Com medo de Alckmin dar uma rasteira no Lula, já estão procurando outro nome...
Todos nós vimos e sabemos que a tal "frente ampla" que Lula fez com o PSDB e outros partidos de centro foi puramente para tentar puxar apoio da galera mais neutra na política, tentando passar a imagem de que era uma "frente contra Bolsonaro" em todas as suas campanhas.
A base de apoiadores petistas se esquece de quando o PT acusava o atual vice de Lula, Geraldo Alckmin, de ser um nazista em rede aberta. Eles sempre tendem a esquecer o passado de pessoas que agora passaram a se alinhar com o Molusco.
Mas é óbvio que Lula não confia nessa parte que não é leal a ele. Ele viu, na prática, que um vice-presidente pode eventualmente se voltar contra o presidente, em caso de votação por impeachment, tal como aconteceu com o Temer durante o mandato de Dilma Rousseff.
Quando começou o movimento pelo impeachment da Dilma, Temer logo se distanciou da imagem pública do governo e comparecia pouco em eventos e coisas do gênero. Pudemos também ver algo similar agora, com Alckmin, que se mantém longe da imagem pública de Lula em muitos casos desde a posse do mesmo.
Ele aparecia tão pouco que até a primeira dama, Janja, estava tendo mais aparições na mídia, com diversos memes nas redes afirmando que ela era a verdadeira vice-presidente de Lula e que o Alckmin estava de escanteio.
Nós podemos imaginar o quão animado ele não está internamente pela derrubada de seu chefe para realizar sua própria posse como presidente do Brasil, pelo menos, uma vez em sua vida. Mas tanto o PSDB e o Alckmin nunca foram reais opositores do Lula, apenas faziam parte do ‘teatro das tesouras’ para ganhar votos e dominar a eleição.
Isso foi alertado pelo próprio Olavo de Carvalho em 2002 no primeiro mandato de Lula e hoje vemos que ele tinha razão, a oposição não existia naquela época. Se quiser assistir mais sobre o que é o teatro das tesouras, recomendamos um outro vídeo aqui do canal "A revolução alemã de 1918: a estratégia das tesouras na origem do socialismo".
Mas para os que já assistiram ou só querem um resumo básico: O teatro das tesouras aqui no Brasil consistiu no Lula e o PT fingindo para o público uma briga política entre ele e os tucanos do PSDB. Enquanto que, na verdade, os dois grupos colaboraram para se manterem como os mais relevantes da política em troca de conceder cargos um ao outro no caso de vitória.
Mas com tudo isso, temos que pensar sobre se Lula realmente não teme tomar uma punhalada nas costas de seu próprio vice.
A Imprensa neste momento, já cooptada pela máquina de propaganda estatal, discutia desde 2023 e agora volta a falar sobre quem poderia ser o novo vice-presidente de Lula na sua tentativa de reeleição em 2026, a qual ele prometia que não ocorreria mas teve essa promessa revertida após a eleição. O jeitinho Lula de ser!
O nome mais cotado pelos aliados petistas atualmente é o do atual governador do Pará, Helder Barbalho. Sendo parte do MDB e filho de um dos chefões do partido, tem recebido muitos elogios de Lula em conversas com ministros como Rui Costa e Alexandre Padilha.
Lula acredita que o PSDB já não possui mais relevância pelo número de deputados e vereadores do mesmo ter diminuído muito nos últimos anos, mas o que ele mesmo não percebe é que o próprio PT também já decaiu como nunca antes.
Hoje os partidos socialistas possuem apenas 14 assentos na câmara dos deputados, enquanto que o MDB e o PSD possuem mais de 30, com os dois querendo formalizar um palanque em conjunto. O partido de Baleia Rossi pretende alcançar pelo menos mil prefeitos na eleição deste ano, mas dificilmente conseguirá chegar a esse ponto.
Helder Barbalho foi reeleito no Pará com 70% dos votos, mas não é só o nome dele que está em disputa segundo os jornalistas de plantão. Um outro nome seria o de Simone Tebet, isso mesmo, a tal "candidata da terceira via" de 2022.
Ela, que embora se diga de centro direita, declarou apoio ao Lula após perder no primeiro turno e depois ganhou um carguinho de ministra como compensação. A mesma admitiu que depois das eleições não possui mais apoio popular.
Quem diria que apoiar um ladrão pra presidência não seria algo positivo para sua imagem, não é mesmo? Ela afirma que foi importante para a vitória de Lula no segundo turno puxando votos do centro, embora o próprio PT discorde dela.
A Simone Tebet não é nada mais do que um peão inconveniente para Lula, atualmente, que meramente deu seu cargo como ministra e tentou adotar seu plano do "bolsa ensino médio", por mero pagamento de acordo.
Se ele quisesse repetir sua ideia de conseguir apoio dos isentões, ele manteria o próprio Alckmin como vice, ou então ele queira somente trocar de vice para impedir que Alckmin se sinta confortável para atentar contra o Nove Dedos.
Mas estamos nos esquecendo do principal de tudo: que isso é somente uma grande especulação dos jornalistas e não é algo dito abertamente por nenhum membro do PT, então tudo pode mudar até a tal eleição.
O Partido dos Trabalhadores não têm compromisso algum com seus aliados e isso pode tanto contribuir para que a troca do vice-presidente aconteça, quanto que não aconteça. Pois, além dos motivos já debatidos nesse vídeo, caso eles façam isso, pode ficar escancarado para todos os partidos do centrão que Lula não é fiel em seus compromissos.
Nenhum partido ou político vai querer novamente fazer acordos com Lula quando sabem que não será cumprido. Esse é um princípio básico em qualquer acordo de dois lados, este só é válido e cumprido quando as duas partes fazem conforme o prometido pois, caso contrário, não tem importância alguma aquelas simples palavras em um pedaço de papel.
O Lula parece que entrou em uma gigantesca bola de neve política, na qual ele não pode se mover para fazer nada pois, caso contrário, só acumula mais brigas com diferentes grupos e perde apoio. Ao mesmo tempo em que, caso não se mova, incita as pessoas a acharem que seu governo é fraco e não faz nada, o que é verdade.
Caso ele tente agora afastar o pessoal do centrão e partidões, para manter somente os militantes alinhados ideologicamente a ele, será um suicídio político imediato, perderá o pouco que tem de deputados e senadores e correrá um risco imediato de sofrer um impeachment, cujo processo está nas mãos de Lira, engavetado para ser puxado e usado como arma para ser cobrado mais caro de Lula ou combater o mesmo caso se torne uma ameaça.
Não ache que isso é impossível, o povo de Brasília não está com Lula porque gosta dele, mas sim porque foi a única maneira de combater Bolsonaro em 2022, não à toa o tornaram inelegível, querem subverter a ordem e instaurar de volta o velho ‘teatro das tesouras’ para recuperar o cargo que o PSDB tinha como a "direita" no Brasil.
Estamos assistindo em primeira mão o que será o fim do governo de Lula, que encerrará seu legado como o que sempre foi, um corrupto que só se importava com os pobres em época eleitoral e foi devorado pelas cobras que sempre se cercou...
https://veja.abril.com.br/politica/as-cartas-na-manga-do-governador-que-quer-ser-vice-de-lula