Ter uma casa própria SE TORNOU IMPOSSÍVEL graças a décadas de PT no poder!

A frase "você não terá nada e será feliz" só é verdadeira pela metade. E estamos falando, é claro, da primeira metade!

O autor deste artigo decidiu vender algumas frações de Bitcoin que recebeu ao contribuir com o Visão Libertária e resolveu terminar a construção da sua casa própria. Todo brasileiro que não esteve numa caverna desde 2020 sabe o quanto a macroeconomia foi destruída — e, com ela, todo o poder de compra do cidadão médio foi dilacerado. A bendita “inflação alta” tem virado notícia e pairado na mente dos mais antigos, que viveram momentos tenebrosos nos anos 80 com a maldita “hiperinflação”.
Porém, parece que a maioria da população não percebeu que a inflação é um mero número inventado com base em um monte de baboseiras estatais e que o aumento dos preços reais sempre tende a ser muito pior. Nesse contexto da construção civil, esses números podem ser ainda mais assustadores do que os relacionados ao aumento dos produtos alimentícios, como o café, ou à desvalorização do real nos últimos cinco anos.
O brasileiro pobre olha ao redor e percebe que possuir bens como um carro ou uma casa tornou-se praticamente impossível, a menos que ele venda um rim ou sua alma a um grande banco. Lembrando que “pobre”, dentro da semântica estatal, são as classes E e D — famílias que ganham três salários mínimos ou menos. Porém, nesse contexto de ter um carro ou casa própria, a discrepância entre preços e poder de compra é tamanha que até famílias da classe C, que ganham de 4 a 10 salários mínimos, enfrentam grandes dificuldades. Os preços dispararam, e o que antes era sinônimo de estabilidade para a classe média virou luxo. A simples comparação com décadas passadas deixa nítida a erosão do poder de compra: imóveis e automóveis custam hoje múltiplos do que custavam, enquanto salários pouco se alteraram em termos reais.
(Sugestão de Pausa)
A realidade das classes C, D e E é a de uma vida sem nenhum patrimônio. O aluguel consome a maior parte da renda, e comprar um imóvel virou algo reservado à elite ou àqueles que se endividam por 30 anos. Carro próprio, então, tornou-se quase um artigo de luxo — e essa tendência não é um acidente do estatismo brasileiro, mas resultado direto do descompasso entre a inflação de ativos e a estagnação dos salários. A política monetária e fiscal empurrou os pobres para fora do mercado formal de consumo e moradia.
Construir uma casa de forma legal no Brasil envolve uma cacetada de custos que vão muito além do tijolo e do cimento. Só para iniciar uma obra regularizada, o cidadão precisa de uma série de coisas que vão onerar seu bolso. Entre elas: contratar um arquiteto, um engenheiro civil, pagar a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), apresentar o projeto à prefeitura, aguardar licenças e ainda arcar com taxas municipais, como alvará de construção, taxa de habite-se e possível ITBI no fim. Em muitos municípios, isso representa dezenas de milhares de reais apenas em papelada inútil. Para alguém da classe C ou D, isso já consome todo o investimento de uma década antes mesmo do primeiro tijolo ser assentado.
E como se não bastasse, com os novos impostos e taxas do "governo do amor", até mesmo construir uma casa simples para uma família de quatro pessoas se tornou um projeto inviável. A cada novo decreto e medida provisória, o custo dos materiais sobe — pressionado não apenas pela demanda ou pelo mercado internacional, mas por uma carga tributária crescente que estrangula quem quer construir de forma honesta.
Para refrescar a memória: em 2023, o governo começou a retomar a sanha arrecadatória com medidas como a reoneração do PIS/Cofins sobre combustíveis e a revogação de isenções para grandes empresas. A gasolina e o diesel, usados em quase toda a cadeia logística de materiais de construção, ficaram mais caros. Ainda em 2023, o governo impôs novas regras de taxação sobre o comércio eletrônico internacional e apostas online, aumentando o custo de itens importados e restringindo o acesso a materiais mais baratos.
(Sugestão de Pausa)
Em 2024, a escalada continuou. O governo voltou a cobrar IPI sobre painéis solares, veículos híbridos e elétricos, e removeu isenções do IRPJ e CSLL para empresas com incentivos fiscais. A volta da tributação sobre diesel e biodiesel elevou ainda mais o custo do transporte. As medidas se acumulavam, e o efeito cascata era inevitável: o preço final dos materiais disparou.
No início de 2025, o governo ressuscitou a cobrança do DPVAT, aumentou impostos sobre remessas financeiras e está tentando elevar o IOF a todo custo. Também foi anunciado o aumento da alíquota sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), medida que afeta o financiamento de grandes empresas, incluindo construtoras.
Além disso, reformas estruturais no imposto de renda e até a distópica e inviável tributação de criptomoedas e fundos exclusivos começaram a vigorar, elevando o custo do crédito e afastando investimentos do setor produtivo. As construtoras repassaram os custos aos consumidores, e o pobre, mais uma vez, ficou de fora do sonho da casa própria.
