Trezoitão se Envolve em Polêmica Sobre a Lei Áurea

A extrema-esquerda tenta cancelar Renato Trezoitão. O motivo? O escritor e polemista fez uma análise pública sobre a escravidão e levantou uma hipótese sobre a Lei Áurea.

Recentemente, o incancelável Renato Trezoitão conseguiu novamente furar a bolha.

Dessa vez, o escritor do célebre livro Bitcoin Red Pill mexeu num verdadeiro vespeiro: usando a liberdade de expressão que ainda resta aos brasileiros na internet, Renato fez uma análise sobre a escravidão no Brasil, e levantou hipóteses sobre a Lei Áurea, também conhecida como Lei João Alfredo - em homenagem ao político pernambucano João Alfredo Correira de Oliveira, um monarquista, abolicionista e membro do Partido Conservador, nascido na Ilha de Itamaracá.

Na análise que fez, Trezoitão disse: “Você já viu alguém, publicamente, dizendo que a Lei Áurea PODE ter sido um grande erro?”

O núcleo de imprensa da Polícia Política Petista, os jornalecos esquerdistas de sempre, junto com alguns youtubers, foram rápidos em noticiar o fato com o intuito de cancelá-lo; inclusive, fazendo a associação de Trezoitão ao bolsonarismo e a “extrema-direita”.

Vamos aos fatos:
Ao iniciar o comentário sobre a Lei Áurea, vemos no vídeo que Renato Trezoitão aborda o assunto com tom sóbrio e sério.

De forma respeitosa – ainda que classificada por alguns como inconsequente, tendo em vista o estado policialesco que o Brasil se tornou – Trezoitão trata o assunto de forma racional e embasada, apresentando fatos históricos e fazendo contas com datas.

Sem abrir mão da urbanidade, Renato expõe o núcleo do seu argumento: um dos grandes motivos do Império ter acabado foi a revogação de propriedade.

Ele tenta explicar: “a escravidão acabaria de qualquer maneira em menos de 40 anos. Já havia Lei do Ventre Livre, Lei do Sexagenário […] não podia importar escravo. Não entendeu o que estou dizendo? Ia ser gradual”.

E ainda complementa: “A escravidão acabaria antes da Segunda Guerra Mundial, sem revogar a propriedade de ninguém… Talvez, essa chaga da República não tivesse chegado até a gente”
Diferentemente do que jornais esquerdistas alegam, está óbvio que Trezoitão não estava defendendo a manutenção da escravidão no Brasil, mas a manutenção do Regime Monárquico. Em síntese, é possível extrair da raciocínio dele que, ao mesmo tempo que a Lei Áurea decretou diretamente o fim da escravidão; indiretamente, como efeito colateral, também decretou o fim da Monarquia no Brasil.

Seja porque as palavras não conseguiram ser tão rápidas quanto o raciocínio, seja pelo fato de tentar simplificar o argumento, seja por se tratar de um assunto sensível, talvez fosse melhor que Renato Trezoitão tivesse deixado explícito aquilo que nitidamente ficou implícito, e que os detratores dele ignoram – seja por estratégia de dialética erística ou por limitação cognitiva – que a análise que ele fez sobre a Lei Áurea foi estritamente jurídica e patrimonial.

Trezoitão tentou imaginar um cenário onde a escravidão teria sido abolida, sem ter como efeito colateral a criação da república brasileira, que fez e faz tanto mal ao povo da terra tupiniquim. O problema é que no cenário que ele desenhou, a abolição da escravidão seria gradual, e por consequência os escravizados seriam escravos por mais tempo. Tal raciocínio revela-se um tanto maquiavélico, ao aceitar o prolongamento de uma injustiça, visando evitar um mal maior, que seria a república. A ética libertária se opõe diametralmente a esse tipo de raciocínio, primeiro, porque dentro desta ética, a justiça sempre prevalece contra o utilitarismo, ou seja, mesmo que algo seja “melhor” pra maioria das pessoas, se ferir a propriedade de um único indivíduo que seja, não pode ser feito. No exemplo citado por Renato, a autopropriedade dos escravos, ou seja, seus corpos, seriam violados por mais tempo em troca de um bem maior. Segundo, porque na ética libertária, em hipótese alguma, uma pessoa pode ser propriedade de outra involuntariamente, e portanto não faz sentido dizer que a Lei Áurea tratou-se de revogação de propriedade.
 
