfil psiquiátrico, uma vez que, não há risco moral para suas ações. Pegamos a iniciativa privada como exemplo. Uma empresa específica tem uma equipe de vendedores, só um vendedor não bate as metas. O problema é a empresa, o produto ou o vendedor? Outro exemplo, um executivo de uma empresa promete uma expansão dos negócios. Caso os planos não se concretizem, você acha que o conselho administrativo e os acionistas aceitarão qualquer desculpa? Não quero dizer que na iniciativa privada não há psicopatas, no entanto, essas pessoas são penalizadas por suas decisões pessoais, portanto, os incentivos para fazer besteira são diminuídos.

Já no setor público é evidente a enxurrada de promessas sem fins. Lula, por exemplo, fez diversas promessas, mas não conseguiu realizar nenhuma. Se ele erra, será ele quem sairá prejudicado ou o povo brasileiro que paga imposto para financiar a farra do petista? Hoje em dia tudo é culpa do Bolsonaro, seja o aquecimento global ou interferência estrangeira, entre outras coisas. Lula assumiu sabendo a conjectura nacional e mundial, no entanto, é incapaz de parar de culpar os outros. O molusco só consegue criar novas intrigas e polêmicas após suas falas irresponsáveis. Mas faremos justiça: a única promessa concluída com sucesso foi no quesito gastar mais do nosso dinheiro e distribuir grana para os amigos. A realeza petista esbanjou tanto que comprou até mesmo um tapete por R$ 114 mil reais e um sofá por R$ 65 mil reais. Me diz se isso não é humilhar o pagador de impostos?!

O "topo" do livre comércio tem pessoas bem sucedidas como: vendedores, médicos, engenheiros, agricultores, e por aí vai. Ao passo que, no Estado, acumulam pessoas que desejam se agarrar ao poder para gastar dinheiro de outras pessoas irresponsavelmente enquanto entregam papel rabiscado para a população, mais conhecido como lei.

Essa aglomeração de coletivistas gera ansiedade de alguns em assumir logo o posto de liderança na estrutura estatal. Portanto, a contestação de poder é o caminho mais rápido. Vamos relembrar um pouco o passado. A Guerra das Rosas foi um fato histórico de disputas de pessoas próximas, ou melhor, parentes, que se tornou uma guerra civil. A família real inglesa levou a cabo diversas vidas na disputa pelo poder de um.

A Primeira Guerra Mundial também foi o conflito entre 3 primos, Jorge V (rei-imperador da Inglaterra, do Império Britânico e da Índia); Guilherme II (Kaiser Alemão) e Nicolau II (Tsar Russo). Inclusive, Jorge V e Nicolau II tinham uma fisionomia tão parecida que pareciam irmãos. Enfim, Guilherme II arrastou o mundo inteiro em uma guerra sem sentido pela mera vontade de subjugar o primo.

A monarquia foi se pacificando ao longo do tempo, tornando países bem estáveis. Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Suécia, Japão são exemplos de sucesso econômico e desenvolvimento. Hoje, a monarquia desses países é vista muito mais como mantenedora da segurança do que como um governo. Em outras palavras, o monarca só intervém no governo quando alguma instabilidade está se formando. As leis e a direção do país são delegadas aos parlamentares. O poder moderador age principalmente quando os parlamentares não conseguem formar um governo.

Neste contexto, as brigas pelo poder entre os familiares na monarquia diminuíram principalmente quando perceberam que ao invés de derrubar o monarca, poderiam derrubar o sistema de governo inteiro. Isso se deve aos revolucionários que estão sempre à espreita para mobilizar a população por meio de sua influência e poder. A revolução começa geralmente com uma elite que se considera iluminada e destinada a levar a sociedade a algum avanço, o que, na verdade, é apenas um desejo ilusório ou uma utopia, no caso dos comunistas e socialistas.

Na França de Luís XVI existia o clube Jacobino que consistia em radicais de uma elite abastada. Robespierre foi a principal pessoa por trás da revolução francesa, e você acha que ele era um plebeu? Você acredita que os Jacobinos eram formados por padeiros, açougueiros e varredores de rua?

Os revolucionários franceses achavam que poderiam fazer um governo melhor que o de Luís XVI, o então rei da França. Sejamos justos, qualquer um conseguiria fazer um governo melhor. Dentre as diversas decisões duvidosas, algumas reformas levaram o país à recessão, desagradando à elite da época e levando fome à população.

A Revolução Francesa é icônica pelo fato de inspirar diversos países a perseguir e matar a família real. Após esse evento, diversos grupos ao redor do mundo tentaram levar adiante suas revoluções, algumas mais violentas, como a Revolução Bolchevique, que perseguiu e assassinou a família real Romanov, além de fundar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Outras revoluções foram mais pacíficas, como a proclamação da República no Brasil, que pelo menos não cometeu as barbaridades soviéticas.

A república nunca foi um lar de estabilidade e desenvolvimento. A União Soviética, por exemplo, já perseguia e expulsava opositores a mando do ditador Vladimir Lênin. Com seu falecimento, outro “golpe”; Trotsky foi diversas vezes indicado por Lênin como sucessor do ideal de seu governo comunista, no entanto, Josef Stalin queria o poder - e, cá entre nós, foi muito mais esperto e estratégico que seu adversário. Assim, Stalin firmou alianças políticas e juramentos de fidelidade com a elite política soviética, deste modo conseguiu exilar Trotsky.

