Está chegando o G20, a grande reunião dos globalistas progressistas

Vai ter feriado no Rio de Janeiro por causa da reunião de cúpula do G20. Serão dois dias reservados para um suco de globalismo e progressismo, e o plano é macabro: mais controle e poder para eles, mais servidão para você!

No filme "Piratas do Caribe, no Fim do Mundo", acontece uma reunião de piratas do mundo inteiro. Capitães de vários navios se encontram para traçar seus planos. Da mesma forma, acontecerá uma reunião dos principais líderes de gangues estatais do mundo inteiro, e suas intenções não são das melhores. Essa reunião é a cúpula do G20, que será no Rio de Janeiro no Museu de Arte Moderna da cidade, nos dias 18 e 19 de novembro. As atividades dessa grande reunião serão concentradas em 2 pontos: o Aterro do Flamengo (que terá as maiores restrições de circulação), e o Complexo Mauá.
Mas ao contrário dos piratas, que têm a decência de se encontrarem num local isolado sem atrapalhar ninguém, os capitães dos navios estatais vão parar uma cidade inteira para poder discutir seus planos. Foi decretado feriado nos dias 18 e 19 de novembro para toda a cidade. Parar toda a produção de uma cidade grande não é algo desprezível. Isso significa, em outras palavras, um pequeno aumento de custo para todo o setor produtivo da cidade. Esse aumento de custo, somando todas as empresas afetadas, gera impacto na vida das pessoas, principalmente das pequenas e médias empresas e dos trabalhadores mais pobres.
Mas o quê de tão importante tem nessa reunião para parar uma cidade grande por dois dias? Se a pauta for o fim das medidas protecionistas, e permitir o livre comércio internacional, ou a defesa da liberdade de expressão, eu até comemoro a famigerada reunião. Afinal, quanto mais o mundo for um mercado integrado, com comércio rolando solto e investimentos fluindo pelo globo, melhor para toda a população mundial. O nome disso é globalização, que é algo benéfico. No entanto, não é isso que os chefes de estado vão discutir. Eles estão mais preocupados em controlar a população mundial, e o nome disso é globalismo, que é algo maléfico. O objetivo final dessa agenda é ter um controle total sobre a vida e as finanças de cada indivíduo, enquanto essa elite enriquece cada vez mais ao concentrar renda em suas corporações monopolistas. Pois é, caro telepectador, por isso mesmo que Bill Gates e George Soros amam essas organizações e instituições globalistas.
O G20 é composto pelos 19 países com as maiores economias, mais a União Europeia e a União Africana. Seus líderes, cheios de pompa, se dizem os responsáveis por resolver as maiores questões do mundo. Sendo que na realidade eles causam, ou pelo menos intensificam, a maior parte dos problemas. Antes de falar da reunião deste ano, vamos analisar algumas resoluções do ano passado.
Um dos maiores temas é o ambientalismo. Por exemplo, eles reafirmaram o compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano, até 2025, para ajudar os países em desenvolvimento com suas questões ambientais. Em outras palavras, os governos de países ricos vão retirar recursos de seus cidadãos e entregá-los para os governos de países pobres gastarem o dinheiro com seus aliados. Naturalmente, nada disso resolverá nenhuma questão climática. Entregar dinheiro a políticos é a pior escolha possível para se fazer, o dinheiro vai para um ONG qualquer e some que é uma beleza!
Outras resoluções são mais assustadoras, como, por exemplo, a taxação internacional. Os estados não são bobos, eles percebem que quando pesam demais a mão nos impostos, parte da população produtiva migra para outros países, afinal, os mais ricos sempre têm uma alta mobilidade geográfica. Em vez de entender que taxar é ruim e reduzir os impostos, eles estão se unindo para tentar cercar o cidadão por todos os lados, para não ter como fugir do roubo. É a mesma tática dos assaltantes, que abordam a pessoa pela frente e deixam alguns capangas escondidos por trás, para a vítima não ter como correr.
Esse é um dos motivos para o intelectual libertário, Hans Hermann Hoppe, autor do livro "Democracia, o Deus que falhou", defender a secessão como estratégia libertária. Quando um povo se rebela contra o governo central e declara independência política local, ou seja, faz a secessão, ele aumenta a descentralização. Nessa conjuntura, é criada uma competição entre os estados, que vai ser uma força permanente na direção da liberdade. O político que exagerar na dose, vai ser punido economicamente com a migração da força produtiva, preferindo as jurisdições mais livres. Além disso, em regiões pequenas, o povo tem mais proximidade com os políticos que estão no poder e consegue pressionar e cobrar mais para que eles atuem de forma a respeitar os pagadores de impostos.
É claro que os governantes vão na direção contrária, e tentam criar cada vez mais centralização. Outra proposta para ficar de olho aberto foi sobre criptomoedas. Eles disseram que endossam as recomendações do Financial Stability Board (FSB) para regular e supervisionar atividades de criptoativos. Eles dizem que o risco das criptomoedas é facilitar o terrorismo e a lavagem de dinheiro. Veja bem, qualquer tecnologia pode ajudar o terrorismo. Por exemplo, terroristas podem se deslocar usando carros e se comunicar usando celulares, não é por isso que essas tecnologias devam ser banidas.