Outra discordância do raciocínio do Trezoitão que poderia ter sido levantada, é o fato de que sua argumentação é estritamente jurídica e patrimonialista. Portanto, incompleta.

Tal recorte teórico do fato concreto faz com que o argumento só se sustente por ignorar o ponto principal da questão, que é o fato de que, embora a escravidão fosse aceitável pelo ordenamento jurídico do Império Brasileiro, e que o escravizado fosse tratado como uma coisa, o um semovente, perante o Direito Civil – ele, o escravizado – ainda era uma pessoa.

A repercussão negativa poderia ter sido evitada, caso em algum momento do raciocínio ele tivesse frisado, ainda que minimamente, de forma explicita, que a escravidão é algo absurdo e intolerável do ponto de vista ético e moral .

Apesar das facilmente evidenciáveis falhas na argumentação de Trezoitão, é um salto lógico afirmar que a intenção de seu raciocínio é racista. Adjetivos como infeliz, impensado, ilógico, ou raso, descrevem melhor as afirmações de Renato Trezoitão.

Assim como no famoso caso do influenciador Monark, sabemos que o cancelamento da esquerda não é motivado pela nobre tentativa de aplicar qualquer forma de justiça social. Sua real motivação é calar a voz de quem discorda de suas ideias, pois em um ambiente de liberdade de expressão, a esquerda não subsiste.

O cancelamento incentivado pelos comunistas contra Renato Trezoitão é uma inversão total de valores. São os comunistas que querem e que pregam a escravidão nos tempos atuais. Como Trezoitão diz no livro Bitcoin Red Pill, o comunismo é a escravidão suprema!

São os comunistas que trabalham contra a família e contra D’us. São os comunistas que querem manter o povo desarmado e cativo.

O que está acontecendo com Renato Trezoitão é a velha máxima comunista de acusar as pessoas daquilo que eles próprios, os comunistas, são.

Sim! A República, nascida de um golpe, junto com a escravidão, são chagas na já bastante sofrida história do Brasil.

Como já mencionado anteriormente no artigo do Canal Visão Libertária denominado “PT implode em Pernambuco”, é preciso reiterar que “a escravidão esteve para a Monarquia como o PT está para a Redemocratização.”

O positivismo jurídico estatal da época não muda o fato de que o escravizado era um ser humano. A lei que escravizava era injusta na Monarquia, assim como a lei que insiste em tentar escravizar os brasileiros, continua sendo injusta na república.

Os comunistas criticam a escravidão da monarquia por oportunismo. Nada dizem a respeito da escravidão que foi implementada na república, onde a maior parte dos brasileiros não é mais que mera propriedade do estado.

Os comunas de hoje, provavelmente, seriam os escravocratas de ontem: são parasitas acostumados a se nutrir do sangue e suor alheio. Se hoje, em pleno século XXI, na República, estão dispostos a explorar o povo brasileiro até o limite do esgotamento físico, mental, moral e econômico, para manter os privilégios; naquela época, também não fariam diferente: certamente, teriam escravos.

Não obstante, também é fato notório, que Renato Trezoitão é uma pessoa bastante religiosa. Na referida ocasião ele cita a existência da escravidão por dívida, do devedor insolvente, no chamado Antigo Testamento da Bíblia, para justificar o fim gradual da escravidão no Brasil.

Antes de adentrar no tema, que será abordado de forma rápida e não aprofundada, é preciso destacar a distinção bíblica da escravidão praticada pelos egípcios contra os hebreus, daquela praticada de hebreu para com hebreu.

