Milei faz a esquerda arrancar a calcinha pela cabeça, ao afirmar que quem paga imposto não tem talento, e que se mais gente não pagasse, o estado teria menos pra roubar.
Em entrevista recente concedida ao programa de TV argentino "Otra Mañana", Javier Milei, presidente da Argentina, com aquele olhar de quem acabou de tomar dois litros de Red Bull com vinagre, afirmou, sem pestanejar, que quem paga imposto é burro — ou, nas palavras dele, "pouco talentoso". E não, você não ouviu errado. Não foi um meme, não foi um vídeo editado por libertários pra fazer graça. Foi real, ao vivo, com testemunhas e câmeras. O presidente de um país — sim, um presidente mesmo, com faixa, palácio e tudo — teve a audácia de dizer, em alto e bom som, que pagar imposto é coisa de quem não tem talento.
Para quem conhece Milei e sabe das suas ideias libertárias, não chega a ser exatamente uma surpresa. Mas, ainda assim, ver um chefe de estado falando a verdade nua e crua, sem a maquiagem moralista da social-democracia, é no mínimo refrescante.
A frase exata dita por Milei foi: "Sinto muito por aquele que não pôde escapar, mas o outro não fez nada de errado. É uma declaração de inveja. Aquele que conseguiu escapar, ótimo, não posso puni-lo porque ele conseguiu fugir do ladrão. Eu tenho de recompensar aquele que ficou na prisão porque há alguém que conseguiu sair do cárcere que os políticos nos impõem? Talvez ele não tivesse talento ou coragem para sair do sistema. Se todos tivessem conseguido fazer a mesma coisa, talvez os políticos tivessem parado de nos roubar." Em outras palavras: se você paga imposto direitinho, parabéns — você é um otário. Isso não é um presidente, é um pai!
Agora, claro, a esquerda teve um surto psicótico coletivo. Artigos chorosos pipocaram nos jornais, os progressistas argentinos arrancaram os cabelos, e aqui no Brasil, como sempre, nossos intelectuais de iPhone e camiseta do Che Guevara correram para seus podcasts e colunas para denunciar a "barbárie libertária" de Milei. Afinal, como ousa esse presidente maluco dizer que imposto é roubo? Isso é coisa de youtuber barbudo, não de presidente da República!
Pois é. Só que Milei não só disse — como repetiu. E repetiu de novo. E vai repetir quantas vezes quiser, porque ele é o que a esquerda mais teme: um libertário no poder. Um cara que não finge que o estado é bonzinho. Que não posa de salvador da pátria para depois enfiar mais tributo no lombo do trabalhador. Milei é, para o desespero da esquerda, um espelho. Um espelho que mostra que o rei está nu, que o estado é um parasita, e que a única função dos impostos é sustentar um sistema de castas onde burocratas vivem como marajás às custas do suor alheio.
Enquanto isso, no Brasil, o tão famoso jeitinho brasileiro continua sendo nossa última linha de defesa contra essa máquina insaciável de roubo legalizado. É isso mesmo: se não fosse a criatividade do brasileirinho para burlar o imposto, o país já tinha falido umas cinco vezes. E não estou falando só de sonegador profissional — estou falando do tio do espetinho que não emite nota, do dentista que dá 10% de desconto se for "sem recibo", da manicure que só aceita Pix. Essas pessoas são heróis da resistência. Guerreiros do mercado cinza. São elas que mantêm a economia respirando enquanto o estado tenta afogá-la em papel, carimbo e DARF.
E antes que algum militante da Receita Federal venha reclamar, me poupe. Você sabe tão bem quanto eu que o sistema tributário brasileiro é uma máquina de tortura kafkiana, feita para confundir, punir e espoliar. É como se Kafka e Stalin tivessem um filho que virou contador público. Só um completo alienado acha que o problema do Brasil é a "sonegação". O problema do Brasil é justamente o contrário: é a submissão bovina a um estado que toma quase 40% do PIB e entrega, em troca, filas no SUS, escolas de barro e estradas que mais parecem um terreno bombardeado.
Agora, voltando à Argentina: o que Milei está fazendo, com todas as letras, é abrir os olhos do povo. Está dizendo que o verdadeiro talento não está em decorar a tabela do Simples Nacional ou em pagar ICMS até para vender água. O verdadeiro talento está em escapar do monstro. Em achar a brecha. Em não ser engolido por esse Leviatã que se apresenta como "estado de bem-estar social", mas que, na prática, é só uma máquina de moer empreendedor e recompensar parasita.
