Javier Milei, que se autoproclama como um libertário, foi de louco para um verdadeiro fenômeno global, criando assim o que chamam de efeito Milei.
Às 23h27 do dia 21 de dezembro, Javier Milei comentou no X (antigo Twitter), respondendo a um post de um usuário que dizia o seguinte:
“O mundo está surpreso com o sucesso econômico de Milei e com a forma como a pobreza está caindo graças ao plano econômico e social.”
A redução dos gastos públicos, que alcançou cerca de 2 trilhões de pesos em dezembro do ano passado, foi fundamental para que, em abril, a Argentina registrasse um superávit de 264,9 bilhões de pesos. A Argentina apresentou superávit em janeiro, fevereiro e março, sendo esta a primeira vez desde 2012 que o país atingiu sua meta mensal. Enquanto muitos países enfrentam seus déficits ampliando a arrecadação, sobrecarregando frequentemente a população com novos impostos, como ocorre no Brasil, onde a “casta de ratos de Brasília” taxa mais do que apenas blusinhas, a Argentina escolheu o caminho oposto.
Sob as políticas de Javier Milei, o foco tem sido reduzir a intervenção estatal e aliviar a carga tributária sobre os cidadãos, promovendo a liberdade econômica e demonstrando o que muitos já esperavam. A Argentina está retomando seu protagonismo no cenário internacional após anos marcados pelas políticas desastrosas dos governos de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Néstor Kirchner. Sob a liderança de Javier Milei, medidas ousadas e inovadoras reverteram o cenário econômico e social do país. Milei demitiu mais de 31 mil funcionários públicos, reduziu a diferença entre o valor do dólar paralelo e o oficial, encerrou a prática de financiar o déficit fiscal por meio da emissão de moeda e flexibilizou as regras trabalhistas. Além disso, eliminou controles artificiais de preços, como os dos aluguéis, que geravam distorções na oferta. Fechou cerca de 200 áreas da Administração Pública em seu primeiro ano e ainda promete reduzir os impostos em 90%, além de fechar o Banco Central da Argentina. Isso tem levado empresas, como Toyota e Ford, a reduzir os preços de alguns de seus produtos, beneficiando principalmente a população. A política também atraiu investidores, como comentou o empresário Martín Varsavsky:
“Se não fosse por Milei, a Argentina não chamaria a atenção dos grandes CEOs do Vale do Silício”.
O “Efeito Milei” não é nada mais do que a aplicação prática de propostas que os libertários e anarcocapitalistas já conhecem há muito tempo. Embora, à primeira vista, essas ideias possam parecer controversas ou mesmo inviáveis, a sua implementação tem demonstrado, ao longo do tempo, resultados altamente positivos na economia. Essas medidas ilustram como mudanças profundas nas estruturas econômicas podem, inicialmente, gerar resistência, mas acabam revelando sua eficiência na promoção dos ideais libertários. Talvez, no futuro, a Argentina adote o bitcoin como moeda oficial, assim como El Salvador. De fato, o país tem dado passos nessa direção desde dezembro do ano passado, quando o presidente permitiu a oficialização de contratos utilizando Bitcoin. Isso faz parte de um decreto com mais de 300 medidas, conhecido como Decreto de Necessidade e Urgência, ou simplesmente DNU. Em junho de 2024, Milei afirmou que não vê obstáculos no uso de criptomoedas para pagamentos no país.
O impacto do “Efeito Milei” também pode se estender à dinâmica geopolítica global, especialmente em relação ao papel da Argentina como um possível modelo para outras economias em dificuldades. Se as reformas implementadas por Milei resultarem em uma recuperação econômica bem-sucedida, o país poderia se tornar um farol para outras nações vizinhas que buscam alternativas ao tradicional crescimento com base em empréstimos e políticas de subsídios. Isso poderia redefinir os equilíbrios no Mercosul e até nas relações com blocos econômicos maiores, como a União Europeia, impulsionando um alinhamento mais voltado para livres mercados, ao invés de modelos econômicos intervencionistas. Além disso, essa mudança pode influenciar outros governos a repensar como lidam com a dívida externa e as negociações com credores internacionais.
Muitos são céticos quanto ao crescimento da Argentina, e o Fundo Monetário Internacional, conhecido pela sigla FMI, não atualizou suas previsões econômicas para o país desde julho. “Ainda não revisamos as projeções para a Argentina porque as negociações entre as autoridades e o FMI estão em andamento”, explicou Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, durante uma entrevista no começo deste mês, quando o FMI divulgou o relatório Perspectiva Econômica Mundial. Apesar disso, Gourinchas afirmou que o país fez progressos importantes na redução da inflação. “Hoje, a inflação mensal na Argentina está em torno de 3,5%, bem abaixo dos 25% por mês registrados em dezembro do ano passado”, disse.
