LULA quer fazer com o FGTS o que tentou fazer com PIX e FALHOU

Após recuo estratégico na humilhante derrota no que seria o primeiro passo para a taxação do Pix, o molusco tenta a mesma estratégia agora com o FGTS. Mais um centímetro do grosso vai entrando no trabalhador...

O governo Lula propõe transformar o FGTS, elevando-o na categoria dos crimes estatais. O que atualmente podemos chamar de um roubo estatal ordinário, pois, na prática, é um imposto disfarçado sobre o trabalhador, ao lado de muitos outros, como a previdência social, IPTU, IPVA, etc., torna-se agora mais singular devido às camadas adicionais de crueldade que serão implementadas caso o plano do Dilmo e seus comparsas seja posto em prática.

Em primeiro lugar, é importante entender que o FGTS já é um roubo e um golpe, pois o dinheiro que deveria ser seu fica retido. Em segundo lugar, o crime adquire camadas de crueldade quando percebemos que ele não rende nada, já que o fundo sequer consegue acompanhar a inflação oficial. E, como se isso não fosse suficiente, o governo sugere pagar juros aos bancos enquanto o dinheiro do trabalhador permanece de refém. Parece até o roteiro de um filme mal produzido, com um vilão tão caricaturalmente maligno que chega a dar vergonha, mas não, é só o Brasil de 2025 mesmo!

O FGTS (abreviação para "Fundo de Garantia do Tempo de Serviço") é uma conta vinculada ao contrato de trabalho do empregado, criada, segundo o estado brasileiro e seus defensores, com o nobre objetivo de "proteger" o trabalhador em casos de demissão sem justa causa. A ideia, supostamente brilhante, é que todo mês o empregador deposite 8% do salário do funcionário nesse fundo, que, ao longo do tempo, acumula um valor que pode ser sacado em "situações especiais", como a compra da casa própria, aposentadoria, doenças graves ou, claro, a temida demissão sem justa causa. Um verdadeiro favor ao trabalhador, não é mesmo?

Você não precisa ser libertário ou sequer liberal para entender o problema com o FGTS. Na verdade, basta já ter participado de alguma relação trabalhista, seja como empregador ou como empregado, e ter dois neurônios minimamente comunicantes, para perceber que tal "proteção" é uma furada. Ainda que partíssemos da hipótese esquerdista absurda de que todos os empregadores são capitalistas exploradores malvados e satanistas - dos quais os trabalhadores inocentes devem ser protegidos pelo deus estado - a "proteção" oferecida pelo FGTS consiste em sequestrar uma boa parte do salário desses trabalhadores, e apenas libertar o dinheiro refém em ocasiões estabelecidas pelos burocratas. Em outras palavras, como mais um toque da verdadeira ironia maligna do estado, essa "proteção" é pensada e defendida por aqueles que vivem às custas do trabalho alheio.

Os esquerdistas, do alto da sua sofisticada intelectualidade e metodologia, argumentam: "Não, você está errado, seu fascista! Quem paga não é o trabalhador, mas sim o empregador capitalista!". De fato, no papel, quem paga é o empregador, da mesma forma que, no papel, quem paga o imposto de importação sobre as blusinhas são as empresas, como destacado pela excelentíssima primeira-dama do bananil, a respeitadíssima Janja da Silva, não é mesmo?

Acho que você já entendeu onde quero chegar, não é? O segundo problema óbvio são os "critérios" para sacar seu próprio dinheiro. Por exemplo, até onde pude pesquisar, o termo "doenças graves" não abarca, por exemplo, hemorroidas, impotência sexual ou calvície. Em outras palavras, mesmo que eu esteja calvo, brocha e "sentando de ladinho" ao escrever esse artigo, devo colocar um sorriso no rosto, e amanhã acordar cedo para pagar mais impostos.

O chamado "saque-aniversário" é uma modalidade do FGTS implementada em 2020 durante o governo Bolsonaro, que permite ao trabalhador retirar uma parte do saldo de sua conta anualmente, no mês de seu aniversário. Ao optar por essa modalidade de roubo, o trabalhador pode sacar um percentual do que lhe foi extorquido, e mais uma parcela adicional que depende do valor que tem no fundo. Essa opção, que pode até ser vista como uma mísera flexibilização financeira, é encarada pelos burocratas como uma compensação pela falta de acesso ao dinheiro retido das vítimas. Aí fica fácil entender por que o governo do Janjo, o voyeur de pix, quer agora limitá-lo: quanto menos acesso o trabalhador tem ao seu próprio dinheiro, menos liberdade financeira ele possui, e maiores são as possibilidades para taxação e controle estatal.