Claro que as afirmações de Milei são uma verdadeira heresia para a mídia militante. A Folha de São Paulo, por exemplo, publicou uma matéria toda escandalizada com o discurso de Milei. O texto começa dizendo que o presidente "sugeriu que os argentinos que pagam impostos são pessoas com pouco talento" — como se isso fosse uma blasfêmia proferida contra o deus estado. Como se dizer a verdade sobre impostos fosse mais grave do que cobrar 44% de imposto num litro de gasolina.
Segundo a matéria, Milei também afirmou que o uso do termo “contribuinte” é ofensivo. E tá errado? O estado tenta deixar a situação mais perfumada usando termos como “contribuinte” e “arrecadação”, mas tal qual um papel higiênico, apesar do seu aroma e maciez, no fim das contas acaba cheio de… bem, você sabe do que.
Aliás, vamos deixar uma coisa bem clara aqui: imposto não é contribuição. Não é solidariedade. Não é "o preço que pagamos para viver em uma sociedade civilizada", como papagaiam os sociopatas de gravata. Imposto é roubo. Ponto. Se você discorda, tente não pagar e veja o que acontece. Vão bater na sua porta, vão congelar sua conta, vão te jogar na cadeia. Isso não é contribuição voluntária — é extorsão institucionalizada.
O problema é que o estado precisa manter a ilusão de que ele é indispensável. De que, sem ele, viveríamos num Mad Max de pobreza, caos e crueldade. A verdade, no entanto, é que o que garante a ordem não é o estado — é o mercado. É o interesse mútuo. É a cooperação voluntária. É a troca livre entre indivíduos. O que destrói a ordem, o que gera miséria, é justamente o estado, com seus impostos, suas regulações absurdas e seu exército de funcionários públicos improdutivos.
E sabe quem sofre mais com tudo isso? O pobre. Sempre o pobre. Porque o rico, quando o imposto aperta, simplesmente repassa. Ele aumenta o preço do produto, demite um funcionário, terceiriza a produção, ou simplesmente muda de país. Já o pobre... o pobre não tem saída. Ele não pode repassar nada. Ele é quem paga o imposto "dos ricos". É ele quem paga o arroz mais caro, a gasolina mais cara, o aluguel mais caro. Tudo por causa de um sistema tributário que finge punir o rico, mas na prática só aperta ainda mais quem já vive no limite.
Quer um exemplo simples? O empresário que paga mais imposto não reduz seu lucro — ele repassa para o consumidor. Já o trabalhador CLT que compra o arroz com ICMS, PIS e Cofins embutidos não tem como repassar nada. Ele engole o imposto e pronto. E qual o resultado? Favela, esgoto a céu aberto, e políticos dizendo que a solução é... mais imposto.
E por isso Milei incomoda tanto. Porque ele escancara esse jogo sujo. Ele tira a máscara do sistema. Ele diz, com todas as letras, aquilo que nenhum outro político tem coragem de dizer: que o estado não é solução — é o problema. Que o imposto não é justiça — é roubo. Que o funcionário público não é herói — é só mais um sugando o suor de quem realmente trabalha.
A Argentina, hoje, se comparada ao Brasil, vive um sonho. Um sonho libertário. Um sonho onde o presidente não pede mais sacrifícios ao povo para salvar o estado — mas sim, pede sacrifícios ao estado para salvar o povo. Onde o governo não quer "aumentar a arrecadação" — quer reduzir a máquina. Onde o objetivo não é fazer o Leviatã engolir mais, mas sim, fazê-lo vomitar o que já engoliu.
Claro que ainda há muito a fazer. Milei enfrenta um sistema político corrupto, uma imprensa militante e um funcionalismo público que aprendeu a viver como nobreza. Mas ele começou. E começou dizendo a verdade. E só por isso, já fez mais do que qualquer presidente latino-americano nos últimos cinquenta anos.
Então, da próxima vez que você ouvir alguém dizer que "pagar imposto é um dever cívico", lembre-se das palavras de Milei. Lembre-se de que o talentoso foge do estado. Lembre-se de que quem sustenta o sistema é você — e que ninguém, absolutamente ninguém, deveria ser obrigado a sustentar um sistema que só lhe oferece miséria em troca.
E, por fim, lembre-se do básico: toda vez que o governo aumenta impostos, quem paga é o pobre. Porque o rico sempre dá um jeito. Já o pobre, esse sim, paga a conta. Com juros, correção monetária e humilhação incluídos.
Mas fique calmo, afinal, segundo esse bando de socialistas da mídia e do governo, é tudo para o seu bem.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/milei-elogia-sonegadores-e-sugere-que-falta-talento-a-argentino-que-paga-impostos.shtml