A escravidão dos hebreus, no Egito, foi a referida em Gênesis 15:12-13, avisada por D’eus a Abraão séculos antes, quando o sol estava se pondo e Abraão caiu em sono profundo, e uma escuridão pesada caiu sobre ele.

Na ocasião, D’us o avisou: saiba que durante quatrocentos anos seus descendentes serão estranhos, num país que não é o deles, e serão escravizados e maltratados ali. Esta escravidão foi a mais parecida com o que ocorreu no Brasil, no tempo da Monarquia.

Ela é explicada por rabinos como Jonathan Sacks, como sendo uma experiência coletiva amarga, mas necessária, profunda, íntima e pessoal para os israelitas – uma lembrança que eles foram ordenados a jamais esquecer – para transformá-los num povo que não faria mais escravos e que seria capaz de construir uma sociedade livre; a mais difícil de todas as conquistas no âmbito humano.

A escravidão descrita por Trezoitão, era a escravidão de hebreu por hebreu: ela tinha origem numa dívida ou numa pena alternativa à prisão por roubo. Em ambos os casos, ela tinha duração máxima de 6 anos, sendo o escravo liberto no sétimo ano, sem nada ter que pagar a quem o escravizava, segundo o livro de Êxodo 21:2-6.

Este tipo de escravidão é totalmente diferente do conceito de escravidão que conhecemos hoje. Há uma série de leis sobre como deveriam ser tratados os escravos, muitas das quais estabeleciam que, as necessidades do escravizado deveriam ser supridas antes das necessidades do seu senhor.

Em certos casos, um escravo fugido, por exemplo, que viesse a um outro hebreu procurar asilo, não deveria ser entregue ao seu senhor, mas sim receber refúgio e proteção.

Dizem os rabinos que, muito embora D’eus não tenha abolido a escravidão na Torá, Ele colocou em ação um processo que, previsivelmente, mesmo que leve muitos séculos, levará as pessoas a abandoná-la por acordo próprio, mostrando que a escravidão é errada e que devemos ser nós – humanos – que a abolimos, em nosso tempo, pelo nosso próprio entendimento.

Por fim, não se trata aqui de elencar incoerências no pensamento de Renato Trezoitão, mas, caso ele tivesse refletido mais sobre o assunto, ou o colocado a questão a debate, alguém poderia ter chamado a atenção dele para os seguintes pontos:

1 – Guardadas as devidas proporções, pode-se dizer que a atitude da Princesa Isabel não foi irresponsável: foi ousada. Pode-se entender que ela tentou fazer, no passado, na forma de “desescravização” do Império Brasileiro, a “desnazificação” que Trezoitão afirma que Bukele fez em El Salvador, e acusa Bolsonaro de não ter feito no Brasil República.

2 – Não é coerente que, por um lado, se defenda que as pessoas saiam do sistema em vez de tentar mudá-lo; e, por outro, diante de uma rara tentativa concreta de mudança do sistema, entenda-se que seria melhor para as pessoas que continuassem suportando um sistema jurídico injusto.

É fato público e notório que o Brasil vive um verdadeiro regime de exceção, com presos políticos e exilados no exterior. Portanto, sabe-se que emitir certas opiniões, infelizmente, pode ser bastante arriscado.
Todavia, tendo em vista o cancelamento, Trezoitão deveria aproveitar a oportunidade e dobrar a aposta, desafiando aqueles que o acusam de racista, para um debate público.

Ou ainda, levar para um podcast negros de direita e de esquerda, para debaterem sobre diversos temas caros ao movimento negro esquerdista, dentre eles, a escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares, Dia da Consciência Negra, apropriação cultural, indenização histórica, etc.

Fato é, que certos assuntos continuam como verdadeiros tabus no Brasil, devido a falta de debate sobre eles, dentre os quais podem ser mencionados também: a “Constituição Cidadã” – narrativa dinamitada pelo Constitucionalista e filósofo pernambucano Professor Luiz Delgado e a “Reforma Agrária” – dinamitada pelo advogado católico Plínio Correa de Oliveira.