A porta-voz do Fundo Monetário Internacional, Julie Kozack, confirmou que as negociações com o governo argentino para um novo programa de financiamento começaram. O atual acordo de facilidades estendidas expira no final deste ano, e o governo de Milei pretende substituí-lo por outro com condições mais severas, o que impactará negativamente os trabalhadores e as classes populares. Ainda faltam duas revisões e um desembolso de quase 1 bilhão de dólares para concluir o acordo atual, assinado em março de 2022, durante o governo do Frente de Todos. Esse acordo reestruturou a dívida de 45 bilhões de dólares contraída no governo de Macri. O novo governo acelera as negociações com o FMI em meio a uma economia instável, com inflação e o valor do dólar em níveis baixos, sustentados pela recessão e pelo ingresso de dólares via branqueamento de capitais. O governo busca um desembolso adicional para reforçar as reservas do Banco Central e eliminar o controle sobre o dólar, mas essa proposta foi rejeitada pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. As opções para um novo programa são um crédito stand by, de 1 a 2 anos, ou um acordo de facilidades estendidas, de 5 a 10 anos. Contudo, o governo de Milei não busca resolver os problemas estruturais da economia, mas de enviar sinais aos mercados para prolongar a especulação financeira.
A dívida externa é vista como um mecanismo de saque que favorece uma pequena elite de capitalistas e não resolve as necessidades do povo. O acordo com o FMI é considerado ilegítimo, com sua continuidade aprofundando as desigualdades e a dependência do país. O FMI exige medidas como um câmbio flexível e o fim do controle do dólar, o que geraria mais custos para a população. Movimentos de esquerda defendem a abolição da dívida externa e uma ruptura com o FMI, buscando colocar as riquezas do país a serviço dos trabalhadores. Quando o Leviatã, o qual é o estado, se expande, quem realmente perde são os indivíduos, que veem suas liberdades sufocadas e suas vidas cada vez mais reguladas. Entretanto, quando alguém com ideias ousadas e contrárias ao status quo alcança o poder, o cenário muda: países mais estatistas se enchem de pavor diante da ameaça à sua ordem autoritária, enquanto nações com uma mentalidade mais liberal ou libertária enxergam isso como uma bússola. Eles observam atentamente, dispostos a aprender lições valiosas e a reforçar suas crenças na descentralização, na soberania individual e no poder transformador de uma sociedade livre de amarras estatais desnecessárias.
Niall Ferguson, prestigiado historiador britânico, destacou a gestão de Javier Milei, e garantiu que o presidente argentino escolheu “a missão mais difícil do mundo”, salientando que Milei fez coisas extraordinárias. Se o Brasil, após anos de governos de esquerda, escolhesse a liberdade haveria uma esperança que mudanças drásticas fossem feitas contra o que o Milei chama de “La Casta”, que são os governantes que estão no cargo há muito tempo só sugando o dinheiro dos contribuintes. Até lá, só nos resta olhar pela janela e observar como um presidente pode dar ao país mais liberdade e menos espoliação do seu trabalho, enquanto em nossa casa temos um senil de nove cascos que depaupera toda uma sociedade em prol de mais poder e mais dinheiro.
https://x.com/JMilei/status/1870657294586822857
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4nn0j04qy3o
https://veja.abril.com.br/economia/o-efeito-milei-e-o-alerta-argentino-para-o-brasil-evitar-o-caos-fiscal
https://www.infobae.com/politica/2024/07/13/ante-poderosos-inversores-banqueros-y-ceos-milei-expondra-su-proyecto-politico-en-la-conferencia-de-sun-valley/
https://motor1.uol.com.br/news/732343/toyota-ford-baixam-precos-argentina/
https://www.infomoney.com.br/onde-investir/bitcoin-e-cripto-dolar-foram-refugio-financeiro-na-argentina-de-javier-milei-em-2024/
https://www.infomoney.com.br/mundo/milei-libera-formalizacao-de-contratos-com-bitcoin-e-commodities-incluindo-boi-e-leite/
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/fmi-nao-atualiza-projecoes-para-a-argentina-mas-reconhece-melhora-da-inflacao/
https://www.reddit.com/r/argentina/comments/1hjkdue/comment/m3769fx/
https://www.infobae.com/politica/2024/12/22/un-prestigioso-historiador-britanico-eligio-a-javier-milei-como-la-persona-del-ano-ha-hecho-cosas-extraordinarias/
https://www.reddit.com/r/argentina/comments/1hjkx0p/comment/m37as79/