Tudo isso teve reflexo direto nos materiais de construção. Itens como areia, brita, cimento, ferro e pisos subiram entre 67% e 140% desde 2020. O preço médio do cimento saltou de R$ 20 para uma média de R$ 35 — um aumento de até 70%. O vergalhão de aço, essencial para a estrutura de qualquer casa, passou de R$ 5/kg para mais de R$ 9/kg.
Além disso, o custo da argamassa, pisos cerâmicos e até da mão de obra indireta, impactada por tributos sobre empresas e crédito, também aumentou. Com a alta generalizada, construir uma casa simples de 50 a 70 m² custa hoje até o dobro do que custava há cinco anos, tornando o projeto inviável sem acesso a crédito subsidiado ou práticas alternativas.
E isso não é exclusividade do estatismo brasileiro. Nos Estados Unidos e em boa parte da Europa, os imóveis também se tornaram absurdamente caros em relação aos salários. Em 1980, um trabalhador americano médio levava de 4 a 6 anos de salário para comprar uma casa. Hoje, esse mesmo trabalhador precisa de 10 a 15 anos de renda para alcançar o mesmo objetivo. Na Europa, a situação é parecida, com bolhas imobiliárias empurrando os jovens para o aluguel eterno ou para viver com os pais até depois dos 30 anos.
(Sugestão de Pausa)
Essa perda de poder de compra é resultado direto de políticas estatais inflacionárias, juros artificialmente baixos e subsídios que inflaram os preços dos imóveis — o que só beneficiou grandes bancos e incorporadoras. Se, em países ricos, a nova geração já vive pior que a anterior, imagine aqui no Brasil, que sempre foi um país atrasado, com salários baixos, uma elite estatal insana e várias décadas perdidas. Aqui, o jovem pobre já nasce endividado, cercado por impostos e com um Estado que promete tudo, mas entrega apenas burocracia, inflação e miséria generalizada.
Diante disso, para o pobre que ainda sonha com um lar, a única saída tem sido o caminho anarquista e agorista — ou seja, fazer a construção irregular. Isso significa, na prática, fugir ao máximo da legalidade tributária: comprar materiais em dinheiro vivo, sem nota fiscal, direto de pequenos depósitos ou fornecedores informais. Muitas vezes, esses materiais são oriundos de sobras de grandes obras ou até mesmo de descarte reaproveitado.
O terreno precisa ser encontrado fora do alcance do Estado. Favelas, periferias ou áreas irregulares com IPTU baixo (ou inexistente) viraram a única opção. Regularização fundiária está fora de cogitação para quem mal consegue pagar o aluguel. Alguns até ocupam terrenos ou obras abandonadas, construindo à margem da lei estatal.
Sem dinheiro para contratar engenheiros ou arquitetos, esses brasileiros aprendem por conta própria. Tutoriais na internet, vídeos de pedreiros, grupos de Facebook e Telegram sobre autoconstrução se tornaram fontes de conhecimento essenciais. Muitos elaboram seus próprios projetos, definem os cômodos e planejam cada centavo da obra.
A contratação da mão de obra segue a mesma lógica: pedreiros informais, amigos de confiança ou parentes com alguma experiência na construção civil. Tudo sem contrato, sem INSS, sem CREA. É o Brasil da autossuficiência forçada, onde o Estado é visto não como parceiro, mas como obstáculo. E, nessa lógica, a informalidade é resistência — não por ideologia, mas por sobrevivência. A maioria dos pobres brasileiros age de forma anarquista e agorista sem saber, quando quer avançar na vida e encontra uma muralha estatal os impedindo.
(Sugestão de Pausa)
Não adianta esperar que a situação melhore por vias institucionais. A história mostra que o governo não recua por boa vontade. A verdade é que, para um pobre brasileiro conseguir realizar o sonho da casa própria, a única saída prática é operar à margem, acumular capital com Bitcoin e manter-se fora dos olhos da Receita Federal. Isso não é uma visão radical: é a única estratégia racional diante de um sistema que penaliza quem tenta seguir todas as regras. Radical é defender e acreditar que uma família de baixa renda deva colocar parte do dinheiro que ganha no Tesouro Direto ou na poupança por 20 anos para comprar um terreno e construir de forma regularizada.
O agorismo não se limita à construção civil — ele é a prática de construir e prosperar fora do alcance do Estado em todas as instâncias, usando trocas diretas, mão de obra informal, moedas alternativas, produção artesanal e redes descentralizadas. É uma filosofia de ação direta que entende que o Estado é o maior obstáculo ao progresso dos mais pobres e que, apenas fora dele, se pode alcançar alguma liberdade econômica.
É hora de o brasileiro acordar para essa realidade. O Estado não é um papai protetor pronto para nos dar casa, comida e conforto de graça. Ele é, na prática, o maior entrave entre nós e a liberdade de produzir, morar, trabalhar e viver. Enquanto continuarmos esperando benevolência de quem nos explora, continuaremos sem casa, sem carro, sem dinheiro sobrando, sem alegria e sem perspectiva de futuro melhor.
A todos aqueles que fizeram o L em 2022, só podemos dizer que falta de aviso não foi! Afinal, o socialismo nunca foi sobre geração de bem-estar e abundância, mas sobre o empobrecimento geral da sociedade por meio de roubo e distribuição, enquanto a elite política, demagoga e podre de rica, culpa os verdadeiros criadores de riqueza.

Referências:

https://www.gazetadopovo.com.br/economia/lista-impostos-governo-lula-criou-elevou/