Basta lembrar que, antigamente, era comum se escutar: “futebol, política e religião não se discutem”. Atualmente, é comum se escutar que o brasileiro não sabe a escalação dos 11 titulares da Seleção Brasileira de Futebol, mas conhece o nome dos 11 Ministros do Supremo Tribunal Federal.
As cartas de alforria do século XXI serão criptográficas.
A informação descentralizada e distribuída é a Nova Lei Áurea: vai derrubar a República Comunista, abolir a escravidão e construir uma sociedade livre.

Referências:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Alfredo_Correia_de_Oliveira

João Alfredo Correia de Oliveira (Ilha de Itamaracá, 12 de dezembro de 1835 — Rio de Janeiro, 6 de março de 1919) foi um político, abolicionista e monarquista brasileiro. Integrado no Partido Conservador esteve ligado à formulação da Lei do Ventre Livre e da Lei Áurea. Foi também o principal articulador da primeira lei universalizante sobre o registro civil no Brasil, em 1874.


https://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/2022/06/Bitcoin-Red-Pill-_2a-Edicao_-O-Renascimento-Moral_-Material-e-Tecnologico-by-Renato-Amoedo-Nadier-Ro.pdf

Não é possível manter sob escravidão pessoas armadas e determinadas a serem livres, como Massada demonstrou.

O comunismo é a escravidão suprema e para ser escravo é essencial que não tenha família, Deus ou legados



https://pt.chabad.org/parshah/article_cdo/aid/3210441/jewish/Escravido-Judaica.htm


Jonathan Sacks

 D'us sabia o que estava para acontecer. Evidentemente Ele pretendia que acontecesse. Séculos antes Ele já tinha dito a Avraham que iria acontecer: quando o sol estava se pondo, Avraham caiu num sono profundo, e uma escuridão densa e pesada caiu sobre ele. Então o Eterno lhe disse: “Saiba que durante quatrocentos anos seus descendentes serão estranhos num país que não é o deles e serão escravizados e maltratados ali.” (Gênesis 15:12-13)

Foi preciso a experiência coletiva dos israelitas em sua profunda, íntima, pessoal e amarga experiência da escravidão - uma lembrança que eles foram ordenados a jamais esquecer - para transformá-los num povo que não faria mais de seus irmãos e irmãs escravos, um povo capaz de construir uma sociedade livre; a mais difícil de todas as conquistas no âmbito humano.

Se você comprar um servo hebreu, ele tem de servir a você por seis anos. Mas no sétimo ano, ele deve ser libertado, sem pagar nada… (Ex. 21:2-6)

Isso é exatamente o que D'us faz no caso da escravidão. Ele não a aboliu, mas a circunscreve colocando em ação um processo que previsivelmente, mesmo que leve muitos séculos, levará as pessoas a abandoná-la por acordo próprio.

D'us pode mudar a natureza, disse Maimônides, mas Ele não pode, ou escolheu não, mudar a natureza humana, exatamente porque o Judaísmo é construído sobre o princípio da liberdade humana. Assim ele não pôde abolir a escravidão da noite para o dia, mas pode mudar nossa arquitetura da escolha, ou em outras palavras, nos deu uma Cotovelada, mostrando que a escravidão é errada mas que devemos ser nós que a abolimos, em nosso tempo, pelo nosso próprio entendimento. 



https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1595122/jewish/Escravos-no-judasmo.htm

Esta era justamente uma forma de regeneração: ao invés de ser mandado para a prisão, o ladrão era vendido como escravo para que desta forma convivesse com seu dono, reparasse seu erro e aprendesse a viver uma vida honesta.


A escravidão a qual se refere a Torá é totalmente diferente ao conceito de escravidão que conhecemos. Há uma série de leis sobre como deve ser tratado um escravo, muitas das quais estabelece que, suas necessidades devem ser supridas antes do dono.

Um escravo fugido, por exemplo, que viesse a um judeu procurar asilo não deveria ser entregue ao seu senhor, mas sim receber refúgio e proteção,