Stalin continuou sua caminhada ditatorial exemplarmente, mas, ao mesmo tempo, crescia sua paranoia e medo de traição. Recorrentemente sentia perseguido e via conspiração onde não existia. Falecendo em 1953 meio a delírios e sendo substituído por Khrushchev.

Khrushchev, entre vários erros, pois é, falar em erro no planejamento planificado parece pleonasmo, não é mesmo? Enfim, o pior erro foi a crise dos mísseis de Cuba. No final da crise, o Politburo, ou seja, o comitê executivo do partido comunista o sentenciou a prisão domiciliar.

Poderia ficar falando a sucessão de traições até o Vladimir Putin. Quero esclarecer que a república é supra sumo da degeneração coletivista. Neste governo, a agressão está na raiz da sua origem. Por isso o sistema necessita da agressão e traição. Como resultado, o golpe está logo ali na esquina.

No Brasil não foi diferente, iniciou com um golpe militar republicano, onde o governo provisório apresentou a nova bandeira da nação que era exatamente a bandeira dos Estados Unidos da América, só que nas cores verde e amarela. Se isso não é um sinal de total incapacidade, eu não sei o que é.

Veja, antes de um grupo iniciar qualquer ação é necessário ter uma unidade de objetivos e de identificação. Pegamos o exemplo do grupo Legião Liberdade da Rússia que luta para libertar o povo das garras do Putin. Eles têm todos seus objetivos definidos: uniforme, identidade visual e uma bandeira. Ou seja, Deodoro da Fonseca e sua turma não sabiam o que estavam fazendo.

O Brasil República começou mal e vem de golpe em golpe cambaleante e o país sempre se encontra frágil desenvolvimento - infelizmente, no quesito econômico, toda década é uma década perdida. Destaque para o Ditador Getúlio Vargas que incorporou definitivamente nas leis brasileiras todo o alicerce fascista. Como um bom ditador, no final, ele tirou a própria vida. Pelo menos poderia ter feito isso antes de criar a CLT, a Petrobrás e o Ministério da Educação, que só serve para dar cargo e dinheiro para marajás da política brasileira e pessoas incompetentes.

Já na restauração da gloriosa e pujante democracia brasileira no final dos anos 1980, tivemos traição, puxada de tapete, entre outros imbróglios, que não deixaram de ser destaque.

Fernando Collor sofreu impeachment devido a denúncias de corrupção envolvendo o esquema de arrecadação de propinas conhecido como "Esquema PC", em que o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, seria o responsável por intermediar o recebimento de vantagens indevidas. O vice Itamar Franco já estava alinhado com a oposição condenando todas as ações de Collor. Na verdade, o impeachment foi impulsionado pelas decisões desastrosas na economia e o aumento de sua rejeição, afinal, a corrupção está presente em todas as instâncias e instituições do estado brasileiro. O Itamar veio para desfazer os erros.

Já a Dilma sofreu o impeachment pelas pedaladas fiscais, tal operação denunciada na época pelo congresso era recorrente pelos presidentes anteriores para não cair na lei da irresponsabilidade fiscal. No entanto, a economia estava uma ruína e o diálogo com nossa presidente filósofa estava impossível. Logo, o impeachment veio para que o Michel Temer fizesse algo para restaurar alguma estabilidade e fazer reformas econômicas necessárias para conter a crise.

No contexto do Brasil, a puxada de tapete sempre vem quando a economia está ruim. A economia do Brasil já está mostrando sua debilidade. Fica a pergunta ao vice da Janja: E aí, Alckmin, vai nos deixar na mão?

Geraldo Alckmin, em suas redes sociais, já está se afastando da imagem do Lula. O presidente quis o fim do teto de gastos, já o vice postou em sua rede social o seguinte: “Reduzimos em 37% o quadro de pessoal e em 75% as despesas administrativas, em comparação a 2022.”. Uai? Só eu que percebi um antagonismo?

O brasileiro é conservador? Eles entendem que sim! Nosso vice postou foto de casamento com a primeira e única esposa. O executivo está em dissonância com o parlamento? O Alckmin já postou foto com o líder da Câmara Arthur Lira. Nosso vice já está trabalhando, precisamos dar uma mãozinha para que a república continue seu caminho ou, pelo menos, não descambe num modelo bolivariano como a Venezuela.

Vamos lá, Alckmin, faça o que um vice, em uma republiqueta, sempre faz.

Referências:

https://www.instagram.com/p/C4lfcrsvlwJ/?hl=pt
https://www.instagram.com/p/C2LYspOPywQ/?hl=pt
https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2020/09/11/collor-e-sua-fiat-elba-qual-o-triste-fim-do-carro-que-derrubou-presidente.htm
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/04/10/em-100-dias-de-mandato-lula-cumpriu-13-das-promessas-de-campanha.ghtml
https://www.amazon.com.br/Os-tr%C3%AAs-imperadores-caminho-Primeira-ebook/dp/B00D2XJ8V4#
https://www.youtube.com/watch?v=79Fuye2F89U
https://en.wikipedia.org/wiki/Freedom_of_Russia_Legion