Por trás da proposta de transformar o FGTS, temos o ilustre Luiz Marinho, atual ministro do trabalho no governo Lula. E claro, como qualquer bom membro desse governo, ele tem um currículo de peso, tendo sido citado na infame planilha da Odebrecht, o que, convenhamos, é praticamente um pré-requisito para integrar a gestão atual. Mas não é só isso! Marinho também tem um histórico brilhante de gestão pública: quem não lembra do chamado "Museu do Trabalhador", ou como ficou conhecido, "Museu do Lula"? O projeto deveria ter custado 18 milhões de reais, mas no final, com direito a superfaturamento, pagamento duplicado e contratos prorrogados sem fim, a conta já estava beirando os 21 milhões. Essa maravilhosa proposta apareceu na mídia exatamente um dia, 24 horas ou, se preferir, 86.400 segundos após a divulgação de que o governo havia solicitado uma reunião com os bancos para discutir a ampliação do empréstimo consignado privado utilizando o FGTS como garantia.

Podemos reclamar de várias coisas, exceto da previsibilidade do governo Lule: quando o assunto é fazer merda, ele é imbatível! Como disse, a proposta seria usar o FGTS como garantia. Isso mesmo, o FGTS como garantia para empréstimo consignado. Caso você não tenha entendido o absurdo disso, podemos reformular a dinâmica de maneira mais explícita: o governo, por meio do FGTS, sequestra seu dinheiro, paga juros ridículos sobre ele e ainda o coloca como garantia para empréstimos. O preço desses empréstimos é definido pela taxa de juros, que, todos sabemos, é uma das mais altas do mundo, justamente devido às ações do próprio governo Lula.

E você está achando que acabou? Achou errado! O governo agora quer criar uma plataforma de crédito consignado vinculada ao e-Social, o sistema do governo federal utilizado pelas empresas brasileiras para fornecer informações sobre seus funcionários, como vínculo empregatício, salário, admissão e demissão, férias e contribuição para a previdência social. Isso mesmo, agora além de todo esse controle sobre os trabalhadores, o governo quer meter a mão nos seus dados para vincular ainda mais sua vida financeira ao sistema estatal, como se já não bastassem os impostos, as taxas e as limitações do FGTS. Tudo mais centralizado, mais controlado e, claro, mais rentável para o próprio governo.

Para resumir o que está acontecendo e deixar claro, sem margens para dúvidas, o que o governo Lula agora quer fazer com o FGTS é o que tentou fazer com o Pix e falhou: usar o sistema como uma ferramenta para um controle ainda maior sobre a vida financeira dos cidadãos. Não se enganem, é um passo dentro de um plano muito maior. Na proposta do Pix, o governo sofreu uma derrota humilhante e teve que recuar bastante após a enorme viralização do vídeo do deputado Nicolas Ferreira, que expôs brilhantemente a tramoia do molusco, deixando-o de calças curtas. Mas, como diz o ditado, "o cão é ardiloso", e agora o governo tenta a mesma estratégia, porém de maneira muito mais sutil, mais escondida, sem chamar tanta atenção.

Cabe a nós, como sociedade, impedir que isso aconteça. Não se trata apenas de uma questão financeira. O FGTS já é um lixo como está, e o governo Lula quer torná-lo ainda mais distópico, mais uma ferramenta de controle e exploração. Em outras palavras, Lula e seus comparsas querem empurrar mais um centímetro do grosso dentro de cada trabalhador.

Referências:

1. VEJA: Governo quer limitar antecipação do saque-aniversário [https://veja.abril.com.br/economia/governo-quer-limitar-antecipacao-do-saque-aniversario/]

2. O saque aniversario vai acabar veja as regras para sacar o FGTS [https://veja.abril.com.br/economia/o-saque-aniversario-vai-acabar-veja-as-regras-para-sacar-o-fgts/]

3. UOL: Citados em planilha da Odebrecht dizem que doações foram legais [https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/23/citados-em-planilha-da-odebrecht-dizem-que-doacoes-foram-legais.htm]

4. ESTADAO: O governo pediu uma reunião com bancos para discutir a ampliação empréstimo consignado privado. A proposta é usar o FGTS como garantia. [https://www.estadao.com.br/economia/lula-ceos-bancos-uso-recursos-fgts-garantia-credito-consignado-privado/?utm_term=]