A criptomoeda é uma tecnologia que beneficia milhões de pessoas, independentemente de um ou outro criminoso se utilizar dela. Aliás, quantos crimes não são cometidos com as moedas estatais? Não é a primeira vez que governos jogam a cartada da luta contra o terrorismo para retirar liberdades da sua população. Eles já perceberam que as criptomoedas, principalmente o Bitcoin, podem representar grandes ameaças ao Estado e ao seu controle monetário centralizado. Uma das formas de o governo controlar a população é forçando o uso de sua moeda, para poder monitorar e até confiscar o dinheiro de quem "sair da linha", e isso tende a piorar com o DREX, o Real Digital. Com as criptomoedas, as pessoas podem trocar e guardar valor sem a intromissão de políticos. É claro que, em uma reunião de líderes governamentais, o tema da regulamentação das criptomoedas não poderia ficar de fora.
Neste ano, você pensa que as propostas melhoraram? É claro que não. No site do G20 aparece orgulhosamente que o Brasil criou a proposta de taxar os super-ricos. Há passagens como "Que os super-ricos paguem uma porção justa de impostos é uma prioridade do G20 Brasil." Ou então: "o foco precisa ser nos bilhões de dólares que são perdidos anualmente por não taxar os super-ricos". Primeiro de tudo vamos esclarecer uma coisa, nenhum imposto é justo. Qualquer relação humana deveria ser consentida, ou seja, nada deveria ser imposto, pois todo ato coercitivo e agressivo contra os indivíduos viola os direitos de propriedade. Segundo, o dinheiro que não foi taxado não foi perdido, como esses políticos tentam dizer. O dinheiro vai ser usado no mercado para suprir alguma demanda real de alguém. Diferente do dinheiro arrecadado pelo governo, este, sim, será perdido. O dinheiro público sempre é usado para alimentar a máquina estatal de moer recursos, seja com corrupção, aumento de cargos para beneficiar amigos ou criação de privilégios exclusivos à própria elite.
Outra ideia de jerico que o Brasil levou foi em relação à saúde. A ministra da saúde Nísia Trindade, que não entende nada de medicina, disse: "O Brasil reforçou seu papel na saúde global, enfatizando não apenas sua atuação, mas também seus valores. Isso inclui a experiência com o Sistema Único de Saúde e o que podemos compartilhar em termos de princípios para promover uma saúde global mais equitativa". Eu acho incrível a cara de pau de querer usar o SUS como um exemplo de sucesso para outros países. A saúde pública brasileira é conhecida por grandes filas, falta de material e péssimas condições. Inclusive, aconteceu recentemente o absurdo caso em que pacientes de transplantes receberam órgãos contaminados com o vírus HIV.
Não tem como um sistema único de saúde, bancado via impostos, ser melhor do que vários sistemas concorrentes, que são obrigados a conseguir o sucesso financeiro, caso houvesse um mercado livre nesse setor. Além disso, a fala da ministra deixa uma pulga atrás da orelha. Será que esse pessoal sonha com um grande SUS mundial? Um SUSÃO?! Espero que a gente não chegue nesta distopia para descobrir.
Por fim, como não poderia faltar em uma reunião de governos, está sendo discutida a integridade da informação e o combate à desinformação. Essas são palavras bonitas para descrever a censura que o governo do Brasil, assim como outros governos, quer implementar e já tem implementado, como aconteceu na rede social X, o antigo Twitter. Esse negócio de as pessoas ficarem conversando na internet já passou dos limites para essa turminha. Como disse Gleisi Hoffmann, a esquerda continuará sendo massacrada se não regular as redes sociais. Mesmo que nem todos os governos do G20 se declarem de esquerda, todos têm incentivos para tentar calar qualquer discurso anti-sistema, até porque, nenhum governo tolera ser ameaçado ou ridicularizado por críticas - todos eles querem o poder total.
Se você quiser saber de mais propostas que serão discutidas na reunião de cúpula do G20, pode entrar no site deles: G20.org. Mas já aviso, os artigos parecem que foram feitos em um gerador de lero lero, com incessante uso de palavras como diversidade, inclusão, sustentabilidade, empoderamento, desigualdade e mudanças climáticas. Atenção: há risco de tédio agudo ao ler as propostas.
Enfim, os políticos, com sua arrogância de praxe, se colocam como os salvadores do mundo, mas não conseguem nem mesmo resolver problemas básicos de doenças contagiosas e falta de saneamento básico. Enquanto não resolvem nenhum problema de verdade em seus países, e só geram outros tantos, exigem mais impostos para novas empreitadas idiotas. Quando se encontram, fazem um monte de propostas para aumentar o seu poder e tentar tirar mais liberdades da população mundial. Se um governo de um país é ruim, imagina um monte de líderes de governos juntos, coisa boa que não é. O pior é que o Rio de Janeiro vai parar dois dias para permitir que os ungidos possam fazer seu clubinho do mal. E claro, todos eles estarão protegidos por todos os lados com fortes seguranças armados, enquanto defendem que você, pagador de impostos, esteja desarmado.

Referências:

https://g20.utoronto.ca/2023/230909-declaration.html
https://www.g20.org/pt-br/trilhas/trilha-de-sherpas/economia-digital
https://www.g20.org/pt-br/noticias/g20-saude-aprova-declaracao-ministerial-em-apoio-a-saude-global-e-cooperacao-internacional
https://www.g20.org/pt-br/noticias/g20-pergunta-sociedade-responde-queremos-a-cop-tributacao
https://www.g20.org/pt-br/noticias/dever-cumprido-trilha-de-financas-encerra-debates-no-g20-brasil
https://www.g20.org/pt-br/noticias/integridade-de-informacao-combate-a-conteudos-falsos-em-debate-no-g20
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/10/11/investigacao-transplante-orgaos-contaminacao-hiv.ghtml
https://www.infomoney.com.br/politica/gleisi-esquerda-vai-continuar-sendo-massacrada-se-nao-regular-redes-sociais/